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Análise: Pro Evolution Soccer 2014 – O Rei está de volta?

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Todos os anos é a mesma coisa, PES x FIFA, e todo mundo adora! Muitos já escolhem se vão vestir o uniforme da Konami ou da EA Sports antes mesmo dos lançamentos dos dois games, e acabam não vendo a evolução que acontece no concorrente. E como prometi aqui, tentarei não fazer comparações, até porque preciso jogar mais de FIFA 14 para ter um parecer. O intuito é demonstrar as evoluções dentro da própria franquia e para o gênero que ambos se propõem, o futebol virtual.

E PES 2014, o qual já havíamos experimentado no Konami Gamers Night, é um game difícil de se avaliar. Digo isso porque de cara a primeira impressão não foi boa, e aos poucos o controle de jogo vai te cativando e você passa a gostar mais do game. E depois tudo muda, e o jogo parece travado, sem sal, sem açúcar, sem graça. Até que você aprende as novas mecânicas e vê que você está jogando PES do jeito errado. Mas afinal, PES 2014 é ou não é um avanço para a franquia e para o gênero?

No que diz respeito aos gráficos, há uma boa evolução, devido à engine da Kojima Productions, a Fox Engine. Os jogadores estão ainda mais fiéis às suas contrapartes reais e os estádios estão melhores do que nunca. O uniforme faz movimentos conforme o jogador se locomove, algo bastante realista, além de estarem muito fiéis, quando acontece da Konami ter os direitos de uso de imagem do clube, pois ainda é possível encontrar o London FC no lugar do Chelsea por exemplo. No entanto o campeonato brasileiro está completo, fiel e mais forte do que nunca, com os clubes bem equilibrados e com muito pontos nos atributos. Vários jogadores são muito bem representados, como acontece com Ganso, Pato, Luiz Fabiano, que são exatamente iguais à realidade, seja em movimento, técnica, forma de tocar, de correr. Agora outros, como Lúcio que está no São Paulo como titular, não acontece o mesmo cuidado, e olha que Lúcio esteve presente em muitos clubes no PES, mas acho que não entenderam que era o mesmo jogador.

Os gráficos estão realmente muito bons!

A física foi renovada, e os jogadores parecem realmente se chocar dependendo da jogada, e carrinhos agora são um problema pra marcação, pois apertar de qualquer jeito, sem esperar o tempo correto, resulta em cartão. No movimento da bola houve uma grande melhora, já que não presenciei o que Alepitecus e eu chamamos de “imã”. Este problema acontecia quando um goleiro espalmava a bola para o lado, e inexplicavelmente ela pingava pra trás, em busca da linha de fundo, com um efeito parecido com um imã mesmo. Quando presenciei este evento acontecendo em PES 2013, larguei o jogo na hora, fora todos os outros problemas que a série teimava em manter, e que em PES 2014 imagino que por causa da nova engine aconteça poucas vezes, mas acontece…

Problemas graves que posso resumir se dão ao controle de bola e goleiros. O controle da bola está melhor que antes, talvez o melhor da série para esta geração, mas ainda precisa de cuidados. O jogador demora muito para parar, dando alguns passinhos antes de realmente parar, o que geralmente leva a perda da posse de bola. No entanto depois de algum tempo você acostuma com isso, mas os goleiros… A Konami se gabou dizendo que os goleiros seriam os melhores da série, e não, definitivamente não são.

O campeonato Brasileiro é um dos mais fortes do jogo, finalmente!

Em alguns dias presenciei eventos bizarros relacionados aos goleiros. Imagine a bola pingando na área, lentamente – então o goleiro se posiciona, cheio de confiança pra encaixar a bola, como deve ser sempre. Entretanto e todavia, ele dá dois passos pra esquerda, saindo da frente do gol, e quando a bola pinga pela última vez no chão ele salta como se tivesse recebido o chute mais difícil de sua carreira, querendo sair naquela foto sensacional no jornal de segunda. Com esta ação ESTÚPIDA, ele joga a bola pro meio da área, quando o atacante adversário sem culpa alguma no cartório faz 2×2 no placar, em um jogo que você suou a camisa pra conseguir chegar nos 2×1, de virada. Você me diz se é ou não é um problema.

Felizmente isso não acontece com frequência, mas não consigo olhar para os goleiros e dizer que estão realmente acima da média. Estão como sempre estiveram, realizando defesas difíceis e vacilando em bolas ridículas.

Outro ponto que o jogo peca muito é na parte sonora. Apesar do som ambiente do estádio estar sensacional, a narração de Silvio Luiz e comentários de Mauro Beting sofrem por causa da tentativa de “deixar mais legal”. Segundo o próprio Silvio Luiz, ele e Mauro Beting pediram mais liberdade na narração de PES 2014, o que lhes permitiu que pudessem dizer nomes de jogadores com mais frequência. Isso resulta em frases incompletas, onde eles dizem que determinado lance aconteceu com determinado jogador, mas nem sempre o nome do jogador é dito, e a frase fica aberta. Quando acontece do nome ser citado, sai com um tom totalmente diferente, e acaba tirando a atenção do jogo.

Se não bastasse isso, as músicas do jogo estão repetitivas e sem graça. E Guantanamera em looping ninguém merece.

Será uma grande defesa ou um belíssimo frango?

No entanto, onde o jogo sempre mostrou problemas era na jogabilidade, que estava ficando passada e desacerebrada. Em PES 2014, posso dizer com certeza que temos a melhor jogabilidade da série desde os PES de PS2. Aqui realmente o game se aproxima do futebol real, com dribles realistas, passes que precisam de cuidado para serem realizados e ao mesmo tempo dão mais liberdade de execução, mais opções de movimentos e de criação de jogadas. Em determinados pontos do campo aparece um sinal pra que você ative alguma jogada rápida, apertando L2/LT duas vezes, o que na maioria das vezes lhe dá mais opções de ataque.

Outro ponto que deve ser destacado é o elemento Heart. De todas as novidades, esta é a que mais aparece no game. Aqui o jogador fica mais confiante conforme o time vai vencendo ou o jogador vai acertando nas partidas. Além das setinhas que podem aparecer para baixo ou para cima, influenciando no desempenho do jogador, a forma como ele se sente em relação ao Heart fará ele jogar mais ou menos, acertar mais facilmente um passe ou um drible. É algo que ainda precisa ser melhor implementado, mas que com certeza a Konami vai saber usar para a próxima geração.

Após marcar um gol, o emocional do jogador melhora, e ele passa a ter mais confiança.

Alguns dizem que o jogo ficou parecido com FIFA, o que não concordo. PES está tentando chegar próximo do futebol real, e mantém mesmo com tantas exigências, o feeling de se estar jogando um game da série, o que pra mim é o mais importante, pois PES sempre se destacou na jogabilidade e na diversão que ela proporciona, seja quando o game está mais Arcade ou mais simulador. E PES 2014 cumpre o papel de ser um simulador, com uma cara de vídeo game, com a diversão que deve ter.

Todos os modos de jogo que conhecemos estão lá, como a Master League, Rumo ao estrelato, campeonatos e Ligas, além da Champions League. Muitos outros a Konami pretende adicionar com o tempo, como é o caso da Copa Sulamericana.

São várias as novidades de PES para este ano, mas imagino que o objetivo da Konami está sendo alcançado, que é conquistar a confiança de seu consumidor novamente. De início o game assusta, mas quando você aprende a defender e atacar, tocando direitinho, o jogo se transforma e a experiência melhora gradativamente. Os problemas que ainda acompanham a série são fatores que podem fazer o jogador parar de jogar, mas ao menos a frequência com que eles acontecem me motivam a jogar mais e mais, buscar o aperfeiçoamento da nova jogabilidade. Portanto, mesmo que você vista a camisa da série FIFA, dê uma chance para PES 2014, pois o game merece sua atenção e a Konami está se esforçando pra agradar a todos. PES 2014 foi um belo passo pra reconquista da coroa que a série perdeu a muito tempo, e a evolução que a demonstra empolga. Além disso a nova versão adiciona elementos à um gênero que todo ano recebe atualizações, e este pode ser o grande problema, já que se a Konami tivesse mais um ano para implementar este jogo, não tenho dúvidas que o resultado seria ainda mais legal, pra não dizer impressionante, marcante. Portanto, o Rei está de volta, mas a coroa ainda não. Quem sabe ano que vem não é?

Enquanto isso, vou ali tentar vencer mais uma e deixar meus jogadores confiantes para a continuidade da Master League!

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Ariel Souza

Já inventaram o PS4, o Xbox One, portáteis com jogos de console e até celular com capacidade de PC. E ainda tem gente me enviando solicitação de jogos no Facebook.

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