Funcionários anônimos da Techland dizem que o CEO, Marchewka, é o problema da empresa
Dying Light 2 tem sido um jogo muito esperado desde que foi anunciado em 2018. A produção, no entanto, tem seguido um caminho conturbado. O jogo sofreu atrasos significativos, fazendo com que a data de lançamento original de 2020 acabasse adiada indefinidamente. Techland, o estúdio independente polonês por trás do jogo, conta com duas localidades e aproximadamente 400 funcionários. A página de contratação de funcionários revela que a empresa possui um “ambiente de trabalho divertido”, com forte potencial de “crescimento e uma atmosfera criativa”. Contudo, novas alegações relatam que isso pode não ser verdade.
Parece que o desenvolvimento de Dying Light 2 não está indo bem como esperado. Em um novo relatório do portal The Gamer, fontes observaram o quão mal a Techland é liderada e explicaram uma das razões pelas quais Dying Light 2 está demorando tanto para ser lançado. As fontes apontaram os dedos principalmente para o CEO da empresa, Pawel Marchewka, que é intolerante a quase todas às críticas e ideias de seus funcionários, e tem dificuldade em criar qualquer tipo de visão concreta para o estúdio.
O conflito surgiu pelo fato de Markevka considerar necessário, como o “olho de Sauron”, acompanhar todos os aspectos do desenvolvimento (enredo, componente artístico, publicidade). Assim, quando especialistas de empresas conhecidas acabam trazidos para implementar um novo conceito para o projeto, Marchewka eventualmente os demite por ir contra sua visão. A exceção é a programação, na qual o gerente não entende nada.
Veja abaixo o comentário de um dos funcionários:
“É 100% verdade que não há nada escrito em Techland. A história de Dying Light 2 foi reescrita umas seis vezes. Poderia ter funcionado em Dying Light porque o projeto era menor, mas torna a produção de Dying Light 2 – um projeto muito maior – simplesmente impossível de avançar.”
Mais de 20 de 400 pessoas deixaram o estúdio nos últimos meses, incluindo pessoas-chave como o escritor de Dying Light 2, Pawel Selinger. Fontes observaram que a equipe de roteiristas do jogo se tornaram alvo de críticas várias vezes, com novas pessoas indo e vindo. Como resultado das constantes mudanças, mesmo aqueles que trabalharam no título por vários anos nesta fase não entendem como será o jogo final e qual será seu enredo. Além disso, os funcionários da Techland acabram forçados a suportar restrições orçamentárias rígidas e prazos irrealistas definidos pela administração.
Infelizmente, no entanto, parece que nada ajuda os funcionários neste momento. Se alguém tiver algum problema com o local de trabalho ou com o CEO, eles podem ir ao gerente de RH da empresa, a esposa de Marchewka – o que não deve adiantar muito.
Já faz tempo que os funcionários sofrem deste problema
Esta não é a primeira vez que a Techland enfrenta controvérsias sobre seu ambiente de trabalho. Em 2020, o roteirista de Dying Light 2, Chris Avellone, deixou a empresa por alegações de agressão sexual. Relatos dizem que Avellone usou eventos da empresa e dinheiro para colocar mulheres em uma posição onde ele poderia forçar-se sobre elas. Essas alegações, juntamente com o novo relatório de um ambiente de trabalho tóxico, certamente afetarão o número de fãs que querem jogar Dying Light 2.
No momento, ainda não há data de lançamento para Dying Light 2, mas novos detalhes devem chegar em 2021. Parece que pode ser mais cedo ou mais tarde, já que um vazamento recente mostrou a edição do colecionador do jogo, o que significa que há novos materiais de marketing prontos para serem divulgados. Se tudo der certo, talvez o jogo possa acabar lançado este ano. Dado o estado em que o Cyberpunk 2077 foi lançado, também é inteiramente possível que a Techland tome novas medidas para evitar um erro semelhante.
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Fonte: Eurogamer
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