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Análise | The Surge supera as expectativas, mas é só uma desculpa pra te fazer sofrer

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Ano passado a Focus Home Interactive e a Deck13 chamaram nossa atenção durante a E3 ao anunciar The Surge. Apesar de pouco revelado sobre o game, o mesmo foi vendido ao longo dos meses que se passaram como uma espécie de cânone ao que foram os jogos da renomada franquia Dark Souls. Talvez pudesse ser considerado ousadia comparar o titulo pouco visado como um título ao nível de algo tão brutal quanto a série Souls, mas a realidade nos mostra que de fato, a Focus vendeu o que prometeu, e através desta análise eu lhes explicarei o porque.

Preenchendo lacunas

Infelizmente temos de começar pelo primordial, e que é justamente o ponto fraco do game: sua narrativa. A premissa de The Surge traz o jogador no papel de Warren, um recém adepto funcionário da CREO – empresa tecnológica que visa a integração homem/máquina através de implantes – que acaba por sofrer um doloroso tratamento cujo objetivo era a garantia de que voltaria a andar.

Após se submeter ao serviços da CREO em troca de se tornar um funcionário da mesma, Warren passa por um processo brutal de implantação de seu exoesqueleto, o que faz com que o mesmo desmaie. Ao acordar, Warren se dá conta de que tudo foi para os ares e que durante sua “soneca” induzida, algo aconteceu à CREO, fazendo com que toda a indústria se tornasse deserta. O protagonista então segue viagem tentando descobrir o que houve de errado e o por que de todos os outros funcionários terem se tornados máquinas assassinas.

De fato toda a base da narrativa é interessante, mas fica evidente com o passar da campanha que a história em si não é o foco do jogo, o que faz com que Warren não tenha o carisma suficiente pra se tornar alguém relevante do ponto de vista do jogador. Além disso, à medida em que os eventos se desenrolam, cada vez mais o game passa a impressão de que toda a trama por trás do incidente nada mais é do que apenas uma desculpa para o mesmo existir – mesmo que seu conceito seja interessante.

Dark Souls 2.0

Mas é ai que chegamos ao ponto alto do jogo: todo o resto que não envolve a história. Em função da jogabilidade em si, o combate flui de forma limpa, com todos os ataques surtindo efeitos como se fossem de um ataque real – isenta as vezes onde algum bug impede o jogador de acertar seu alvo. Com relação ao combate, o jogador tem à disposição de duas barras de energia sendo uma delas responsável pelos ataques básicos, e outra responsável pelo uso das – magníficas – finalizações e outros recursos de suporte. Para “facilitar” as coisas, o jogador pode optar pela área do corpo que irá atacar, focando locais onde falta armadura e garantindo maior dano ao inimigo, o que por si só diferencia bastante ou até mesmo evolui sutilmente o sistema de lutas encontrado neste estilo de jogo.

The Surge também traz consigo uma grande variedade em função de armas e itens customizáveis, que se provam de grande valia para o jogador que precisará estar constantemente aprimorando seus status para assegurar que irá sobreviver ao dano absurdo causado pelos inimigos – e esse “absurdo” não é exagero. Não bastando o fato de que até mesmo o menor dos inimigos poderá lhe causar danos quase fatais, a Deck13 também garantiu que a inteligência artificial dos mesmos se equiparasse ao raciocínio real de uma máquina, o que fica evidente em alguns inimigos que quando confrontados, oferecem maior resistência e uma noção melhorada de seus pontos fracos.

A exploração e a coleta de itens são elementos que caminham juntos durante toda a campanha. Ao longo de sua jornada, o jogador terá diversos locais para explorar afim de encontrar diagramas para armas novas, sucata – que serve como a “moeda” do jogo – e outros itens que poderão ser de grande valia em algum momento. Caso o jogador morra em algum ponto – o que é muito frequente – todos os espólios coletados são acumulados no local da morte do personagem, e possuem uma certa duração cronometrada para que aja a possibilidade de serem recuperados.

Todo o estilo de jogo proposto desde a exploração até os combates desafiadores, é de fato, um prato cheio para aqueles que se deleitaram com Dark Souls.

Tensão em todos os sentidos

Tanto a atmosfera quanto a própria trilha sonora de The Surge tornam a experiência ainda melhor. Por mais que tenha acontecido de forma indesejada, o game oferece uma espécie de sensação ao estilo Dead Space, onde a atmosfera de jogo, o cenário e a trilha sonora se unem para fazer com que o jogador sinta que todo cuidado é pouco.

Graficamente, o game não decepciona, e mesmo não tendo jogado uma versão de um PS4 PRO (ou do Scorpio), ainda sim as texturas do título estão admiráveis.

Veredito…

Se você não possui amor à sua própria vida e realmente quer passar horas e horas se perguntando porque raios você morreu pela milésima vez com apenas dois golpes, então The Surge é o seu jogo ideal. Por mais que careça de maior atenção quanto à trama, ainda sim o game consegue manter o jogador horas à fio enfrentando inúmeros inimigos e explorando um dos melhores universos sci-fi lançados este ano.

The Surge já está disponível com versões para Xbox One, PS4 e PC.

 

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Guru

Guru é o cara que sente saudades de God Hand, Dino Crisis, Onimusha e Viewtiful Joe, que não dispensa um bom musou, RPG ou Beat Em' Up, e ao mesmo tempo não tem paciência pra diálogo sem fim. Também faz parte da Ordem dos Assassinos durante o tempo livre.

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