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Crítica | Anjos da Noite: Guerras de Sangue – Problemas pra todo lado

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Quem acompanha as nossas críticas de games, cinemas e TV, sabe quem nós não medimos esforços para mostrar para vocês quando algo merece a sua atenção, mas também devemos ter o mesmo tratamento para alguma obra que NÃO merece a sua atenção. No entanto, Anjos da Noite é uma franquia que se tornou do tipo ame ou odeie, caso você tenha passado pelo primeiro filme e tenha gostado, é provável que tenha acompanhado todos os filmes até aqui só pra ver onde a história estava indo. Então, é certo que teremos que tratar dessa crítica como se ela fosse para dois públicos, àqueles que gostam e quem não gosta da franquia, mas assiste.

O primeiro Underworld, traduzido para o Brasil como Anjos da Noite, foi lançado em 2003 como um filme de baixo orçamento, que teve em sua produção pessoas inteligentes o suficiente para fazerem um bom uso do dinheiro investido no projeto, que arrecadou quase quatro vezes mais do que custou para ser produzido, um verdadeiro sucesso. O filme trazia uma temática diferente da batalha entre os Vampiros e Lobisomens, chamados aqui de Lycans, e no meio deles tínhamos também os humanos, que são peça totalmente secundária na franquia. O filme era realmente bom, mas após o primeiro longa com sua sequência, Anjos da Noite: A Evolução, de 2006, as coisas começaram a cair abruptamente em termos de qualidade, apesar de flertar com tudo que foi produzido no primeiro filme, o que manteve boa parte da audiência ainda ligada na sua história.

Então, em 2009, tivemos Anjos da Noite: A Rebelião, que deixou de lado a belíssima Kate Beckinsale, que não quis fazer mais filmes da franquia, e contou uma história que se passava antes dos dois primeiros. O longa repetiu o sucesso de bilheteria e arrecadação da série, com boa qualidade de produção e obviamente que abriu portas para mais continuações. Em 2012, Anjos da Noite: O Despertar trouxe de volta Selene com Kate Beckinsale como protagonista do filme, com o dobro de investimento do longa anterior e uma arrecadação altíssima se comparado com os filmes anteriores. Então chegamos a 2016 e Anjos da Noite: Guerras de Sangue.

Continuando a tradição

Selene é a personagem mais importante do universo de Anjos da Noite, indiscutivelmente. Uma assassina perita, ela se voltou contra seus irmãos de sangue após diversos acontecimentos na saga até aqui, mas principalmente após perder contato com sua filha e matar grande parte dos personagens poderosos, tanto do lado dos Vampiros quanto dos Lycans. Ela agora não está sozinha e precisa encontrar sua filha, uma híbrida de Vampiro com Lycan, antes que os Lycans a encontrem. Para isto ela tem a ajuda de David (Theo James), Vampiro que teve sua vida salva pela própria Selene no filme anterior.

É complicado falar da qualidade de Anjos da Noite: Guerras de Sangue, sem te desmotivar a ver a filme, já que se você gostou, principalmente do quarto longa, também há grandes chances de você gostar do quinto. No entanto, O Despertar foi classificado como o pior filme da saga até aqui, e talvez Guerras de Sangue possa facilmente tomar o seu título. Então, mais uma vez, estamos diante de um filme que é ame ou odeie.

Qualidade de produção indecisa

Há momentos que o visual de Anjos da Noite; Guerras de Sangue surpreende, talvez porque a própria Kate Beckinsale esteja tão linda quanto esteve nos filmes anteriores em sua roupa de couro, um delírio só. Os locais são interessantes, apesar de poucos, mas o verdadeiro pecado do novo Anjos da Noite está na forma séria que ele tenta ser tratado, ao mesmo tempo que cria uma ambientação que não convence. Frases de efeitos são jogadas ao vento, situações forçadas são criadas à toa, e muitos pulos acontecem frequentemente como se você tivesse assistindo à uma novela da Record, como os Mutantes.

Sério, a produção do novo Anjos da Noite não quis esconder que usa os famosos cabos pra realizar os saltos incríveis dos personagens, resultando em cenas que beiram ao patético, de tão mal feitas que são. E olha que eles pulam a todo momento e o efeito é simplesmente o mesmo.

Atuações duvidosas

Uma das poucas partes boas do filme é seu início, com a participação de Charles Dance interpretando Thomas, pai de David. O ator é muito conhecido por seu papel como o pai dos Lannisters na série Game of Thrones e manda bem junto com Lara Pulver (interpretando Semira). Porém, quando as coisas começam a ficar mais agitadas, apesar de um bom começo na história e uma reviravolta interessante, as coisas não se mantem boas e o filme entra numa quantidade enorme de clichês e cenas sem importâncias e mal interpretadas. Selene é uma personagem diferente dos demais filmes, ela está sofrendo, e Kate talvez seja a única atriz e personagem que continua interessante.

Os demais, como David e Marius – o grande vilão do novo filme -, são forçados demais e ouso a dizer que David seja um personagem muito parecido com Quatro, da série Divergente. O cara ainda não convenceu (ao menos não a mim) fazendo personagens parecidos e sem profundidade. Ele luta bem, às vezes tem um certo destaque, mas parece faltar muita coisa ainda pra ele. Simplesmente não convence. Ao menos o filme tem boas cenas violentas em que David faz parte, dando um ar mais brucutu pro personagem, mas são tão raras e rápidas que podem ser esquecidas rapidamente.

Um Desperdício

Anjos da Noite tinha tudo pra se tornar uma ótima franquia no cinema, o que de certa forma aconteceu pela regularidade que a série demonstrou e como consegue chamar público, porém a qualidade acabou caindo demais, mesmo faturando alto a produção é tratada sempre como um filme de baixo orçamento, resultando em cenas que não convencem e vemos muitas destas cenas em Guerras de Sangue. A batalha dos Vampiros, Lycans e das próprias raças internamente deveria ser explorada de uma forma mais inteligente, e agora o que temos pela frente é totalmente incerto. É fato que Guerras de Sangue tem tudo pra gerar novos lucros e manter a franquia de pé, mas também fica muito evidente que é necessário um arco mais sério e coeso para que as continuações sejam legais, como o começo da franquia no cinema.

A filha de Selene parece que vai ter um papel muito importante daqui pra frente, o que pode gerar ou uma espécie de transição entre as personagens principal e sua filha, ou um arco em que Selene terá que correr para salvar a garota das mãos dos Lycans. Mas se as coisas se mantiverem nessa mesma qualidade de Guerras de Sangue, será difícil levar Anjos da Noite a sério. A franquia simplesmente entrou num declínio preocupante e não parece ter previsão de acabar. Acho até que o melhor seria um reboot total depois de alguns anos, com uma atriz que possa fazer frente a Kate Beckinsale. Porém, as chances disso acontecer são totalmente baixas.


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Ariel Souza

Já inventaram o PS4, o Xbox One, portáteis com jogos de console e até celular com capacidade de PC. E ainda tem gente me enviando solicitação de jogos no Facebook.

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