Após afirmar que os NFTs seriam o futuro dos jogos, CEO da EA recua e diz que a empresa não está focada na tecnologia
Nos últimos meses, nada tem sido mais discutido na indústria de jogos do que os NFTs. De um lado, temos empresas querendo explorar os tokens não-fungíveis em suas franquias de videogames, como a Square Enix e Ubisoft. Do outro, estão os consumidores, que veem nessa prática uma espécie de caça-níqueis – com um enorme potencial de tornar os jogos piores. Mas, enquanto o debate parece longe de terminar, algumas editoras já estão desistindo da novidade, e uma delas é a Electronic Arts (EA).
Durante uma reunião com acionistas realizada na última terça (1), a EA mostrou que mudou seu posicionamento sobre NFTs em relação a três meses atrás. Se antes o CEO Andrew Wilson afirmou que a tecnologia e o blockchain eram o futuro da indústria, agora ele afirmou que a companhia não está concentrando seus esforços nesse segmento.
O executivo comparou os NFTs a tecnologias como o 3D e a realidade virtual, destacando que elementos colecionáveis sempre foram uma parte importante dos negócios da EA. Ele afirma, ainda, que isso não deve mudar (como mostra o modo Ultimate Team de FIFA), mesmo que a natureza dos colecionáveis possa acabar alterada. Ela conclui, então, que a intenção da EA é oferecer o melhor aos consumidores, e que a empresa vai continuar avaliando oportunidades no futuro.
Em seguida, veja o comentário:
“A colecionabilidade é formada por quatro métricas: alta qualidade, escassez, autenticidade e um grupo de pessoas que valoriza o conteúdo. Acredito que isso é importante para a indústria e para as experiências que ofertamos. Se isso faz parte do NFT ou blockchains, veremos no futuro e, assim, avaliaremos depois, mas isso não é algo que estamos preocupados agora.”
Apesar de algumas empresas demonstrarem empolgação com os NFTs em tempos recentes, a resposta dos jogadores e dos desenvolvedores à tecnologia não tem mostrado o mesmo entusiasmo. Talvez a EA esteja apenas esperando a poeira baixar; e avaliando um terreno que já começou a ser explorado por estúdios como a Ubisoft e a Konami, tentando descobrir se o retorno financeiro valerá um risco tão grande.
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Fonte: VGC
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