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Crítica | Rei Arthur: A Lenda da Espada transforma clássico em filme de super herói

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Comecei a ver o filme Rei Arthur: A Lenda da Espada embasbacado, pois parecia que eu já estava vendo o final do longa. Ocorriam tantas coisas épicas, com monstros colossais e lutas ao melhor estilo Senhor dos Anéis que parecia que seria um filme de 10 minutos e pronto, bora pra casa. No entanto, a contextualização das coisas no começo do filme era necessária e aquela batalha, importante para a narrativa, precisava ocorrer. Então, depois de uma espécie de trailer agitado antes do filme, começamos realmente em um ritmo mais normal que foi capaz de me cativar logo no começo, por mais bagunçado que o filme parecesse ser.

Bagunça desordenada com resultado positivo

Rei Arthur já foi tema de diversos filmes épicos, sérios, que tentam mostrar como a lenda do guerreiro que um dia fundou a Távola Redonda aconteceu. Já vimos por diversas vezes a mesma história ocorrendo em diversos tipos de formato, mas agora com Guy Ritchie na direção a sensação é que a ideia é modernizar o conto, mesmo que para isso seja necessário passar por cima de detalhes que pode deixar muitos fãs da história original decepcionados.

Não que o filme seja ruim, apesar que isso vai depender da sua boa vontade em querer aceitar a quantidade enorme de loucuras que verá no longa, mas as mudanças são nítidas e a meu ver, necessárias para que um novo rumo seja dado para começar uma franquia no cinema com este universo. Temos aqui uma história de origem, mas que ao mesmo tempo não quer esperar para chegar ao terceiro filme para contar novos fatos. Arthur é demonstrado desde criança, adolescente, até chegar na fase adulta onde Charlie Hunnam desempenha um papel excelente dentro da nova ideia do personagem.

A história do crescimento de Arthur é contada de uma maneira acelerada e muito própria, que acaba virando a “cara” do filme após alguns minutos, mesclando muitos efeitos especiais, uma edição de vídeo primorosa e uma boa – e bem vinda – dose de humor. No entanto, é nítido que o ritmo é tão rápido, tão maluco, que muita gente pode não acabar entendendo a ideia central da direção e produção do longa e acabar classificando como algo ruim. Na minha forma de ver, foi um sistema de narrativa benéfico que poderia ter sido utilizado um pouco menos durante o filme a favor da própria história do filme.

Arthur – o novo super herói da Marvel?

Embora queira ser épico ao estilo Senhor dos Anéis, em um gênero de filme que faz falta hoje em dia, é extremamente fácil perceber que Rei Arthur: A Lenda da Espada tenta pegar carona no bonde dos filmes de super heróis que a Marvel vem fazendo com muito sucesso nos últimos anos. A espada Excalibur não somente é poderosa, como nitidamente fornece poderes ao seu usuário.

Os efeitos especiais ao redor deste fato são ótimos, exagerados ao ponto de você entender que realmente está diante de um semi deus, uma entidade maior que os humanos e que é capaz de fazer maravilhas. Novamente, isso foge muito daquilo que conhecemos sobre a história original, onde a técnica de luta de Arthur + o fato dele ter sido escolhido para carregar a famigerada espada é que acabam o tornando tão especial naquele universo. Mais uma vez vai depender de como você aceita este fato durante a história do filme para que possa definir se é bom ou não. Eu achei irado!

E vamos ainda além!

A ideia não é te contar nada importante sobre a história ou execução do filme, mas lhe mostrar que você pode ser surpreendido pelo bem ou pelo mal. Então para exemplificar um pouco mais, devemos ter em mente que Rei Arthur: A Lenda da Espada possui um bom elenco em suas mãos e principalmente devemos dar destaque a Jude Law. O ator consegue criar um bom vilão, porém vejo que a narrativa e o roteiro não contribuem para que ele mostre realmente todo o seu potencial, deixando-o como um cara ranzinza que nunca sorri. Suas atitudes são cruéis e isso pode agradar quem ver ao filme, mas no geral é um personagem bem raso.

Toda a mitologia que envolve este universo continua lá, com Merlin, magos, Modred e muito mais. Vejo que tudo é uma releitura dos clássicos que um dia se apoderaram deste tema, que não foi totalmente feliz em sua adaptação, mas que consegue entreter de uma forma convincente mesmo que você acabe saindo do cinema com o sentimento de que não era aquilo que queria ver. Mas o que seria desta bela forma de arte, senão uma maneira de nos surpreender?


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Ariel Souza

Já inventaram o PS4, o Xbox One, portáteis com jogos de console e até celular com capacidade de PC. E ainda tem gente me enviando solicitação de jogos no Facebook.

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