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Análise | Batman: The Telltale Series – Primeiro episódio mostra grande potencial

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Houve uma época em que a indústria dos games ficou tentada a partir para os lados dos jogos episódicos. A Valve inclusive deu uma continuação para Half Life 2 através de episódios, e algumas outras empresas também se aventuraram neste formato. Porém, apenas a Telltale se firmou como uma desenvolvedora que realmente usa este modelo como seu negócio principal, e com The Walking Dead ganhou, inclusive, o prêmio de jogo do ano.

Após passar por outras franquias, a Telltale fechou parceria com a DC para produzir Wolf Among Us, título de um dos quadrinhos da gigante dona de personagens como Super Homem, Batman, Mulher Maravilha e tantos outros. Eis então que a parceria entre a Telltale e a DC se expandiu, e Batman caiu no colo da desenvolvedora como uma nova arma, em um projeto altamente ambicioso.

Sai o manto, entra o mito

Anunciado no final do ano passado, Batman: The Telltale Series chegou com seu primeiro episódio chamado Realm of Shadows no dia 2 de agosto deste ano, explorando um outro lado do super herói que te faz pensar porque ninguém fez isso antes. Ao invés de focar de forma excessiva no Batman, a história vai na direção de Bruce Wayne, colocando tudo que sabemos sobre o seu passado em cheque. As dúvidas na cabeça do ser humano e do Cavaleiro das Trevas, que não são poucas, se intensificam a medida que um grande mafioso mostra interesse em Bruce e Harvey Dent.

O grande trunfo do jogo, e da grande maioria dos projetos da Telltale, é a forte narrativa que se apoia nas decisões do jogador. Apesar de muitas destas decisões não trazerem exatamente uma história diferente, faz com que o jogador se veja pensando como Bruce Wayne. Afinal, como ele trataria de determinada situação? Pra que lado ele iria, será que ele responderia assim mesmo? A história neste primeiro capítulo é empolgante, traz diversos nomes e rostos conhecidos do público e faz um uso perfeito do universo do Morcego. Tudo é muito convincente e fica melhor ainda com a dublagem de monstros como Troy Baker, que faz a voz do Batman.

E essa queda de FPS aí?

Se há algo que consigo compreender na estratégia da Telltale, mas não consigo aceitar muito bem, é o fato de ainda usarem a mesma engine desde o começo de sua “carreira” com The Walking Dead. O visual de Batman sofre com isso logo no começo quando a gente vê que tudo é um tanto quanto simples, há um certo impacto negativo. A Telltale faz isso para conseguir levar seus jogos para a maior quantidade possível de dispositivos, como os mobiles, que é uma das casas de seus jogos. Então quer dizer que os consoles da nova geração e PC rodam o novo Batman com o pé nas costas certo? Errado.

Por diversas vezes é possível perceber quedas bruscas de FPS, algo estranho em um jogo tão limitado. Afinal, a gente mais assiste do que joga e o ambiente não pode ser explorado como em outros jogos. Mas mesmo assim, a queda dos FPS está lá, ainda que o visual do jogo não seja um primor. Porém, esta pegada mais simplória da Telltale se transforma em algo artístico depois de alguns minutos de jogo e você consegue perceber o quanto o visual casa bem com um personagem que vem dos quadrinhos. Logo você esquece dos problemas, das quedas de FPS, do visual simples, e passa a prestar atenção em outras coisas mais importantes e que trazem diversão e imersão.

Novas formas de se jogar

Apesar de achar excelente o trabalho da Telltale, que na minha visão tem um mercado só dela com seus pseudos jogos de point and click, é fato que alguns de seus games esquecem que são jogos e passam a ser uma história interativa. Game of Thrones é um grande exemplo de jogo que acabou me fazendo perder o interesse por este motivo. Tudo é limitado e a exploração é pequena demais para um jogo que herda muitos conceitos dos antigos adventures.

Batman traz consigo a herança dos últimos jogos da Telltale também na jogabilidade, mas tem diversas novidades que consegue balancear muito bem o que é jogo do que uma história interativa. Quando estamos com Bruce, tudo é mais limitado e o que você deve se preocupar é em responder as coisas direito, de forma política. Quando estamos com Batman tudo muda e os apetrechos do herói entram em cena. Ainda temos muito de “aperte X” e a animação apenas continua, mas nos combates cada sequência bem executada faz um medidor encher até o ponto onde você pode usar um golpe que atordoa o inimigo, muito semelhante aos jogos da Rocksteady e precisa ficar ligado nos movimentos que precisa fazer pra eliminar os inimigos.

Modo Detetive

A cereja do bolo é o modo detetive, onde você explora bastante a cena de algum crime ou acontecimento, e neste primeiro episódio acontece em apenas um momento, mas exige uma certa técnica do jogador para resolver o mistério do que aconteceu. Você vai linkando uma situação ou prova na outra, até resolver tudo por completo. Como o Batman é um detetive, as coisas se encaixam perfeitamente e muitas vezes a fala do Batman, enquanto pensa no que ocorreu, ajuda o jogador a imaginar as situações e o nível de imersão é muito bom.

Conclusão

Apesar de contar com alguns problemas técnicos inesperados e a falta de evolução técnica que tanto esperamos nos jogos da Telltale, Batman está em muito boas mão com a nova empreitada no mundo dos games. A história começou extremamente bem, o universo do Morcego se encaixou perfeitamente no formato da Telltale trabalhar e o final que a gente vê neste capítulo deixa qualquer um com vontade de jogar mais. Se você já é um fã dos jogos da Telltale ou é fã de Batman, este primeiro capítulo é obrigatório nem que seja pra que você possa experimentar a experiência e decidir se irá investir na temporada completa. Eu gostei bastante da história e aguardo ansiosamente pelo segundo capítulo!

Batman: The Telltale Series foi lançado para PlayStation 4, Xbox One, PlayStation 3, Android, Xbox 360, Microsoft Windows, iOS, Mac OS Classic


*Aproveite e veja nosso gameplay dos primeiros trinta minutos do jogo e se gostar e quiser ver mais, temos uma série com o primeiro capítulo completo em nosso canal. Acesse: Canal do Combo Infinito no Youtube.

Trailer

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Ariel Souza

Já inventaram o PS4, o Xbox One, portáteis com jogos de console e até celular com capacidade de PC. E ainda tem gente me enviando solicitação de jogos no Facebook.

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