Análise | Final Fantasy XII: The Zodiac Age traz a nostalgia ao PS4

Em 2006, Final Fantasy XII: The Zodiac Age foi lançado para o Playstation 2 e trouxe muitas novidades na mecânica de combates da franquia e provou mais uma vez, que a Square ainda conseguia evoluir o gênero e a série Final Fantasy. O jogo fez um sucesso estrondoso, tendo notas altíssimas nos principais veículos e conquistando o público com muito carisma e personalidade.

Eis que a Square Enix está pensando no futuro da série com uma ideia mercadológica comum atualmente, fazer remakes, remasters e conquistar novamente o público com suas mecânicas que já não são mais vistas ultimamente, como o turn-based, como maior exemplo.

O jogo está sendo relançado para Playstation 4, tendo como intuito trazer aquele sentimento nostálgico de um game antigo, mas com adaptações para a nova plataforma da Sony e melhorias técnicas. Final Fantasy XII está bem fluido, com parâmetros técnicos muito bons, como FPS, e outros detalhes, o que costumam pecar bastante em remasterizações.

O trabalho feito em Final Fantasy XII: The Zodiac Age não foi apenas um aumento de escala, mas teve um trabalho bem caprichado que, por mais que ainda vemos gráficos ultrapassados, é notório o capricho e uma execução de dar gosto, que vale muito a pena.

Outro detalhe importante a ser mencionado é o fato da trilha sonora, incrível diga-se de passagem, foi completamente refeita e reorquestrada. Foram adicionadas muitas outras coisas interessantes, como o botão de velocidade, que acelera o jogo consideravelmente, o que é algo de extrema utilidade, já que o mundo a ser explorado é gigante e facilita e agiliza muito a sua empreitada.

Uma das coisas que podem afastar o jogador é o fato do game não possuir legenda em português. Obviamente, não são todos os jogos que são remasterizados que tem a obrigação de legendar para o público brasileiro, porém, é um diferencial enorme quando isso acontece, pois a galera consegue absorver muito mais a história, tendo uma experiência incrível e completa.

Um sistema de batalha super interessante

A mecânica de batalha, para aqueles que não tiveram a oportunidade de jogar, é um pouco complexa no início, mas ao se acostumar, você percebe que é precursora de uma modernização dos jogos de RPG, deixando quase 100% o turn-based e partindo mais para o action. Outro ponto inteligente na construção do Role Playing é a classe e as habilidades que seus personagens terão e como isso é desenvolvido. Cada herói tem uma licença e nela uma espécie de tabuleiro com uma árvore de habilidades específicas que vão se abrindo a partir das suas escolhas anteriores.

Uma das ideias mais legais utilizadas em FFXII são as chamadas de Gambits, que consistem em programações de ações para os personagens, fazendo com que os personagem ajam ou reajam as situações de batalha da maneira que você escolher.

Uma história Fascinante

Talvez o grande motivo que o faça jogar Final Fantasy XII: The Zodiac Age seja a história do jogo, que é simplesmente fantástica, a qual traz personagens super carismáticos, um enredo bem interessante, muitas vezes lembrando Star Wars (guardadas as devidas proporções, como o fato do império querer dominar o mundo, músicas, personalidades e vários outros elementos) e com a verdadeira magia que Final Fantasy sempre propôs em suas narrativas.

Para aqueles que não tiveram a oportunidade, ou por qualquer outro motivo, não jogaram The Zodiac Age, essa é uma grande chance. Pode ter certeza que você passará bons momentos relembrando ou conhecendo o universo. Vale lembrar que é um jogo bem fiel ao gênero RPG, longo, com muitos conceitos que estamos desacostumados, mas ainda assim, principalmente para aqueles que curtem a série, curtem o gênero, é um prato cheio. Recomendo fortemente.

Esta análise foi criada à partir da cópia do jogo enviada pela Square Enix para PS4