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Crítica: “Jason Bourne” está mais letal do que nunca

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A trilogia Bourne trabalhou em cima de um gênero muito interessante e muito apreciado nos cinemas, a espionagem. Cinemas, livros e outras mídias criaram conceitos que são usados até hoje e os grandes representantes dele são: James Bond, Missão Impossível, Nikita entre outros. Nesses exemplos mais conhecidos, as missões eram bem parecidas e a característica dos personagens eram muito semelhantes. Com Jason Bourne (Matt Damon) a coisa muda de figura, pois desde o princípio, o filme se comporta com muita visceralidade, energia e não coloca o espião em si como um cinto de utilidades cheio de dispositivos ainda não inventados, mostrando mais o lado sujo da coisa.

Em seus primeiros filmes, Jason Bourne busca conhecer o seu passado e, principalmente quem ele era. Para isso acaba investigando uma operação absurda construída pela CIA, Treadstone, a qual tinha o intuito de comandar assassinos de primeiro escalão para completar missões políticas favorecendo os Estados Unidos. Nesse ínterim, o personagem acaba cutucando o vespeiro de uma maneira tão profunda que não há mais como voltar atrás. Ao descobrir o comandante das operações e expor a verdade ao público, parecia que Bourne tinha cumprido seu papel e que agora poderia seguir em frente, mas não…e esse novo filme trabalha essa ideia.

Assim como muitos soldados quando voltam da guerra e não conseguem mais ter uma vida normal, Jason Bourne esboça uma espécie de meia-vida com fuga da realidade. O personagem se vê sem perspectiva nenhuma, fazendo só o necessário para tentar ao máximo se desconectar da sua vida de assassino. O filme demonstra claramente que Bourne tenta ao mesmo tempo se esconder de todos que querem matá-lo, e também de se manter longe de encrenca para que não precise mais machucar pessoas inocentes.

Não mexe com quem tá quieto

Acontece que, assim como no futebol a bola procura o craque, na espionagem a “treta forte” procura Jason Bourne. Mesmo em sua vida medíocre e sem contato com o mundo em que fazia parte, Bourne não conseguia esquecer todo aquele tormento. Foi então que uma personagem da antiga trilogia, a qual ajudou Jason em alguns momentos, Nicky Parsons, volta para resgatar o ex-assassino com provas de que ainda havia mais caroço no angu da CIA.

Ao saber que Jason Bourne estava de volta e que poderia, novamente, atrapalhar os planos da agência secreta e governo americano, a caça começou, e dessa vez com uma ferocidade absoluta representada por Vincent Cassel, como o assassino contratado para eliminar Bourne, a mando do novo diretor, Dewey, interpretado por Tommy Lee Jones. Esse novo elenco, que comandando a trama do outro lado, mostra uma competência tão grande quanto a dos filmes anteriores, somada a uma força de personalidade imposta por esses atores, que é absurda.

Big Brother está em toda parte

Nove anos depois do Ultimato Bourne, último filme da primeira trilogia, os tempos mudaram completamente. Vivemos numa era onde a tecnologia é a base para se obter todo o conhecimento e informação de uma maneira rápida e fácil. Um lugar onde redes sociais traçam perfis de, praticamente, todas as pessoas do mundo, as quais sabem onde estamos, estivemos e estaremos. Esse é um ponto muito bacana abordado pelo filme, trazendo conceitos de privacidade do usuário conectado, aliado as ideias de que uma rede social te permite ser vigiado a todo o momento. Em dois momentos do longa é citado Edward Snowden, um Americano considerado um traidor que tornou público documentos importantes que abordavam um programa de vigilância global da Inteligência Estadunidense, o que sintoniza o espectador na ideia dos novos programas governamentais.

É interessante você conferir o choque de geração dentro da própria CIA, onde o diretor ainda age a moda antiga, enquanto Heather, (Alicia Vikander) pupila do diretor e uma garota misteriosa que tem o perfil de agente duplo, utiliza a tecnologia a seu favor, causando conflitos pontuais na trama.

Jason Bourne está sempre um passo a frente

Acontece que, por mais que você domine a tecnologia, tenha experiência de campo, seja um exímio atirador, versado nas artes marciais e seja destemido, é com Jason Bourne que você está lidando – o cara que está sempre um passo a frente. Quando o assunto é investigar e chegar a um objetivo custe o que custar, ninguém é melhor que Bourne. Faz todo o sentido a polícia, inteligência e órgãos de segurança utilizarem todos os seus recursos e ainda assim não será o suficiente.

A trama continua envolvendo pedaços do passado do ex-agente e que explica a “verdadeira” verdade por trás da Treatdstone e Blackbriar, mas não mostrando como tudo começou e sim o motivo de ter começado. Jason Bourne, que já havia descoberto que seu nome verdadeiro era David Webb, larga as terras Europeias para, finalmente, colocar um ponto final, dentro de casa.

O Bom filho a casa torna

É em Las Vegas que a coisa engrena de uma maneira frenética. Paul Greengrass, diretor de Supremacia e Ultimato Bourne, está de volta para, mais uma vez, deixar aquela boa e velha marca registrada dos filmes da franquia: Uma perseguição de carro absolutamente incrível. A cena em questão mostra um carro da Swat dirigido por Vincent Cassel sendo perseguido por um sedã, pilotado por Jason. Juntos eles devastam a cidade, onde o carro da polícia de Elite americana se comporta como um Batmóvel, destruindo e abrindo caminho por onde passa – é um pouco exagerado, mas é MUITO legal.

Outra característica importante nos filmes Bourne são as pancadarias, e detalhe – com hematomas que permanecem. Dificilmente você assiste um filme e consegue imaginar que aquela briga foi real, mas com Jason Bourne você parece sentir cada soco, o chute, a cara esfacelando e a dor que ele sente. A câmera, quando em combate, fica tão frenética que as vezes você não identifica visualmente o que aconteceu, mas pelo som você já imagina aquele golpe. Vale lembrar que uma prática comum dessa franquia é quando o inimigo pega uma arma letal (Faca, Barra de Ferro) e Jason usa uma revista ou um pedaço de móvel quebrado pra se defender – a galera vai a loucura.

A história não é algo inovadora, mas cumpre bem o seu papel, dando espaço para atuações muito boas e surpreendentes, principalmente do protagonista Matt Damon, que mesmo após 9 anos do último filme da franquia, está em forma e com energia para muitos outros.

Concluindo, Jason Bourne é um filme que se modernizou, utilizou de elementos da atualidade para contextualizar o espectador, mexeu em pontos críticos da sociedade, mas não deixou de ter o verdadeiro DNA da primeira trilogia, onde o espião/ex-assassino mais Badass do planeta continua buscando a verdade e, da sua maneira, proteger os cidadãos das mãos daqueles que pretendem comandar o mundo.

A estreia está marcada para o dia 28 de julho em circuito nacional, portanto não deixe de ver. RECOMENDADO!

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Alepitekus

Muitos cairão à minha esquerda, à minha direita, à minha frente e atrás de mim e eu só sobreviverei se eu tiver aquela poçãozinha de life marota!

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