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Crítica | The Cloverfield Paradox é um filme que ninguém esperava

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Um filme que veio de surpresa, mas será que vale a pena?

The Cloverfield Paradox foi anunciado durante o Super Bowl deste domingo (4) e algumas horas depois estava disponível no Netflix. O filme busca dar algumas respostas quanto aos eventos ocorridos nos dois outros capítulos da série. Com essa promessa, se inicia a jornada da equipe da estação Cloverfield. Lembrando que o texto não contém spoilers do filme, então não se preocupe. Se quiser conferir antes de ler, ele já está disponível pelo Netflix.

O que é o Paradoxo?

O filme tenta ser um terror de ficção científica onde mostra uma equipe de cientistas presa em uma estação espacial. Nossos personagens fazem parte de uma missão internacional para salvar o mundo. A Terra passa por uma grave crise energética com diversas ameaças de guerra pelo globo. Diversos cientistas de vários países do mundo participam do projeto Cloverfield, onde precisam fazer funcionar um acelerador de partículas que pode gerar energia infinita e gratuita para o mundo.

Após diversas falhas em tentar ativar a máquina, eles eventualmente tem sucesso, mas isso vem à um preço. A partir daí, o filme, infelizmente começa a se render aos diversos clichês do gênero. O primeiro terço da história estabelece bem motivações e possíveis consequências, de uma maneira até criativa. O filme então se divide, mostrando a equipe da estação e a situação na Terra a partir de um parente de uma das pessoas no espaço. Após isso as falhas começam a ficar aparentes.

Uma estação espacial de clichês

O elenco possui diversos atores com talento, como Daniel Brühl (de The Alienist e Capitão América: Guerra Civil), Gugu Mbatha-Raw (Black Mirror e A Bela e a Fera) e David Oyelowo (de Selma). Apesar do talento, os personagens são desprovidos de personalidade. Apenas dois dos tripulantes são interessantes de acompanhar, mas todos os outros são clichês descartáveis. Cada um representa um cientista de cada país participantes da missão, como China, Brasil, EUA, Inglaterra e Alemanha. Porém se todos os tripulantes fossem substituídos por bonecos infláveis carregando as bandeiras de seus países e uma lista de clichês de cada lugar do mundo, não seria sentida nenhuma diferença.

Em filmes com lugares fechados precisam de personagens cativantes. Sem isso, não tem como um espectador se importar com o que está na tela. Essa conexão com o público em filmes de terror é necessária, pois aumenta a tensão dos momentos. Tirando uma personagem com quem o público tem tempo para se acostumar e conhecer, todos os outros são vazios.

Terror é visto, mas não é sentido

A parte do terror visual do filme é interessante. Apesar de um efeito especial estranho aqui ou ali, o setor visual é bem apresentado. Mas os personagens reagem muito mal à esses momentos. Muitas vezes o clima é completamente quebrado por uma frase de efeito ou um tom de humor fora de hora. Essa quebra de atmosfera é aceitável em alguns casos, mas muito mal utilizada por aqui.

Outro fator determinante é que a tripulação reage a acontecimentos estranhos com uma naturalidade sem igual. Até há momentos de estranheza, do tipo “o que é que está ocorrendo”. Mas no geral, é como se todos eles já estivessem preparados para o desconhecido.

Uma situação criativa, apesar de tudo

As falhas são gritantes, mas isso não quer dizer que não haja nada bom no filme. Como ele emenda nas histórias dos outros dois Cloverfields é bem interessante. As teorias de “Física Quântica de ficção científica” apresentam bons argumentos do “por quê” as coisas acontecem.

Isso torna a premissa do filme interessante, o suficiente para te segurar até o final, que infelizmente é previsível. Os motivos da viagem espacial e suas consequências apresentam muitas possibilidades que poderiam ser exploradas. Mas o roteiro do filme não soube utilizar esses elementos diferentes de forma coerente.

“O terceiro é sempre o mais fraco”

Infelizmente, The Cloverfield Paradox se mostra um capítulo fraco em comparação os outros dois filmes da franquia. Mesmo com as falhas de Rua Cloverfield 10 ( você pode conferir nossa crítica aqui), o filme apresenta uma certa consistência mantendo-se focado. O novo filme tenta explorar diversos gêneros e acaba parecendo desfocado às vezes.

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Felipe Theophilo

Aparenta ser um jornalista comum, mas foi picado por um livro de RPG quando criança e desde então nunca mais foi o mesmo. Procura passar o tempo livre torturando seus jogadores na mesa ou explorando algum jogo na biblioteca.

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