A Huawei foi recentemente colocada na lista negra de empresas estrangeiras, conhecida localmente como Lista de Entidades. Esse mesmo registro partiu dos Estados Unidos.
As empresas presentes nesta lista passam a ser vistas como nocivas para a segurança ou o desenvolvimento nacional americano, sendo as empresas dos Estados Unidos fortemente desaconselhadas a comprar os produtos destas empresas ou serem fornecedores das mesmas.
Depois de posicionadas nessa listagem, todas as transações entre as empresas americanas e as empresas listadas passa a ser necessariamente reguladas. E isso tendo por base normas estritas e extraordinariamente restritivas, que dificultam bastante o funcionamento regular das companhias em questão.
A análise dos perigos inerentes às transações são feitas por vários departamentos. Isso inclui o Departamento do Comércio, o Departamento do Estado, o Departamento da Defesa e o Departamento da Energia. Juntos, todos avaliam os riscos das trocas comerciais com as empresas estrangeiras, comunicando o seu parecer ao Registro Federal que pode, então, incluir estas empresas na Lista de Entidades.
Integrando a lista, a gigante tecnológica viu cortado o fornecimento de vários serviços essenciais. Muitos deles responsáveis por garantir equipamentos funcionais para os usuários.
Em suma, esta poderia ser qualificada como uma medida para o governo americano barrar empresas que oferecem forte concorrência.
Da América do Norte para a América Latina: o caminho Huawei


A empresa chinesa vive dias difíceis com a sua integração na lista de Entidades. Com esta medida de Trump, a Huawei deixa de ter acesso à Google, à Intel e a muitas outras fornecedoras de serviços americanas.
Ainda que as transações com os Estados Unidos possam dificultar o seu progresso a empresa está em busca de novos horizontes. Sendo assim, um dos polos do seu investimento parece ser a América Latina. Esta aposta é visível, por exemplo, na decisão anunciada por Nicolás Maduro, o presidente venezuelano. Anteriormente, ele afirmou que almeja investir na tecnologia da marca chinesa para garantir a introdução do 4G em seu território.
Qual o impacto disso tudo no Brasil?
Esta guerra comercial entre dois polos comerciais preocupam o comércio Brasileiro. E isso porque, tamanha é a influência de ambos, que tudo isso pode repercutir ao redor do mundo, e não somente em áreas específicas.
De fato, quando existe este tipo de situação, o seu impacto é sentido de forma quase instantânea. Isso se aplica nas lógicas comerciais e no mercado de ações, o que, a médio e longo prazo, afeta a economia internacional. Seja a nível macro ou micro, ocorre um efetivo rebate nos gastos dos consumidores.
Caso seja mantida a restrição, as relações entre China e Estados Unidos podem afetar diretamente o comércio global. Por sua vez, causando uma crise econômica motivada pela desaceleração das lógicas de comércio a nível mundial.