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Análise | Prey é uma mistura de Half Life e Bioshock que deu muito certo!

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Em 2006 o estúdio Human Head lançava um título que prometia demais e sem dúvida alguma se tornou um clássico Cult dos videogames. PREY era um excelente jogo, que não recebeu a atenção que merecia. Quem jogou se apaixonou pelo game e seu universo, mas quem não jogou não se importa com isso até hoje.

No entanto, diante do clamor dos fãs que sempre pediram por um Prey 2, a Bethesda viu uma oportunidade e adquiriu os direitos da marca nos videogames, deixando nas mãos da Arkane Studios a responsabilidade de criar um novo universo com o nome Prey, que mesmo que não tenha lá muito a ver com o jogo original, se torna rapidamente um dos principais lançamentos do ano.

Seja bem vindo à 2032

Se pararmos para pensar que 2032 não está muito longe, é de impressionar que Prey se passe em um futuro tão tecnológico com apenas 13 anos de diferença para os dias atuais. Diante dos avanços da tecnologia, impulsionados por um plano de exploração do universo, uma corrida espacial travada entre Estados Unidos e Rússia e de principalmente saber o que afinal há em Marte, é criada a Talos 1, uma estação espacial que tinha uma missão muito importante, mas tudo da muito errado.

Ao acordarmos somos surpreendidos ao ver que a Talos 1 está tomada por seres de outro planeta, que não conseguem lidar com o fato de existirem outros seres vivos, se tornando assim máquinas de matar. O problema é que estas criaturas possuem poderes de se transformar no que quiserem, ou de deferir golpes extremamente poderosos, dificultando muito a vida do jogador. Assim, você precisa descobrir o que afinal está acontecendo ali, por qual motivo você não se lembra de nada e qual o seu papel naquilo tudo.

Uma mistura de Dishonored, Bioshock e Half Life

Um dos pontos mais altos de Prey é sua ambientação altamente imersiva e cheia de surpresas. O jogo tem muita cara de Half Life no começo, por tratar de algum experimento que não dá muito certo e coloca a humanidade diante do perigo alienígena sem nenhuma outra chance, além de lutar, além de trazer uma ambientação bem semelhante ao clássico da Valve. A narrativa através de áudios encontrados no cenário e em corpos dos habitantes da Talos 1, além de chamadas de outros personagens via uma espécie de telefone se assemelha demais a Bioshock, além de que nada é entregue de bandeja sobre a história. Se você quer entender o que ocorre naquele lugar, terá que explorar bastante atrás de documentos ou Emails que ao menos lhe deem uma pista de eventos que ocorreram no passado.

Talos 1 é um lugar bem grande e que se expande mais ainda ao descobrirmos que é possível explorar a parte externa da estação. Existem diversas salas fechadas esperando por um cartão magnético perdido no bolso de alguém que é capaz de abri-las. Em cada canto você vai encontrar algo diferente que servirá como recurso para criação de armas e objetos. Então você vai precisar encontrar uma das salas seguras – que se parecem com os locais de save de Resident Evil, apesar de você contar com o recurso de save há qualquer momento – e então criar tudo que achar necessário através das matérias primas. Em sua essência, Prey é um Dishonored futurista com muitas referências e inspirações em jogos em primeira pessoa que tentam ser mais do que um FPS, mas sim um jogo de aventura em primeira pessoa em que a exploração é a maior aliada.

Uma arma na mão e o poder de sua mente

Você deve se lembrar dos trailers de jogabilidade de Prey em que o protagonista se transformava em objetos do cenário, usando isso a seu favor para entrar em salas fechadas ou se esconder dos inimigos. O que esqueceram de contar é que até que você chegue naquele nível vai demorar pelo menos umas 8h de jogatina, que até lá, vai te proporcionar jogar um título em primeira pessoa onde o personagem principal está sempre na desvantagem. Com os inimigos muito fortes, capazes de te enganar em todos os momentos, você precisa usar tudo que for possível e espalhado pelo cenário, ser criativo, já que não é possível atirar a todo momento por falta de balas e sua chave inglesa, principal arma do seu personagem, será a sua melhor amiga.

Claro que com o passar do tempo vamos encontrar novas armas, mas nem todas são destinadas a matar, mas sim a atrasar ou atrapalhar o inimigo, abrindo chances de você atacar no corpo a corpo enquanto ele está impossibilitado de se mexer ou atirando na certeza que não vai perder balas à toa. Conforme avança, novas habilidades ficam disponíveis e você passa a ter acesso a poderes inimagináveis que saíram dos aliens através de pesquisas que os humanos da Talos 1 começaram a traçar, dentre elas a capacidade de se transformar em alguma coisa do cenário, como os inimigos chamados “mímicos” fazem. Então um leque de novas possibilidades se abre, a medida que você passa a ter uma escolha: elevar o nível das poderosas habilidades alienígenas e se deixar levar pelo poder, ou evoluir seus aspectos humanos, que em contrapartida nem sempre vai te deixar tão forte assim. Esse sistema até se parece com Dishonored também, mas tem muito mais profundidade em como as defesas de Talos 1 vão te reconhecer. Quanto mais alienígena seus poderes forem, mais parecido você estará com o inimigo dentro de seus genes, aí tudo pode te atacar, inclusive aquela torreta que você vem carregando consigo em todas as salas.

Temos que falar novamente da Talos 1

A ambientação de Prey é sensacional, como já mencionamos, mas tudo é tão magnífico ao ponto de te fazer ficar imaginando como seria se realmente a humanidade tivesse a sua disposição uma instalação espacial como a Talos 1. O local parece uma gigantesca empresa que vive no espaço e que está pronta para a exploração do universo, além de fornecer condições plenas de vida humana. As coisas pareciam muito tranquilas e avançadas antes de tudo ruir por conta da invasão alienígena. Obviamente que tudo parece um grande clichê, mas é tão bem executado que não há como não ficar impressionado com a estrutura do lugar e como todo o seu conceito poderia facilmente ser copiado pela humanidade para ser utilizado no futuro próximo. A ideia, por exemplo, de Kennedy ter sobrevivido no passado e ter sido um dos grandes responsáveis pelo nascimento deste projeto científico é apenas um dos pontos importantes da história de Prey.

Até a invasão alien se torna um atrativo dentro daquele lugar. Salas destruídas fornecem mais matérias primas e até locais onde o ar não existe, formando uma zona deveras bonita que unifica os objetos de um cenário em uma sala de trabalho com a falta de oxigênio e gravidade, criam ambientes artisticamente belos em meio a destruição. Particularmente gosto demais do trabalho da Arkane neste aspecto gráfico e artístico e é ótimo ver que a empresa consegue trabalhar com locais mais abertos como em Dishonored e agora em ambientes mais fechados, como em Prey.

Conclusão fácil: Muito melhor do que poderíamos esperar

Prey é um jogo dedicado aos fãs de ficção científica e uma homenagem à diversos gêneros e jogos que o mundo dos games experimentou durante vários anos de vida. A Arkane e a Bethesda não tentaram em nenhum momento agradar quem jogou o primeiro jogo da franquia, colocando suas próprias ideias dentro de um projeto totalmente novo e capaz de se firmar, finalmente, como uma grande saga.

Em tempos onde Half Life insiste em não retornar, é ótimo poder enfrentar aliens perigosos e com poderes diferentes, ao mesmo tempo que também experienciamos uma aventura que suga bastante de Bioshock. Com bastante exploração, momentos de ação constantes, história mirabolante e jogabilidade praticamente perfeita, Prey consegue seu lugar ao sol na imensidão do espaço que a Talos 1 se encontra instalada e nos entrega uma das melhores experiências deste ano.


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Ariel Souza

Já inventaram o PS4, o Xbox One, portáteis com jogos de console e até celular com capacidade de PC. E ainda tem gente me enviando solicitação de jogos no Facebook.

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