Ken Kutaragi não se empolga com VR e o metaverso
O metaverso, utopia futurista que busca unir os mundos real e virtual, saiu das páginas dos livros de ficção científica e foi parar nas mesas dos investidores e das grandes empresas. Entre as gigantes que mais apostam na nova tecnologia está o Facebook, que chegou a mudar seu nome oficial para ‘Meta’, como forma de provar seu compromisso. Porém, embora muitos entusiastas enxerguem no metaverso um componente-chave para o futuro, há quem acredite que tudo não passa de uma moda passageira.
Um dos grandes responsáveis pela criação do PlayStation, o engenheiro e executivo Ken Kutaragi revelou não ser grande fã desta nova tecnologia. Em uma entrevista concedida à Bloomberg News, ele afirmou que não entende o propósito de criar ambientes virtuais que imitam as características da realidade como a conhecemos. Segundo ele, “estar no mundo real é muito importante”.
Mas Kutaragi não limitou-se apenas ao metaverso. Os óculos VR também entraram na lista, já que o CEO da startup de inteligência artificial Ascent Robotics, com sede em Tóquio, rotulou o equipamento como um “aborrecimento”. “Os óculos VR isolariam você do mundo real, e não posso concordar com isso”, disse ele. “Eles são simplesmente irritantes.”
Em seguida, veja o comunicado de Kutaragi:
“Estar no mundo real é muito importante, mas o metaverso é sobre fazer algo quase real no mundo virtual, e eu não consigo ver muito objetivo nisso. Você iria preferir ser um avatar polido em vez de sua versão real? Isso não é essencialmente diferente de um site com quadros de mensagens anônimas”.
Kutaragi, que criou o PlayStation em 1993, agora atua como CEO da Ascent Robotics Inc. O objetivo da empresa, que Kutaragi descreve como a missão de sua vida, é misturar o mundo real com o ciberespaço de uma maneira perfeita e sem engenhocas, parecido com o que vemos nos hologramas em Star Wars – por causa disso, ele é contra os óculos de realidade virtual. Assim, com novos recursos financeiros, a equipe de Kutaragi espera acelerar o desenvolvimento de uma plataforma de robótica que inclui software, sensores e máquinas.
“Os robôs atuais não tem software e sensores que possam igualar os humanos na compreensão do mundo real e na relação às coisas que veem pela primeira vez, e nosso objetivo de curto prazo é oferecer uma solução para isso. Porque você quer que os robôs sejam capazes de criar diversas coisas, não apenas incontáveis unidades da mesma coisa”.
Por fim, o que você achou desta notícia? Comente abaixo e compartilhe conosco sua opinião! Em seguida, não se esqueça de se inscrever em nosso canal do YouTube e seguir o Combo Infinito nas redes sociais para mais notícias Facebook; Twitter, Instagram.
Fonte: Bloomberg
Em seguida, veja as últimas notícias: