

O Diretor da Ubisoft Nicolas Rioux, disse ao Gameindustry que a adição de uma segunda tela como padrão nos jogos é algo inevitável, e que daqui a alguns anos será possível ter a mesma engine rodando tantos nos consoles quanto nos Tablets.
“O que eu gosto no fator de se jogar numa segunda tela é a sua acessibilidade, o que significa que diferentes tipos de pessoas podem jogar games que antes elas não entenderiam. Aqueles que não sabem como jogar com o controle ou não gostam de jogar com ele, podem usar o toque. Esse é um dos elementos que mais me chamam a atenção”.
“Isto também lhe dá a oportunidade de jogar contra seus amigos, estando em casa ou não. Saber se eles estarão ou não em casa também vira um detalhe. Por exemplo, eu estou em um aeroporto, e eu posso jogar com meus amigos usando meu iPad se eu tiver uma boa conexão. Achamos que isso vai abrir muitas novas possibilidades para a indústria e para os tipos de games que poderão surgir.” – Nicolas Rioux
Rioux vê diversos benefícios em colocar no mesmo universo on-line, jogadores de console e de dispositivos móveis, principalmente pensando no fato que hoje em dia, o tablet não é apenas uma opção como segunda tela para games, mas sim a principal tela de jogos de muita gente, numa clara referência ao sucesso dos games na Play Store (Android) e iOS. E com engines mais fortes rodando nestes tipos de aparelhos, as possibilidades aumentam consideravelmente. Basta ver que a Unreal Engine roda de forma satisfatória no Android e iOS.
Ele também não vê os tablets ou uma segunda tela tirando os jogadores do console, mas sim uma extensão da diversão, seja no mesmo game ou com uma versão específica para o portátil.
“Talvez o jogador que prefira jogar no tablet, faça pelo simples fato deste aparelho ser mais acessível para ele. Honestamente, queremos dar novas possibilidades aos jogadores. Não é um grande problema para as pessoas que jogam em console, jogar a versão tablet de um determinado game para ter uma experiência mais completa. Eu sou um jogador de console e um jogador de tablets, e para mim ter essa nova experiência não é uma restrição e sim uma adição.”
Pensando de maneira mais fria, Rioux tem total razão. As produtoras precisam fazer mais dinheiro, alcançar lucros maiores, principalmente nos games mais caros, como Assassin’s Creed ou Metal Gear Solid, e usar uma engine só em diversos tipos de equipamentos traz uma vantagem enorme e uma economia de tempo, e consequentemente de dinheiro. Mas o que realmente interessa para nós gamers são jogos de qualidade, e se acontecer em consoles, PCs ou tablets, tanto faz! O importante é que esta indústria continue crescendo.
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