Atenção: Muitos spoilers de O Exorcista Episódio 2 da 2ª Temporada à frente!
Chegamos ao episódio 2 da 2ª temporada de O Exorcista e podemos dizer que a qualidade se manteve. Com uma fórmula parecida com o do episódio 1, tivemos cenas divididas entre as crianças, Kim e também muita correria maligna pelos lados de Marcus e Tomás. Já sabíamos que as condições de Cindy não eram lá muito boas, mas algumas coisas estranhas ocorreram.
Brincando com o Ego de Tomás


A divisão que há entre Marcus e Tomás é claríssima. No entanto, Tomás parece não estar pensando muito bem no que está ocorrendo na sua atual vida. Pecador, como todos nós, ele acha que foi escolhido por Deus, mas cada nova cena em que ele interage com o maligno demonstra que quem o escolheu não tem nada a ver com o Criador. Já Marcus parece entender que Tomás não lhe ouve, porém percebeu que há algo de especial ou errado com seu companheiro. Enquanto estavam amarrados, Marcus continuava com sua postura de durão. Já Tomás parece querer tomar controle da situação, mas erra ao jogar na cara do amigo que ele pode ser o escolhido. Tomás ficou muito individualista e acha que não precisa de Marcus. Lembram do que falei no texto do episódio 1 da 2ª temporada de O Exorcista?
“É preciso dividir para conquistar”
Está bem nítido que o mal que está atacando nossos queridos padres, vê que enquanto eles estiverem juntos, estarão muito fortes. Porém ao inflar o ego de Tomás, tudo muda. Ele passa a desfazer de Marcus, que por sua vez tende a criar sentimentos ruins para com Tomás. Quando eles vão ao hospital e enfrentam o demônio dentro de Cindy, tudo ficou ainda mais claro. O bichão toma conta da situação, faz Tomás entrar na Matrix do mal e brinca com sua fé. Foi uma cena excelente, talvez o ponto alto do episódio, onde Marcus usava seu método mais brucutu “do lado de fora” de Cindy. Já Tomás tentou apelar pra conversa e quando menos percebeu, estava exorcizando o espirito de dentro de Cindy. “Loooooorde, Loooooorde”, Tomás gritava. O demônio deixou o corpo de Cindy e ela sobreviveu. Que cena!
O Cordeiro do diabo e a mentira nada cega


Numa cena também muito icônica, Shelby é chamado por fazendeiros para acompanhar o nascimento de um cordeiro. Tudo parecia simples e fácil, até que um negócio do tinhoso saiu de dentro da Ovelha mãe, que esperneava que chegava a dar dó. A reação de todos no local era muito clara: aquilo não era bom. Os cavalos se moviam, o vento soprava de forma anormal. Definitivamente o ápice da temporada vai se passar com Kim e aquelas crianças. Shelby, mesmo muito crente em Deus, se vê atacado por sons de todos os lados. De repente ele corre e o episódio não mostra mais o garoto. O mal está tentando atacar o pilar daquela casa que ao meu ver é Shelby e sua devoção.
Kim está vivendo o dilema de talvez, perder a crianças. Mas a Japa que acompanha a vida de Kim não reporta nada de errado, mesmo que o cegueta tenha mentido sobre Variety tê-lo levado ao poço. Aquele menino não me engana e ele deve estar possuído, provavelmente na forma Super Saiyajin que Bennet falou no começo do episódio, onde o espírito chega na fase 2 e vira uma integração com o corpo. Se o maligno já tomou conta da consciência do garoto tão cedo, a integração já deve ter ocorrido em uma noite.
Então, resumindo a parte das crianças, o mal se aproxima cada vez mais. Achei que Shelby seria o último a sofrer com esse mal, já que ele reza a todo momento. Mas o mal também deve ter percebido isso e tratou de derrubar o pilar. Shelby então aparece com o cordeiro do mal nos braços, como se aquilo fosse algo bom pra eles. Definitivamente não será.
O Vaticano está contaminado


Bennet está em uma missão quase suicida ao chegar no Vaticano com tudo que viu acontecer com Tomás e Marcus. Ele tenta alertar sobre um dos cardeais que mandou matá-lo, mas ninguém acredita nele. Porém é fácil ver a cara de vilão que aquele Cardeal tem. A cena dele mesmo benzendo o cálice e a água não quis dizer absolutamente nada. Quem acaba acreditando em Bennet é outro devoto do Vaticano, mas logo percebemos que seu futuro não é nada bom. Vejo estas cenas com Bennet uma forma de mostrar que a igreja ainda terá papel importante na série. Se percebermos os caminhos que Tomás e Marcus estão tomando, a igreja ficou distante dos holofotes. Mas com Bennet, deveremos ter uma espécie de Oráculo, próximo do alto escalão da igreja, indicando para Marcus e Tomás o que fazer e para onde ir.
Uma coisa é fato: o tom da série está ótimo, mesmo que muito diferente do que vimos na primeira temporada. Ter Kim e as crianças como foco secundário mostra que logo teremos aquele cenário como base para toda a temporada. Fico aliviado de saber que Marcus e Tomás não serão apenas dois malucos em busca de pessoas possuídas pelo mundo, resolvendo um caso por episódio. Ainda teremos um alicerce, um grande mal, resta saber somente quem será. Pazuzu está preso dentro de Angela, ou é isso que ele quer que a gente pense. Não sei, sinto que logo veremos alguma revelação neste sentido.