Análise | Borderlands 3 é caótico, divertido e empolgante!

Borderlands 3 é um título esperado há muitos anos pelos fãs. Depois de sete anos de espera, finalmente os jogadores puderam descobrir os segredos da Vault Key de Borderlands 2. Seja pela história ou pelo gameplay, o novo Borderlands vai acabar te conquistando.

A Gearbox Software, desenvolvedora do jogo, investiu pesado neste título, que chegou com a promessa de ser o melhor da série. Será que ele cumpriu?

Borderlands 3 é um jogo gigante em diversos aspectos

Antes de mais nada, precisamos falar sobre o quanto o novo título está gigantesco. Como já foi divulgado, a história de Borderlands 3 não fica concentrada no planeta Pandora, como seus antecessores. Desta vez temos quatro planetas para explorar e cada um parece mais extenso que o outro.

Primeiramente, nossa aventura começa em Pandora, mas logo vamos para a utopia tecnológica de Prometeia, às selvas de Eden-6 e à paisagem exuberante de Athenas. A decisão de levar a aventura para mais de um planeta foi, definitivamente, bem acertada. 

Além disso, graças às novas mecânicas de movimentação, os mapas agora são mais verticais que os outros jogos da série, dando uma nova gama de explorações para os jogadores. 

Em resumo, é possível ficar horas rodando os mapas atrás de colecionáveis, que estão aos montes no novo título, assim como missões secundárias. E, claro, que com todo esse espaço deveria ter um conteúdo que cobrisse tudo isso, não é?

História de Borderlands deixa a desejar, mas ainda empolga

Afinal, existe alguma maneira de deixar de lado a história maluca(e surpreendentemente bem elaborada) de Borderlands? Muitos fãs da série estavam empolgados em descobrir o que aconteceria com os Crimson Raiders após os eventos da DLC Commander Lilith and the Fight for Sanctuary. 

Infelizmente, esse pode ser um dos aspectos mais fracos do novo título. Apesar de alguns momentos bem empolgantes, o conjunto da obra deixa a desejar. Alguma reviravoltas são muito previsíveis e deixam um gosto amargo na garganta. 

Claro, como já dissemos, existem várias partes divertidas nessa história. Um desses pontos fortes é a construção dos vilões, os gêmeos Calypso. Troy e Tyreen podem não ser tão marcantes quanto Handsome Jack, mas conseguem causar uma impressão impactante desde suas introduções. 

Enfim, não vamos falar mais sobre isso para evitar possíveis spoilers, mas saibam que mesmo que a história não te prenda, o gameplay com certeza vai.

Gameplay caótico e divertido é a arma mais poderosa do jogo

Antes de tudo, quando pensa em Borderlands, o que vem à cabeça? Hordas de inimigos? Bilhões de armas? Diversão no multiplayer? Pode ficar tranquilo que essa checklist toda foi cumprida nesse jogo.

Borderlands 3 conta com algumas das mecânicas mais incríveis da história da franquia. Múltiplas habilidades para os personagens, armas lendárias poderosas, referências à cultura pop, peça o que quiser, o jogo vai atender. É divertido explorar os mapas atrás de armamentos únicos, com habilidade mirabolantes e poderosas. Uma bazuca que dispara fezes, feita de um banheiro químico comprimido? Sim, isso tem aqui.

Você vai se perder na quantidade de armas disponíveis e vai sentir um aperto no coração quando tiver que trocar por armamentos mais adequados para seu nível. Todos os fabricantes trazem características únicas para seus armamentos, explore elas e se divirta.

Aliás, falando em habilidades, temos que falar dos novos Vault Hunters. Todos eles possuem três árvores de habilidades distintas, mas com um porém: cada uma delas possui uma habilidade ativa única. Além disso, é possível “combar” essas árvores e habilidades como quiser, tornando seu personagem ainda mais único. 

Com isso, quando você joga o modo multiplayer com os amigos, pode mostrar suas próprias builds e divertir com os combos entre os personagens. Graças a isso, o modo de multijogadores acabou ficando ainda mais caótico e, por consequência, mais imprevisível e divertido. Só não tente fazer isso no modo split screen por enquanto. As coisas podem ficar esquisitas. 

Achou que não ia ter bugs? Achou errado, otário!

Boa parte dessa análise foi feita no modo split screen, e devemos dizer que isso não foi legal. Mesmo no modo single player, o jogo estava claramente mal otimizado para os consoles. 

Personagens que entram em paredes e se tornam impossíveis de matar, quedas constantes de framerate e armas que desaparecem de seu inventário são alguns dos inimigos mais perigosos de Borderlands 3.

Em suma, foram várias as vezes que meu controle quase se encontrou com o chão ou com a parede devido a erros do aplicativo. O mais constante era, definitivamente, a queda do número de frames.

Enquanto está no modo split screen, se um jogador abre o menu, a taxa de frames cai de 30 para 6 ou 7 por cerca de 10 segundos. Enquanto isso, o outro jogador pode estar no meio de um tiroteio e morrer por conta da travada. Mesmo no modo single player, essas constantes quedas de frame e atrasos na renderização do cenário rendem muitas frustrações.

Até mesmo no final do jogo, quando temos uma cena relativamente tocante, somos assombrados pelos bugs. A cutscene aconteceu apenas na metade superior da tela e os personagens ficavam piscando, como se lutassem para existir na cena. O que prometia ser um final épico para a jornada, acabou sendo apenas um momento de frustração por conta da péssima otimização do título.

Afinal, devo jogar Borderlands 3?

Em resumo, sim, você deve jogar Borderlands 3. Bugs e problemas técnicos são corrigidos com patches e atualizações, e a Gearbox já está ciente dos diversos problemas. 

Mesmo que, por enquanto, o jogo esteja fraco tecnicamente, ele não deve ser deixado de lado. 

Se está afim de uma aventura grande, megalomaníaca, caótica e divertida, faça suas malas e vá pra Pandora. Ouvi dizer que estão a procura de novos Vault Hunters.