Pets: A Vida Secreta dos Bichos 2 é um filme fofo e engraçado, mas não é muito mais do que isso | Crítica

Nem tudo é só fofura em Pets: A Vida Secreta dos Bichos 2

Em 2016, a equipe por trás de “Meu Malvado Favorito” e “Minions” deu vida a um novo projeto que levou mais de quatro milhões de brasileiros aos cinemas. “Pets: A Vida Secreta dos Bichos”, trouxe momentos bem divertidos e engraçados, se tornando um filme para toda a família. Agora, dando sequência à história do cão Max e de seus amigos, “Pets: A Vida Secreta dos Bichos 2’’ mostra o cãozinho tendo de se acostumar novamente com mais um novo integrante na família: um bebê.

O filme está apostando novamente no carisma dos bichinhos e novas aventuras, que nos farão, mais uma vez, dar boas risadas. A maior parte da turma está de volta outra vez: Kevin Hart como o fofo coelhinho Bola de Neve; Eric Stonestreet como o gigante pateta Duke; Lake Bell como o gata barriguda Chloe e Jenny Slate como o corajosa Gigi. Desta vez, porém, nosso principal herói, Max, é dublado por Patton Oswalt, substituindo Louis CK.

Uma cópia do original?

Ambos os filmes da franquia lidam com uma nova adição à família. O leal e adorável terrier achava que seu mundo estava chegando ao fim quando sua dona Katie (Ellie Kemper) trouxe para casa o grande e peludo vira-lata Duke. No entanto, ele sente uma mudança ainda mais dramática em sua sensação de bem-estar depois que sua dona ganha seu primeiro filho.

As complicações que surgem quando um recém-nascido chega em casa causa preocupações aos cachorros. Assim, os cãezinhos devem compartilhar com essa pessoa minúscula todo o amor, atenção e brincadeiras que eles tem de melhor. Contudo, a partir das preocupações de Max e de seu comportamento superprotetor, os donos o levam para uma fazenda no interior, onde ele tem que explorar seu lado mais animalesco e confiante sob a tutela de um cão pastor chamado Galo (Harrison Ford).

A partir daí, percebe-se que o filme toma um rumo inusitado. Embora o filme mostre os personagens demonstrando bravura e enfrentando desafios (lições valiosas para as crianças); é a representação da paternidade superprotetora e incomum que é posta nas telonas.

Um desfecho um tanto quanto confuso

Enquanto a história principal de Max se desenrola fora da cidade grande, o roteiro de Lynch inventa dois outros tópicos para manter os outros animais de estimação ocupados. Assim, a história foca em Gigi tendo que cuidar do brinquedo favorito de Max, “Abelhinha”; que ela imediatamente perde, é claro. Posteriormente, a sequência inventa uma história de ação e aventura para o coelhinho Bola-de-neve; que está disposto a provar que não é apenas um animal de estimação mimado e fofinho.

Embora os gostos e interesses dos personagens estejam mais presentes nessa sequência, diante de tantas temáticas e conflitos integrantes da história, cabe juntar as 3 peças para finalmente os elementos se conectarem ao final do filme. Porém, como já previsto, tudo se transforma em um clímax onde todos os três se convergem, tendo uma execução confusa dos personagens e do final em si.

Conclusão:

A animação é mais uma vez o ponto forte do filme. A história, por outro lado, é mais uma recapitulação, sem muita criatividade, do original de 2016. De fato, o filme tem algumas boas piadas, porém entrete mais as crianças do que adultos mais velhos.

“A Vida Secreta dos Bichos 2” é um filme fofo e engraçado, mas não é muito mais que isso. Essas histórias, cada uma envolvendo um personagem diferente, serve apenas para proporcionar diversões rápidas. O melhor do filme é como ele transmite experiências familiares de como é ser dono de algum bichinho, que, naturalmente, farão qualquer um rir em reconhecimento.

Pets: A Vida Secreta dos Bichos 2 estreia nos cinemas brasileiros em 27 de julho.