Red Dead Redemption 2 merece todas as notas, mas Assassin’s Creed Odyssey merece menções
Como de costume, os jogos da Rockstar se portam sempre como os maiores lançamentos do ano que são anunciados. E não é para menos, visto a qualidade de cada trabalho entregue. O mais recente, Red Dead Redemption 2, é o maior sucesso da indústria em anos, e não há como contestar. Nem mesmo com outro dos maiores lançamentos deste ano: Assassin’s Creed Odyssey.
Mas calma, eu vou explicar o porque de não citar God of War como prioridade. Não se emocione.
Partindo do princípio, a Ubisoft transformou a saga Assassin’s Creed em algo além do que esperávamos. Com um novo formato estabelecido em Origins, muitos pensaram que o lançamento de um game já no ano seguinte poderia significar “mais do mesmo”. Porém, Odyssey expandiu a fórmula da franquia, e a transformou em algo a mais.
A presença dos elementos de RPG e a variedade de missões – fora a beleza do cenário – ganharam destaque dentro do novo mundo. Tamanha foi minha felicidade com o que testemunhei do jogo, que quase consigo compara-lo com The Witcher 3. Embora, nesse caso, eu concorde que a saga de Geralt está em outro patamar. Como sendo fã da franquia, admito que é um sentimento do qual eu não me recordava desde o fim da saga de Ezio.
Este novo ar que a franquia recebeu certamente revitalizou a fé dos fãs da série, e está atraindo cada vez mais o público.


Contudo, a Rockstar apareceu, certo?
Exato. Red Dead Redemption 2 chegou ao mercado. E vejam só, tamanha foi a dedicação dos produtores, que até o órgão genital dos cavalos é dinâmico. Não tem como comparar, não é mesmo?
Errado.
Ambos os jogos possuem uma base similar, apresentando um mundo totalmente vivo e uma dinamicidade pouco explorada na indústria dos jogos. Sendo assim, ambos possuem as qualidades necessárias para atingirem a denominação de “Jogo do Ano”.
Então, onde a Rockstar acertou e a Ubisoft errou?


Não retirando o mérito de Assassin’s Creed, mas o teor dos jogos da Rockstar é algo totalmente diferente. Embora a fantasia apresentada na saga da Ubisoft case muito bem com a ideia de fusão entre mitologia e história real, Red Dead Redemption 2 conseguiu seguir um pouco além disso.
Infelizmente, algumas falhas técnicas também – do próprio Odyssey – não são fáceis de se ignorar. E não somente isso, como existem aspectos onde a Ubisoft infelizmente pecou – como por exemplo, alguns diálogos “secos” entre os personagens.
Mas não pense que isso diminui Assassin’s Creed Odyssey
Basicamente isso mesmo. Embora Odyssey tenha alguns defeitos que o qualifiquem como um título abaixo do que foi entregue pela Rockstar, isso passa longe de tirar o mérito do novo jogo da saga.


Com ele, pudemos ter a certeza de que a Ubisoft definiu um rumo sólido para a franquia no futuro. E inclusive, é capaz de termos novidades para os próximos jogos, que possivelmente alcançarão o nível de popularidade da saga de Ezio, Desmond e Altair.
Mas God of War também foi muito bom…
Sim, de fato. God of War foi até mesmo um marco em termos de narrativa e sinônimo de qualidade deste ano. Porém, por se tratar de algo fechado no próprio universo, e tendo uma extensão muito menor do que ambos Odyssey e Redemption 2, seria mais difícil definir que ele receba o título de Jogo do Ano. Outro fator também decisivo, é o fato dos jogos da Ubisoft e da Rockstar terem mais chances de se popularizarem, por se tratarem de jogos multiplataforma.