Sem a preocupação de consultar os herdeiros
House of Gucci prometia trazer muita polêmica, afinal, a história toda em si já se trata de traições e crimes. Contudo, as coisas podem acabar em um tribunal. De acordo com uma nota dos herdeiros, tudo pode acabar em um processo.
Criminosos, ignorantes e insensíveis
Para ter uma ideia de como a nota pega pesado com o filme, abaixo temos uma parte dela:
“Os produtores do filme não consultaram a família antes de descreverem Aldo Gucci e outros membros como criminosos, ignorantes e insensíveis com o mundo ao redor deles”.
O filme que mostra o romance protagonizado por Lady Gaga e Adam Driver também trará à público uma história cheia de traição e cobiça. Afinal, House of Gucci mostra como Patrizia Reggiani planejou matar o marido e neto do estilista Guccio Gucci, Maurizio Gucci.
House of Gucci


House of Gucci tem direção de Ridley Scott, roteiro de Becky Johnston, e conta com Lady Gaga, Adam Driver e Jared Leto no elenco.
“A história de como Patrizia Reggiani, ex-mulher de Maurizio Gucci, conspirou para matar o marido, neto do renomado estilista Guccio Gucci.”
Aliás, abaixo temos a sinopse:
SINOPSE
“House of Gucci é baseado na história de Patrizia Reggiani, ex-mulher de Maurizio Gucci, membro da família fundadora da marca italiana Gucci. Patrizia conspirou para matar o marido em 1995, contratando um matador de aluguel e outras três pessoas, incluindo o terapeuta. Acabou considerada culpada e condenada a 29 anos de prisão.”


Aliás, abaixo temos a nota completa:
Nota
“A família Gucci toma conhecimento do lançamento do filme Casa da Gucci e fica um pouco desconcertada porque, embora a obra diga querer contar a “verdadeira história” da família, os temores suscitados pelos trailers e entrevistas divulgados até agora, são confirmados: o filme carrega uma narrativa que está longe de ser exata.
A produção do filme não se preocupou em consultar os herdeiros antes de descrever Aldo Gucci – presidente da empresa por 30 anos – e os membros da família Gucci como bandidos, ignorantes e insensíveis ao mundo ao seu redor, atribuindo aos protagonistas acontecimentos , um tom e uma atitude que nunca lhes pertenceram. Isso é extremamente doloroso do ponto de vista humano e um insulto ao legado sobre o qual a marca é construída hoje.
Mais questionável ainda é a reconstrução que se torna mistificadora quase ao ponto do paradoxo ao chegar a sugerir um tom indulgente a uma mulher que, definitivamente condenada por ter sido a instigadora do assassinato de Maurizio Gucci, não é pintada apenas no no cinema, mas também nas falas dos elenco, como uma vítima que tentava sobreviver numa cultura corporativa masculina e machista.
Mais longe da verdade
Isso não poderia estar mais longe da verdade. Além disso, ao longo de seus 70 anos de história em que foi uma empresa familiar, a Gucci foi uma empresa inclusiva. Na verdade, precisamente na década de 1980 – o contexto histórico em que o filme se passa – as mulheres ocupavam vários cargos importantes: fossem membros da família ou alheios a ela, incluíam o presidente da Gucci América, o chefe de relações públicas globais Comunicação e membro do conselho de administração da Gucci America.
Gucci é uma família que vive honrando o trabalho de seus ancestrais, cuja memória não merece ser perturbada para encenar um filme que não é verdadeiro e que não faz justiça aos seus protagonistas.
Os membros da família Gucci se reservam todo o direito de proteger o nome, a imagem e a dignidade de seus entes queridos.”
Enfim, ficaremos de olho no que tudo isso dará. Aliás, fiquem com o Combo.
Fonte: Screen Rant
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