Análise – F1 2013

“Cansado de ouvir o hino da Alemanha todos os domingos na TV? Esqueça a falta de competitividade da vida real e embarque nesta nova versão da série da Codemasters!”

O maior mérito do F1 2013, a última versão do simulador oficial da Fórmula 1, produzido pela Codemasters e lançado para PC, PS3 e Xbox 360, é ser um jogo familiar e consistente, com melhorias que não são percebidas até o momento em que você pisa no acelerador. Apesar de introduzir carros e pilotos lendários da categoria, o jogo não traz grandes novidades em relação à última versão de 2012. Só que ao mesmo tempo, para os que acompanham a série como eu, as melhoras na jogabilidade, ação e emoção das corridas são tangíveis.

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O jogo flui melhor em todos os aspectos, seja na suavidade dos gráficos ou na inteligência artificial dos adversários que estão mais viscerais ou, como diria o Galvão, com a faca nos dentes. E não para por aí. Os gráficos foram turbinados, os sons preenchem os ouvidos e tudo fica mais real. A dirigibilidade dos carros muda mais sensivelmente dependendo da sua equipe, e pilotar a Ferrari do Niki Lauda ou a Williams do Mansell em Jerez ou Brands Hatch, sem controle de tração ou ABS é um desafio até para os veteranos.

Aliás, os carros da era de ouro da F1 (só faltaram o Ayrton e o Piquet hein Codemasters) são um espetáculo à parte e nos levam a uma época em que os pilotos eram quase kamikazes, com turbos monstruosos, quase nenhum recurso de segurança e cockpits cercados de combustível por todos os lados. Coisa pra macho mesmo, não esses carrinhos de videogame… Ops!

Os modos de jogo permitem que o f1 2013 seja acessível para todos os tipos de pilotos virtuais, desde aqueles mais “hardcores”, que conseguem passar duas horas em uma só corrida, até os que tem apenas alguns minutos diários para investir e se divertir. O F1 2013 tem um pouco de tudo para cada estilo de vida, sem perder a diversão ou a imersão, seja no modo carreira ou nos Challenges.

Os circuitos foram recriados até os mínimos detalhes e recomendo dar algumas voltas bem devagar para curtir os detalhes de Yas Marina e ouvir o som dos adversários dentro do túnel de Mônaco. A iluminação e detalhes animados como pássaros voando e pessoas andando às margens da pista ajudam a criar a sensação de realismo, mesmo em altas velocidades.

Os carros respondem com características diferentes e é preciso ter disciplina no acelerador e freio para não acabar sem pneus antes do fim de uma corrida. Acidentes e batidas ocorrem com mais frequência o que fazem com que o jogador tenha que prestar mais atenção em tudo o que ocorre ao seu redor. O jogo amadureceu e melhorou em pequenos detalhes que fazem toda a diferença. No meu velho e bom Logitech G25, o feedback nas zebras ondulações e contatos estão mais realistas. Só gostaria que a Codemasters permitisse deixar o volante mais resistente como no PC.

O F1 2013 poderia ser apenas um update na série, mas consegue ser muito mais do que isso. É um jogo democrático e envolvente, que melhora sob todos os aspectos em relação ao seu antecessor. Se na TV, a Fórmula 1 está cada vez mais difícil de assistir, no videogame é a hora certa de dar uma lição no Vettel e acelerar forte, em horas e horas de diversão.

 E aí meus caros Combonautas, o que acharam desse review? Confiram o trailer abaixo e liguem seus motores.