Crítica – Moana: Um Mar de Aventuras enaltece a magia da Disney

A Disney, uma das principais empresas do cinema, consegue emplacar mais uma “princesa” em seu rico plantel de personagens incríveis e que influenciam o imaginário de muitas pessoas, principalmente os pimpantes.

Disney, máquina de fazer bons personagens

Estamos acostumados com uma grande quantidade de ótimos personagens produzidos pela empresa e dessa vez não foi diferente. Moana, uma espécie de princesa – pois na narrativa ela é a filha do chefe de uma tribo – traz todos os traços de uma boa personagem heroína. Corajosa, destemida, articulada, teimosa e, uma das maiores características, influenciadora do bem. Obviamente a garota tem um contra-peso – e que peso – Maui, um semi deus capaz de se transformar em qualquer criatura através do seu anzol mágico fornecido pelos deuses. Maui funciona como anti-herói, o qual a história necessita firmemente, porém ele precisa ser convencido e conquistado pela garota.

O alívio cômico, que não deixa de ser interessante, mas não muito forte para a narrativa, é o galo Heihei que comete inúmeras peripécias. O visual do personagem é bem goofy (bobão) e a sua participação se resume em atrapalhar mais do que realmente ajudar.

Uma trilha sonora encantadora e um visual absurdo

Uma das principais características dos filmes da Disney é a música/trilha sonora que sempre traz letras peculiares e canções que grudam na nossa mente – de maneira positiva. A trilha incidental é simplesmente maravilhosa, porém as canções cativam de uma maneira que só essa empresa criadora de sonhos consegue fazer. Músicas cantadas pelos próprios atores/dubladores mostram o tamanho carinho e qualidade que os filmes são produzidos, nos envolvendo e emocionando a cada estrofe.

A beleza das canções consegue mesclar com um visual estupendo e em certos momentos, parece um quadro em movimento banhado com uma melodia hipnotizante.

Em certos momentos, quando a câmera foca na paisagem, você fica – sem brincadeira – de queixo caído. É uma qualidade tão inacreditável que faz tudo aquilo que está na sua frente parecer real.

Uma história Mágica

A narrativa está dentro de uma fórmula mágica que a Disney não cansa de aproveitar e que parece não ter fim. O filme é bem divertido, colorido e cheio de personagens legais e momentos divertidos, porém sempre com aquela mensagem importante e necessária por trás das aventuras e das atitudes dos personagens.

Moana é uma garota que sonha navegar pelos mares da Oceania, porém seu pai, o chefe da tribo, proíbe a garota de trilhar esse caminho perigoso. Para fins de salvar a sua tribo e de se tornar uma heroína completa com a grande veia aventureira, a garota desobedece seu pai e parte em busca de colocar o coração da vida para que a deusa Te Fiti consiga trazer nova vida para a sua tribo.

Por trás de toda essas alegorias, temos uma história de determinação, da busca da verdade e da vida e, principalmente, uma mensagem extremamente importante sobre a degradação do planeta em que vivemos. O meio ambiente vem sendo um assunto muito retratado em estudos e campanhas, mas a Disney fez um trabalho exemplar em mostrar de maneira metafórica o que estamos fazendo com o lugar em que vivemos e que a única solução é a mudança interna de cada indivíduo, que precisa tratar com mais respeito o seu lar.

Dublagem não falha, mas não fascina

Com os aspectos técnicos perfeitos, apenas a dublagem não está na mesma altura que os outros elementos. Não entendam mal, o trabalho das vozes brasileiras não é ruim- longe disso -, mas não está tão incrível quanto todos os outros quesitos. Algumas cenas poderiam ter mais emoção, mais força emergencial, mais contundência, mas de maneira nenhuma isso consegue tirar o brilho desse filme.

Concluindo a Disney consegue concluir mais um grande trabalho e trazer personagens muito bem construídos e cheios de profundidade, uma história concisa com uma mensagem linda e importante, um visual de cair o queixo e, tudo isso, sem deixar de lado a boa e velha diversão e canções de primeira qualidade. Recomendamos fortemente.