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Análise | Wolfenstein: Youngblood aposta em uma nova fórmula, mas poderia ser melhor

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Wolfenstein: Youngblood oferece um novo formato para a franquia, mas carece de cuidados

Este ano a franquia Wolfenstein retornou em um novo título. O novo game não somente abordou uma proposta inédita, como também trouxe aos holofotes as filhas de B.J. Blazkowicz como protagonistas da nova trama.

A premissa pareceu interessante, e a Arkane Studios – em conjunto com a Machine Games – se mostraram inclinadas à mudar aquilo que conhecemos sobre a saga.

Mas será que Wolfenstein: Youngblood cumpre as expectativas com base nos jogos anteriores?

É isso que estará em pauta nessa análise, que cobre tanto as falhas quanto acertos do game.

Uma nova história, e uma dinâmica atraente

A proposta de Youngblood se passa anos após New Colossus. Desta vez, ao invés de encarnar o conhecido protagonista B.J. Blazkowicz, os jogadores tomam controle de uma das filhas do mesmo – podendo até escolher qual será utilizada durante a jogatina.

Jessica e Sophia seguem uma jornada em busca de seu pai desaparecido durante os anos 80. Neste período, Blazkowicz está desaparecido sob circunstâncias misteriosas, e cabe às gêmeas encontrar seu pai e trazê-lo para casa.

Tal como característico da franquia, a trama é recheada de momentos insanos, palavrões e personagens que se tornam até mesmo icônicos. Com relação a dinâmica entre ambas as irmãs, tudo flui muito bem, e dificilmente sentimos a falta de B.J. durante a campanha (tirando o fato dele ser nosso objetivo desde o início).

A Arkane conseguiu desenvolver uma relação que não parece forçada, e serve para guiar o ritmo da jornada. Além disso, a interação entre ambas costuma ser muito boa, e a sensação de união permanece no game do começo ao fim.

Em adição, a nova campanha também conta com algumas reviravoltas interessantes, e que fazem jus ao formato narrativo abordado no título anterior. Sendo assim, o quesito principal de Youngblood parece estar em dia com a essência da saga.

Upgrades, adições e melhorias que combinaram com a nova proposta

É interessante notar que a premissa de Youngblood difere de outros jogos da franquia. E isso porque, diferente do que vimos anteriormente, o novo game promove a jogatina cooperativa – embora também permita que a campanha seja desbravada em modo solo. Neste caso, a Arkane optou por dar a oportunidade do jogador e mais um amigo desfrutarem da trama. Inclusive, através da melhor edição do game, é possível até mesmo convidar seu parceiro sem que ele tenha o game efetivamente.

Por outro lado, temos também algumas adições interessantes em função do gameplay. Desta vez, os jogadores precisam balancear tanto habilidades quanto upgrades das armas, mas com afinco maior se comparado a outros jogos da franquia.

Anteriormente, tais recursos eram considerados descartáveis, e até mesmo foram utilizados de maneira descompromissada. Agora, por conta da diferença de níveis e da adição de um sistema baseado em RPG’s, os upgrades se fazem mais do que necessários.

Certamente essa fórmula deixou o game mais interessante. Tendo em vista a simplicidade dos jogos anteriores – em função de apenas eliminar inimigos – sem dúvida a franquia carecia de alguma mudança significativa como essa. E apesar das diversas reclamações, o sistema funciona da maneira devida, e serve como um grande adendo para os jogadores.

Visualmente agradável, e um deleite para os ouvidos

Wolfenstein nunca foi um jogo “feio“, e em Youngblood, a Arkane levou ao máximo sua ousadia em termos de cenários.

Os locais que visitamos durante a campanha são de tirar o fôlego, e por vários momentos me vi obrigado à apenas encarar a paisagem. Mas evidentemente, isso não é um problema, e sim um mérito do game. A arquitetura da cidade e até mesmo os detalhes em locais fechados são fatores que não passam despercebidos.

Com relação a trilha sonora, Youngblood também propõe uma sonoridade agradável, e que combina com os momentos tanto calmos quanto frenéticos.

Sendo assim, a união entre o visual e o auditivo foi levada a sério pelos produtores, e o resultado impressiona.

Mas não há como ignorar tantos problemas…

Infelizmente chegamos ao momento onde é necessário ressaltar as falhas do game – e infelizmente, são muitas.

Embora a proposta de Youngblood envolva boas doses de exploração, isso acaba se tornando monótono com o tempo. Além da grande falta de cenários variados, os inimigos também se mantém os mesmos, e com o tempo, o jogo se torna previsível.

Outro detalhe importante é o fato de ambas as protagonistas carecerem de recursos específicos e próprios. Por exemplo, não há distinção entre as habilidades de cada, e simplesmente não faz diferença se você decide escolher uma ou outra.

Além disso, os objetivos do game também se mostram monótonos e repetitivos demais. Por conta disso, em vários momentos você precisa simplesmente voltar em um lugar, pegar algo e sair. Conforme o tempo passa, esse estilo de jogo acaba se mostrando “vazio”, e o brilho do game se perde aos poucos.

Levando em conta a alta dose de repetição – em termos de inimigos, cenários e missões – os jogadores podem se cansar facilmente.

Veredito

Wolfenstein: Youngblood não desaponta, mas poderia ser muito melhor. O game traz uma nova proposta interessante para a franquia, mas parece que a Arkane poderia ter inovado ainda mais. Em adição, a jogatina cooperativa atrai novos jogadores, mas falha em manter o interesse geral.

A trama, os gráficos e os sons não decepcionam, e na verdade fazem parte do lado positivo do título. Contudo, é mais do que visível que Youngblood poderia ter se saído melhor.

Em conclusão, o game introduz uma fórmula ousada, mas que certamente precisa de melhorias. E acima de tudo, carece de mais variedade tanto dentro quanto fora dos menus.

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Guru

Guru é o cara que sente saudades de God Hand, Dino Crisis, Onimusha e Viewtiful Joe, que não dispensa um bom musou, RPG ou Beat Em' Up, e ao mesmo tempo não tem paciência pra diálogo sem fim. Também faz parte da Ordem dos Assassinos durante o tempo livre.

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