A Arc System Works foi contratada pela Cygames para desenvolver um novo game de luta. Após o grande sucesso de Dragon Ball FighterZ, a empresa se tornou referência no que diz respeito a jogos de luta de animes. Embora a Bandai Namco tenha boa parte destas licenças em baixo de sua asa, a CyGames tem GranBlue Fantasy. Assim, para que nascesse um jogo de luta, surgiu GranBlue Fantasy Versus, game que tem um visual de Dragon Ball FighterZ e uma pitada de muitos outros jogos.
Para entender do que se trata esse jogo, temos que voltar para o passado. Em 2014 a CyGames lançou GranBlue Fantasy para os smartphones. O RPG tinha qualidade por si só, mas o grande chamativo era a presença de Nobuo Uematsu, conhecido por seu trabalho na franquia Final Fantasy, e que estava no time da CyGames.
Assim, o game fez um sucesso estrondoso, muito por conta de seus personagens, muito carismáticos. Então nasceu um anime, que popularizou ainda mais a marca. Agora em 2020 a CyGames expande seus planos e começa por GranBlue Fantasy Versus, e logo lançará também GranBlue Fantasy Project RE: Link, um RPG em parceria com a Platinum Games.
Infelizmente na tela de seleção teremos a primeira grande falha de GranBlue. O jogo possui apenas 11 personagens jogáveis e um chefe, que se juntará ao elenco na segunda temporada dos DLCs (sim, a segunda temporada já estava agendada antes do lançamento do game. Logo, muitos podem pensar que apenas 11 personagens não seja o suficiente. Contudo, a sensação que fica é que ao invés de trabalhar com quantidade, a CyGames e Ark System Works buscaram a qualidade. Os personagens são todos muito distintos, embora a mecânica central do gameplay seja similar entre eles.
Então, após bastante tempo com o game, sinto que temos sim poucos personagens. Mas no geral a experiência com cada um deles é tão diferente que não chega a ser um problema decisivo para a compra do jogo. Os personagens que mais gostei de jogar foram: Katalina, por seu dano alto. Gran, por ser um personagem mais fácil de se assimilar as mecânicas do game. Percival por ser um personagem rápido e gigante na tela, com seu poder de fogo. Lancelot tem a maior velocidade do game e uma grande opção para confundir o adversário no “footsie”. Enfim, quem gosta de aprender mecânicas diferentes com cada personagem, tem um prato cheio aqui.
Talvez o grande mérito de GranBlue seja sua jogabilidade, que mescla muita coisa que vimos a Ark System Works trabalhando no passado. Contudo, também pega emprestado conceitos e ritmo de outros games. Na busca de ser um jogo acessível, o game tem alguns combos simplificados, mas que não chegam a ser o famoso Rushcombo. Apenas serve para dar mais hits, o que muitas vezes não quer dizer que resulte em mais dano. Assim, vale mais tentar encontrar golpes fortes que se encaixem entre si para um dano maior.
O ritmo do jogo é intenso, ao mesmo tempo que exige um estudo bem grande do adversário. Dos jogos da Ark System Works, GranBlue Fantasy Versus lembra um pouco de Guilty Gear e BlazBlue em mecânica, enquanto que o visual é bem semelhante ao DB FighterZ.
Mas também temos esquivas muito parecidas com The King of Fighters e o ritmo de jogo de Street Fighter, com combos mais curtos, porém bem efetivos. Atingir o oponente após seu erro, punindo com um grande combo, será a sua maior preocupação. Pular é um risco enorme uma vez que o jogo tem muitas mecânicas de anti-aéreo. Enfim, o que mais chama a atenção é justamente essa preocupação do feeling que o jogador sente ao começar a sua carreira em Granblue Fantasy.
Para quem gosta de jogar online, o game tem uma boa comunicação com os servidores, com uma experiência satisfatória até o momento. Contudo, ao receber novos jogadores em seu lançamento, tudo pode mudar. A primeira semana será de suma importância para sabermos se os servidores do game de luta da CyGames vão aguentar o tranco. É possível jogar através de salas ou lobbys, que trazem fliperamas bem legais como ponto de encontro dos jogadores. Mas a grande graça está no modo online onde os jogadores recebem patentes relacionadas ao seu desempenho.
Já offline temos o velho modo Arcade (sem finais), modo versus jogador ou máquina, treinamento, táticas (um treino mais avançado) e por fim o modo história, que transforma GranBlue Fantasy Versus em um jogo de RPG. Mas ainda que a mecânica e gameplay do modo história sejam excelentes, como um jogo de ação lateral usando os poderes e jogabilidade do jogo de luta, a história deixa um pouco a desejar. Só vai ficar boa mesmo depois de umas boas horas de jogatina e talvez não agrade todo mundo.
Mas é importante saberem que o modo RPG tem um viciante sistema de armas que permite evoluir cada uma delas com jóias que ganhamos nas batalhas. Além disso, as batalhas contras os chefes são excelentes.
O novo game da Ark System Works e CyGames tem tudo para abocanhar um grande público dos jogos de luta. Sua mecânica é excelente e o jogo empolga. É nítida a sensação de estarmos jogando um game de luta “premium”, feito por um dos melhores estúdios da atualidade neste gênero. Contudo, a quantidade de personagens podem afastar o jogador que presa por muito conteúdo, ou que prevê que teremos mais personagens no futuro custando uma bela grana. Mas mesmo ficando nos personagens base, a grande graça do game está em sua mecânica, seus combos, na luta cheia de reviravoltas e visual avassalador.
Então, não vejo como GranBlue Fantasy Versus dar errado. A experiência da Ark System Works, que ficou bem famosa com FighterZ, fala sozinha. Alie tudo isso a uma trilha sonora de primeira, empolgante e com um sentimento de coisa épica. Espere para ouvir a música do chefe final do Arcade.
Assim, não vejo a hora de me aventurar ainda mais nos combos e golpes de cada personagem. GranBlue Fantasy Versus foi lançado no dia 3 de março para o PS4 e a versão PC chegará também no decorrer do mesmo mês.
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Nota: 9
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