Terceira temporada de Stranger Things emociona e diverte na dose certa.
Antes de qualquer coisa, esta análise de Stranger Things não contém spoilers!
Quando a série Stranger Things surgiu na Netflix o sucesso foi quase imediato. A primeira temporada, lançada em 2016, foi um sucesso absoluto, garantindo a sua continuação. Entretanto, a segunda temporada não foi tão bem quanto a primeira, pois alguns episódios mais “arrastados” chatearam parte da audiência, e acho que isso foi anotado pela Netflix. Mas, na terceira temporada de Stranger Things nós podemos ver uma evolução de roteiro em comparação com a segunda. Neste caso, podemos dizer que aqui as coisas vão direto ao ponto.
A história se passa algum tempo após os eventos da segunda temporada. A trama tem o pontapé inicial com cientistas russos realizando experimentos com o portal do mundo invertido, e em paralelo a isso as crianças, ou melhor, adolescentes, apenas tentam viver e enfrentar os problemas rotineiros da vida, como puberdade e intrigas. Mas, eles não sabem que um perigo terrível se aproxima enquanto eles vivem suas vidas.
O shopping de Hawkins e os maravilhosos anos 80


A terceira temporada da série apresenta diversas mudanças e adições, entre elas, o Shopping que foi construído na cidade de Hawkins. O shopping pode ser considerado um personagem nessa temporada, pois sua relevância para a história central é enorme. É bem interessante como os personagens usufruem do local fazendo compras, indo ao cinema e até trabalhando. Tudo de uma maneira bem natural e coerente com os acontecimentos.
Como nas temporadas anteriores, a retratação dos anos 80 é impecável, e podemos observar isso nos detalhes das lojas que marcaram a época e estão situadas no estabelecimento.
Além das citadas locações bem retratadas da época, nós também temos um figurino impecável, músicas marcantes e os easter eggs e referencias dos filmes famosos dos anos 80. A sensação é que realmente estamos acompanhando uma história que se passou nos anos 80, e isso é simplesmente incrível.
Amigos não mentem…


A relação dos personagens é algo que evoluiu naturalmente na série. É comum ver os personagens discutindo, brincando, sorrindo e apreensivos, tudo dentro de uma naturalidade que não incomoda, pois isso poderia ser algo retratado de forma mais “robótica” visto que as crianças agora são adolescentes.
Como a adolescência alcançou os personagens que acompanhamos nas duas temporadas anteriores, naturalmente os comportamentos deles também mudaram. Existem romances, brigas e tudo que compõe as atitudes de adolescentes. Mas em especial, se um deles possui superpoderes.
Elenco de estrelas, atuações de primeira


O elenco da série fez um trabalho esplendoroso na terceira temporada, com atuações divertidas e emocionantes. Millie Bobby Brown mostrou nesta temporada que Eleven é uma personagem bem complexa e carismática. É comum você se deparar sorrindo involuntariamente nos momentos mais fofos e inusitados da personagem.
Como nas temporadas anteriores Winona Ryder brilhou e emocionou na atuação como Joyce, ao lado de David Harbour (Cherife Hopper) eles protagonizaram situações divertidas e inusitadas. Desta vez a relação de Hopper e Joyce está mais próxima, mas essa proximidade pode ser demais para os dois.
Dustin (Gaten Matarazzo) brilha com seu carisma durante toda a temporada, garantindo momentos muito divertidos e arrancando muitas risadas. Particularmente, meu personagem favorito da série.
Lucas (Caleb McLaughlin), Mike (Finn Wolfhard) Will (Noah Schnapp) e Max (Sadie Sink) também mantiveram ótimas atuações e cumpriram bem seus papéis, com destaque para Mike, que tem de enfrentar seus problemas de relacionamento com Eleven, enquanto enfrentam os perigos.
Jonathan (Charlie Heaton) e Nancy (Natalia Dyer) formam o casal seguro. Eles trabalham bem em conjunto, enquanto tentam desvendar os casos misteriosos que ocorrem na cidade. Tudo isso, ao mesmo tempo em que tentam equilibrar e manter seus empregos no jornal da local.
Nós também tivemos novos personagens apresentados na história, como Maya Hawke, que interpreta Robin, a parceira de Steve Harrington (Joe Kaeery) na sorveteria do shopping.
Mais uma vez, um show de referências


Um dos atrativos da série são suas referências, e a terceira temporada está repleta delas. Tivemos a aparição do filme De Volta para o Futuro no cinema de Hawkins. Mas, as homenagens não pararam por aí, e surgiram referencias dos filmes Dia dos Mortos, Amanhecer Violento, e até A História sem Fim (em um dos momentos mais engraçados da série). Há também um personagem inspirado em Exterminador do Futuro.
Realmente um deleite para os fãs de cinema e para os caçadores de easter eggs.
A temporada mais emocionante de todas


Prepare-se, a terceira temporada de Stranger Things irá te emocionar – e muito.
É natural criarmos um certo apego com personagens que acompanhamos nas séries. Esse apego em Stranger Things é mais rápido, pois os protagonistas são crianças. Entretanto, com isso em mente, é fácil afirmar que a terceira temporada da série é a mais emocionante, com diversos momentos marcantes. Mas, a emoção não estraga a jornada incrível da terceira temporada. Na verdade ela intensifica tal sentimento.
Vilões caricatos e a quarta temporada praticamente garantida


Os vilões da temporada contribuem bastante para a trama, pois certamente o perigo se tornou mais mortífero e aterrorizante. A escolha dos antagonistas da história foi certeira, e um tanto caricata. Não aprofundaremos mais nesse quesito, pois parte da descoberta faz parte da história.
A série termina com um gancho para a uma possível quarta temporada, mas com a qualidade e sucesso que a terceira temporada obteve, a próxima se torna quase uma certeza.
Sem dúvidas os irmãos Duffer fizeram um excelente trabalho, e aguardamos ansiosos pela continuação. Confira o trailer da terceira temporada:
Confira mais da série clicando aqui.
Enfim, a terceira temporada é, com certeza, uma das melhores produções feitas pela Netflix. Agora, depois de tudo que contamos nessa análise, vá assistir Stranger Things!