FFVII Remake: Criador da série RWBY chama Tifa de prostituta e cria polêmica pesada

Miles Luna chama Tifa de “prostituta” com base em sua roupa

Miles Luna, co-criador de RWBY e atual escritor chefe de animação da Rooster Teeth, twittou que Tifa Lockhart, de FFVII Remake, é uma “prostituta” graças a sua roupa “um pouco reveladora”.

Os fãs do jogo não perdoaram quando ele escreveu no twitter:

“FFVII é um jogo estranho. Às vezes lutam contra monstros. Às vezes procuram gatos com a sua amiga prostituta.”

Referenciando-se a uma missão secundária na qual Tifa e Cloud precisam procurar por animais desaparecidos de uma criança, a acusação ocorre “pelo fato da Square Enix ter tentado sexualizar elementos da aparência da personagem em seu novo design, inclusive aumentando ligeiramente o tamanho de seus seios e adicionando uma saia preta justa”, revelou Luna.

Esses tweets foram rapidamente recebidos com uma onda de protestos, que questionou a aparente hipocrisia de Luna, citando e comparando as aparências de personagens do RWBY como Yang Xiao Long e Blake Belladonna, que também costumam usar roupas mais justas, e que graças a sua interpretação sexista, as mesmas seriam chamadas como prostitutas com base em suas vestes. Assim, a fim de reverter a situação, Luna excluiu seus tweets e fez rapidamente um pedido de desculpas por meio do Twitter, afirmando:

“Refletindo, concordei que era uma piada de mau gosto. Eu sinto que todos os personagens do FF7 se vestem ridiculamente, mas ter Tifa escolhida definitivamente fez parecer que eu estava especificamente escolhendo ela. Desculpa”

A representação das mulheres nos videogames

Embora quase a metade da população de jogadores nos Estados Unidos seja do sexo feminino, ainda há muitos problemas de representatividade das mulheres na indústria de games e dentro dos jogos. Sabemos que a sexualização feminina é bastante forte no mundo dos games, com alguns trazendo consigo algumas representações polêmicas de seus personagens, carregando uma presença constante de ideologias machistas e sexistas, como no caso acima. Personagens como Jill Valentine, Lara Croft e Aloy foram importantíssimas para que a indústria dos games passasse a representar as mulheres com mais respeito; já que a sexualização e a fragilidade delas sempre foi um problema nos jogos. Aos poucos, vemos cada vez mais fórmulas para se fazer jogos mudarem. É um caminho longo, mas com a pressão dos mais diversos e ecléticos novos jogadores, nenhuma empresa quer deixar de fora qualquer que seja o nicho, público ou comunidade.

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Fonte: OtakuPT