

Vamos lá meus amigos, joguem GTA V, corra pra cima dos pedestres com seu carango, atropele todo mundo! Atire em todos os soldados em Call of Duty, sem dó! Tome decisões difíceis em The Last of Us e Watch Dogs, mesmo que isso custe a vida de pessoas inocentes – dentro do jogo. Nada disso vai fazer com que você fique violento, segundo uma nova pesquisa. Na verdade, esse tipo de conteúdo que os games apresentam relacionados à violência, vão lhe deixar mais consciente sobre o quão a violência é algo que não deve fazer parte da sua vida real.
Este novo estudo, reportado pelo site Gamasutra, concluiu que jogos violentos fazem com que os jogadores fiquem moralmente mais conscientes e sensíveis quanto à violência na vida real e mais cientes dos códigos morais que estão violando nos jogos, mesmo quando os próprios games e produtoras recebem culpa por supostas influências em tiroteios e atos violentos, como quando em 1999, Mateus Meira abriu fogo dentro de uma sala de cinema, e a culpa pelo ato foi jogada em cima de jogos como Doom e Duke Nuken.
Matthew Grizzard, um professor assistente da Universidade de Buffalo, pesquisadores de da Universidade de Michigan State e da Universidade de Texas, realizaram testes em mais de 185 participantes.


“Ao invés de levar os jogadores à um estado de menor moralidade”, disse Grizzard, “esta pesquisa sugere que videogames violentos na verdade aumentam a sensitividade moral do jogador. Isto talvez, assim como na vida real, pode provocar os jogadores a se envolver em comportamentos voluntários que podem beneficiar outras pessoas.”
O estudo chamado “Ser mau nos videogames pode nos tornar mais sensíveis moralmente”, diz que ser imoral nos dentro dos jogos pode causar sentimentos de culpa, que leva o indivíduo a praticar um comportamento social mais aceitável na vida real.
“Descobrimos que após uma pessoa jogar um game violento, ele sente culpa pelo que fez no jogo e essa culpa foi associada a uma grande sensibilidade para com os domínios que eles violaram, como cuidado, danos, justiça e reciprocidade”.
“Nossas descobertas sugerem que experimentos emocionais evocados pela exposição na mídia, pode aumentar as bases intuitivas sobre a qual os seres humanos fazem julgamentos morais. Isto é particularmente relevante para os jogos de videogames, onde o engajamento com esta mídia é uma norma para um pequeno, mas consideravelmente importante grupo de pessoas.”


Durante as pesquisas, os participantes jogaram um game de tiro onde eram terroristas e soldados americanos, talvez para sentir-se na pele do bem e do mal.
“Um Americano que jogou um game violento como um ‘terrorista’, provavelmente consideraria o comportamento injusto e violento de seu avatar. Violações da justiça, reciprocidade e danos, domínios de cuidado. Suas atitudes foram mais imorais do que quando jogavam no papel de um Pacificador americano do exército,” concluiu Grizzard.
Desde sempre eu digo que os jogos não possuem este poder de moldar o comportamento de uma pessoa, até porque todo mundo recebe do berço todos os ensinamentos necessários ao ponto de saber o que é bom ou ruim pra sua vida – mesmo que alguns escolham ir pelo lado ruim. A violência nos games serve pra gente dar risada como em GTA ou pra refletirmos como em The Last of Us, mas nunca de exemplo para a prática na vida real.
Caso você queira saber mais sobre o estudo citado na matéria, visite o site da Universidade de Buffalo.
Mas afinal, o que você pensa de tudo isso? Você tem uma opinião contrária à que vimos no estudo? Que tipo de cuidados devemos ter com relação a este tema? Comente!