

John Riccitiello é ex-presidente da Eletronic Arts e no momento é CEO da Unity. Sempre que dá alguma declaração é bastante contundente. Enquanto esteve na Gamesbeat Summit, ele falou sobre a atual geração de consoles e sobre a situação dos jogos nos momento, e segundo Riccitiello, a falta de inovação torna essa geração deprimente. Para ele, a única exceção é Titanfall.
“A história desta geração é uma das mais deprimentes dos últimos anos. Os consoles precisam desesperadamente de uma reinvenção. Jogamos literalmente os mesmos jogos desde 1997 com o advento do 3D. Muitas destas mecânicas são exatamente as mesmas. Existe alguma inovação, o pessoal de Titanfall fez um trabalho muito bom. Não acredito que as mecânicas de Bioshock Infinite foram assim tão inovadoras, mas era um mundo bonito. Eu queria viver lá. Mas não tinha inovação suficiente.”

Ainda segundo Riccitiello, as mesmas condições se aplicam ao mercado de mobile, que também tende a copiar mecânicas em detrimento da inovação, e isso não satisfaz os jogadores. A ideia de adicionar elementos de outros jogos faz a inovação ficar de lado e para ele isso não cabe mais na indústria.
No entanto, a visão dele é pensando tanto na evolução dos games quanto naquilo que satisfaz o jogador, mas se olharmos os custos de produção dos jogos hoje em dia há um risco enorme de tentar inovar e o tiro sair pela culatra, e querendo ou não os games são negócios. A inovação hoje em dia vem dos indies, que se analisarmos utilizam mecânicas mais antigas de uma forma mais bem explorada ou com ideias novas. Ou seja, isso independe em alguns casos da tecnologia aplicada.
São dois lados complexos, porém se Titanfall conseguiu mudar as mecânicas dos FPS, porque outros jogos não poderiam? Basta um projeto bem pensado, testado e com elementos que podem fazer os jogadores olharem para uma ideia que antes poderia ser estúpida de uma maneira totalmente diferente. A inovação traz a evolução e penso que é isso que Riccitiello quer dizer.