Os games nos deixam desempenhar o papel de um soldado, uma lenda do esporte ou o defensor do planeta contra invasores alienígenas. Mas em nenhum destes papéis podemos alcançar ou tocar nada (além do próprio joystick). O quanto poderia ser diferente, se as interações virtuais possibilitassem sentir uma borboleta pousar na parte de trás de sua mão, ou poder sentir a bola tocando em sua mão quando você desviar aquele chute que ia direção ao gol?
Uma nova tecnologia tátil permite que você faça exatamente isso. Desenvolvido pela Disney Research, em Pittsburgh, Pensilvânia, o sistema chamado de Aireal, permite que os usuários sintam os objetos virtuais no ar, bem como ler os gestos do jogador, como acontece com o Kinect.
O sistema direciona rajadas de ar para os locais que o objeto virtual está indo. O Aireal trabalha com uma câmera de profundidade em qualquer aplicação que está sendo executada, para então descobrir para onde direcionar e lançar o ar, que dispara uma vórtice em forma de uma rosquinha que se direciona muito rapidamente até o jogador.
Os pesquisadores explicam que a frequência e a força dos pulsos de ar podem ser modificados para coincidir com o bater de asas de uma borboleta virtual no braço de uma pessoa (confira no vídeo). Ao combinar vários Aireals, os pesquisadores conseguem fazer com que o jogador sinta gaivotas batendo em sua cabeça enquanto caminha em algum local do game.
“A medida que a tecnologia amadurece, prevemos que os dispositivos eletrônicos de consumo, bem como os ambientes do cotidiano, devam ter dispositivos táteis ao ar livre de forma pré instalada, tornando-se completamente invisíveis aos usuários” – diz o autor Rajinder Sodhi.
Assim como a pesquisa da Microsoft que noticiamos esta semana, o Aireal pode fazer parte deste novo grupo de dispositivos e tecnologias que prometem aposentar nossos joysticks, ou dar uma perspectiva diferente para forma que jogamos nossos jogos. Vamos aguardar, pois apesar de prometer bastante, é necessário um tempo para que todas estas tecnologias possam chegar as prateleiras.
Confira o vídeo, é realmente muito interessante!
Fonte: New Scientist
