Monkey King: Hero is Back é uma ótima adaptação e nada além disso | Análise

Monkey King

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Monkey King: Hero is Back é um longa animado chinês, lançado em 2015, e que arrecadou uma grande bilheteria na China. O filme chinês só ficou atrás de Zootopia e Kung Fu Panda 3 – que merecidamente alcançaram números significativos.

Dito isso, esta obra de arte chinesa ganhou uma adaptação para os games, expandindo seu sucesso para outras mídias. Desta forma, o título – que possui o mesmo nome da animação – trará os mesmos eventos do filme com algumas adições.

Vale lembrar que este tipo de estratégia mercadológica foi uma das grandes características da 6ª geração de consoles. Nesta era de ouro onde o PS2 e o Xbox davam o ar de sua graça, houve inúmeras adaptações de grandes produções hollywoodianas em games. Esta tendência se tornou marca registrada desta geração de consoles que trouxe títulos como: Enter the Matrix (2003), Golden Eye (2007), The Warriors (2005), Peter Jackson’s King Kong: The Official Game of the Movie (2005) e entre outros, ganharam seu espaço na indústria de games. Enfim, Monkey King veio para expandir a experiência trazida nos cinemas.

Mas será que o título é uma mera adaptação ultrapassada ou uma oportunidade de conhecer esta aventura? Acompanhe-nos nesta análise e descubra o que achamos.

CTRL+ C e CTRL + V

Esta adaptação está a cargo da Sony, Oasis Games, October Media e a Hexa Driver. Assim, desde o início, o título irá replicar todos os eventos contados no longa de 2015. No entanto, haverá algumas novidades como novos inimigos e capítulos, por exemplo.

Para quem não teve a oportunidade de assistir ao filme, esta aventura mitológica chinesa conta a história de um Rei Macaco que  vagava entre o Céu e a Terra, mas após querer desafiar o poder dos deuses, o Rei foi aprisionado por Buda. Após 500 anos de sono eterno, monstros atacam uma pequena vila, e o único sobrevivente, um menino monge, carregando uma menininha no cesto em suas costas, fogem para as montanhas.

Durante sua fuga, o menino e menininha esbarram na montanha onde o Rei macaco foi aprisionado e sem querer libertam o adormecido Rei. Ao longo de seu despertar, de anos, o Rei macaco embarca em uma jornada de redenção enfrentando diversos inimigos pelo caminho e conquistando novamente sua divindade.

O desenvolvimento narrativo do título segue os parâmetros do filme com toda sua essência cômica provando sua seriedade nos combates. Toda esta atmosfera, claramente inspirada em Kung Fu Panda, é harmonizada com uma trilha sonora prazerosa e um passeio cultural incrível.

Um game com um DNA de 6ª geração de consoles

Como citei acima, Monkey King: Hero is Back é uma adaptação de um filme animado de mesmo nome lançado em 2015. Este tipo de segmento é atípico atualmente na indústria de games. Vale lembrar, que esta estratégia já foi uma tendência na geração do PS2 e do primeiro Xbox. Entretanto, não é somente este aspecto faz do título ser comparado com as adaptações da sexta geração de consoles.

Além deste, o game apresenta um level designer limitado tornando um gameplay previsível e repetitivo. Deste modo, a simplicidade e a pouca ousadia atribuída a este título de atual geração o torna um game de PS2.

Basicamente, nosso gameplay se resume em coletar itens nos cenários, enfrentar inimigos e encontrar chaves para abrir passagens. Este ciclo é algo que iremos experienciar em toda a jogatina. Além disso, a progressão do nosso personagem funciona por meio de atributos e uma árvore de habilidades desbloqueáveis. Nosso personagem possui três tipos de atributos: Espírito, Técnica e Corpo. Estes podem ser evoluídos com “deuses da terra” encontrados pelo cenário. Já as inúmeras habilidades podem ser desbloqueadas e também evoluídas. Ademais, o game adota um sistema de craft baseado em itens de cura e restauração de magia com materiais encontrados pelo o mapa.

Por outro lado, se o game traz grandes falhas por ser limitado, seu brilho está em replicar uma cultura e suas mitologias. Cada local do mapa é muito bem representado com aspectos da realidade contada seguidas de uma trilha sonora totalmente coerente ao gênero e temática abordada.

Monkey King

Em resumo, Monkey King é trivial em sua composição, e isso se reflete bem durante a jogatina. Desde os gráficos – que não apresentam nenhum realismo e detalhamento – até seu gameplay limitado.

Um Kung Fu pra lá de engraçado

Os combates em Monkey King trazem um tom de humor integrado aos complexos movimentos desta arte marcial. E o resultado são combates super divertidos e criativos. No entanto, estes confrontos são simplórios e repetitivos, e não apresentam quaisquer tipo de variação ou evolução.

Monkey King

A estrutura de combate funciona da seguinte forma: você ataca com o botão quadrado e triângulo do controle – no caso do PS4 – onde o quadrado é o ataque fraco e o triângulo o forte. Dentro desta mecânica, há apenas três variações de combate: o furtivo, o X1 e o ataque surpresa. Esclarecendo um pouco mais sobre estas variações, basicamente, o furtivo é você atacar o inimigo de forma que ele não te detecte. Por sua vez, o X1 nada mais que um famigerado combate “mano a mano”. Para isso, você deve rebater o ataque do inimigo na hora certa. Fazendo isso, haverá uma animação com QTE onde você terá que apertar um botão repetidas vezes e vencer tal confronto. Por fim, temos o ataque surpresa que você deve apertar o botão triângulo antes do inimigo te acertar.

Em resumo, o combate de Monkey King é divertido, no entanto, peca em ser simplório e limitado. Essa limitação se estende aos inimigos que na maioria dos encontros se repetem e não possuem nenhuma variação de ataques.

O veredito

 

Monkey King: Hero is Back, sem dúvidas, é uma das melhores adaptações de animações para os games. Embora reprisando os eventos do filme, suas adições e experiência interativa, como um jogo de videogame, casaram perfeitamente.

No entanto, sua proposta está ultrapassada para a geração a qual nos encontramos. Sua estrutura de gameplay transparece a sensação de estarmos jogando um game da famigerada geração do PS2 e do primeiro Xbox. Sobretudo, talvez, o título tenha vindo com esta proposta de ser apenas uma mera adaptação e nada mais que isso.

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