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Moonfall traz um roteiro ruim, esquecível e trágico | Crítica

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A mais nova produção de Roland Emmerich coloca a Lua como a grande ameaça da humanidade

E se a Lua, este satélite natural que vemos todos os dias ao anoitecer, se tornasse o responsável pela nossa extinção? De cara, essa ideia se torna muito interessante e nova dentro da indústria cinematográfica dentro deste gênero de destruição global. Dito isso, o diretor Roland Emmerich, conhecido por trazer este tipo de abordagem com a franquia Independence Day, O Dia Depois de Amanhã, 2012 e entre outros, retorna para dar a Lua o papel de vilã em sua nova obra de ficção e catástrofe. Pois bem, Moonfall nos leva a um acontecimento atípico, assim como todas as produções anteriores de Emmerich, onde uma força misteriosa tira a Lua de sua órbita e a leva em direção a Terra.

Assim, a influência do satélite próximo ao planeta Terra causa eventos cataclísmicos o que leva a humanidade à extinção, desordem, sobretudo, a luta por sobrevivência por parte dos remanescentes. Dito isso, diferente de todas as produções que Emmerich já trouxe para o cinema, Moonfall tenta mesclar o tom caótico e destruição global com adição de eventos mais terrenos como a busca por refúgios, mantimentos, algo novo dentro da postura de roteiro do diretor.

E é aí que sua mais recente produção muda de orbital se perde no espaço.

Moonfall é trágico em seu roteiro

Como citei acima, Roland Emmerich quis trazer algo novo em sua fórmula clichê de destruição global. Assim, ele optou por dar mais tempo de palco para personagens que em suas outras produções não eram levados a sério. E nós aceitávamos isso numa boa. Contudo, forçar em querer dar profundidade em personagens esquecíveis e triviais faz de Moonfall uma produção totalmente perdida em um roteiro raso e sem sentido em sua grande parte. Um grande exemplo disso são adições de personagens que não tinham nenhum motivo de existirem como, por exemplo, a participação de Donald Sutherland que teve apenas três linhas de diálogo e saiu do filme de uma forma totalmente sem lógica. Em meio a esse trágico roteiro é preciso aplaudir os esforços de Halle Barry e Patrick Wilson que suaram para trazer emoção em falas rasas e diálogos nem um pouco cativantes.

Portanto, a grande ameaça em Moonfall não é a mudança de rota da Lua e sim seu roteiro ruim, que busca trazer drama com adição involuntária de personagens triviais e esquecíveis. Certamente, se Emmerich tivesse feito o “papel de casa” em não se levar a sério e trazer apenas uma destruição global sem querer inserir personagens, além dos protagonistas, Moonfall, sem dúvidas, seria mais um clichê, porém não seria tão ruim e fora de tempo como se tornou.

Por fim, os eventos dentro do filme acontecem muito rapidamente, sem precedentes. Não há uma lógica por trás dos eventos. Assim, a Lua mudou de rota. E de repente, a Terra já está praticamente destruída. Não há aquela aglomeração, desespero visto nas produções anteriores, que não precisavam diálogos e traziam, mesmo sendo um clichê, um impacto.

Em resumo, Moonfall se torna trágico por ter um roteiro que tenta de forma errônea incluir personagens deploráveis.

A Lua e seu grande mistério

Se você vai para o cinema apenas para ver o que, de fato, aconteceu com a Lua para ela está nos atacando, Moonfall vai te surpreender. Bem, até certo ponto. Em meio a tantos erros, Moonfall acerta em dar a Lua o seu protagonismo e todo esse tom de mistério, que é o que há de melhor no filme. Porém, o longa alterna em dar tempo de palco para seus vazios personagens no plano terreno, enquanto a ida à Lua é tardia e somos levados a cenas deploráveis graças ao péssimo roteiro que já citei anteriormente.

Assim, após a chegada dos protagonistas ao satélite natural, Moonfall surpreende por uma direção de arte incrível, graças ao ótimo trabalho em CGI. Esse belo trabalho de CGI se estende para cenas incríveis de perseguição e destruição da Terra, que não vou relatar para não quebrar sua experiência do filme, caso se interesse em assistir. Entretanto, quando o CGI é levado para momentos específicos do filme é terrível e nítido a existência de fundo verde. Assim, o que fica claro é que o que Moonfall tem de capricho está somente no plano espacial. Já na Terra, o trabalho foi mal feito em todas as alegorias e não apenas nos efeitos visuais.

Mas afinal, Moonfall é tudo isso mesmo?

Dentre todas as obras anteriores de Roland Emmerich, Moonfall é a que mais se perde. O longa tenta inovar em querer dar drama e profundidade a um gênero que nunca precisou disso e acaba se tornando um desastre total decorrente de um roteiro péssimo que adiciona de forma involuntária personagens esquecíveis e triviais, que se não existissem não faria falta alguma.

Embora com os efeitos visuais de destruição e uma bela direção de arte em plano espacial, isso não é o suficiente para sobrepor os erros da mais recente produção de Roland Emmerich.

Moonfall estreia nos cinemas em 3 de fevereiro de 2022.

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João Antônio

Um ser vivente no calor do Ceará que curti games, filmes, séries e ler livros.

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