Crítica: Procurando Dory – O bom filho a casa torna

A Disney Pixar traz novamente a magia dos sete mares e os personagens carismáticos que tanto nos cativaram em Procurando Nemo

Em Procurando Nemo a história se passava com um peixe filhote que fora raptado por um mergulhador e, seu pai, sai em busca de seu paradeiro com a ajuda de uma “peixinha”, Dory, que tem perda de memória recente. Essa “doença” da Dory gera boas risadas e a caracteriza como uma personagem divertidíssima e cheia de mistérios, pois se ela tem perda de memória, de onde ela veio? O que ela sabe? Como ela foi parar ali? Essas são as perguntas que motivam a existência desse novo longa.

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Procurando Dory segue quase a mesma receita de seu predecessor, porém dessa vez, contando a história da “peixinha” que, antes ajudara a procurar o Nemo. Nessa aventura, Dory quer saber de sua origem e encontrar a sua família, que há muito estava perdida – já dá pra imaginar que não será uma tarefa fácil, porque se já não bastasse o oceano ser absurdamente vasto a peixinha não consegue lembrar muito bem do que ocorreu a 10 segundos atrás.

A história se move de maneira muito interessante, trabalhando a personagem muito bem, sem fugir de suas características apontadas no primeiro filme do Universo. Podemos vê-la da mesma maneira, feliz, confusa, determinada e divertida, um exemplo para aqueles que devem correr atrás de seus objetivos, não importando os obstáculos e limitações.

Muitos personagens estão de volta para acompanhar essa empreitada. Nemo, Marlin, Esguicho e outros amigos, irão ajudar Dory a completar seu principal objetivo, sempre continuando a nadar.

Procurando Neeemo, Onde é que ele estáaa (Em Baleiês)

Em um episódio determinado, quando Dory ajudara Marlin a procurar seu filho, encontraram uma baleia que os auxiliou com informações graças a sabedoria linguística da peixinha, que falava baleiês (O idioma das baleias). Mas como ela aprendeu a falar um “outro idioma” se ela tem perda de memória? Essa é uma das respostas que encontramos ao longo do filme, pois Dory, vira e mexe, tem uns flashes de lucidez, mostrando e indicando coisas e lugares onde já esteve.

Uma coisa que a Pixar sabe fazer é trabalhar personagens coadjuvantes, pois para cada novo peixe, baleia ou molusco que é apresentado, dá vontade de saber mais sobre ele. Nessa sua nova jornada, Dory conhece Hank, um polvo extremamente articulado, que tem habilidades únicas como camuflagem, locomoção a lá ninja, e muita experiência de vida com os humanos. Hank por muitas vezes é o ponto crucial para que a peixinha chegue ao seu objetivo, do mesmo jeito que ela fez com Marlin.

Destaque positivo para a dublagem de Hank, feita por Antônio Tabet (Kibe e um dos criadores da Porta dos Fundos), que deu vida ao personagem de uma maneira muito engraçada e divertida. Isso só abrilhanta o trabalho de dublagem do filme, que é impecável para todos os personagens.

Os peixes também amam

Esse filme nos conecta novamente com aquele oceano mágico e cheio de personagens carismáticos, porém ele traz, de uma maneira tão emblemática quanto no primeiro, críticas ao meio ambiente, a falta de respeito que os seres humanos tem com a fauna e a flora marinha.

As baleias e outros animais de grande porte encarcerados também sofrem com essa estúpida mania de vender a imagem deles para o mundo e o filme traz também essa temática, de maneira suave, mas não deixa de mostrar.

Concluindo, procurando Dory faz jus ao Universo criado em procurando Nemo, mesmo repetindo a fórmula. É um filme super divertido, onde vemos a peixinha mais querida da atualidade, desbravando o mundo marinho e humano para vencer suas limitações e conquistar seus objetivos. Um filme que toda a criança irá gostar, sem dúvida alguma, mas que os adultos curtirão tanto quanto, com boas risadas e muita diversão.

O filme estará em cartaz a partir do dia 30 de Junho nos cinemas mais próximos.

Confira o trailer logo abaixo