O hype foi criado, os jogos apresentados, e agora o console foi lançado. No dia 15 de Novembro de 2013, foi um dia histórico para os vídeo games. Dia em que a marca Playstation chegou ao seu 4º console de mesa. Marca que nasceu após a Nintendo recusar os planos da Sony em lançar um console que utilizasse CDs, e posteriormente a Sega também fechou as portas para a gigante japonesa, dizendo que a Sony não tinha experiência alguma com jogos. Porém, quem é seu deus agora Sega?
Mas antes que digam algo, eu também era consumidor de produtos da Sega. Na época do Mega Driveeu sempre joguei o SNES na casa de amigos e nunca tive interesse em comprar um, pois pra mim o Mega Drive era o melhor. O tempo passou, a geração mudou e o Saturn não me chamou a atenção, e eu fui parar nos braços da Sony, e seu Playstation.
Daí pra frente a indústria só nos surpreendeu. A Sega não emplacou o Saturn e viu a “sem experiência com jogos” Sony dominar o mercado, de cabo a rabo. Alguns anos depois veio o Dreamcast, a Sega faliu e com a Nintendo andando de muletas com seu Game Cube, a Sony mais uma vez nadou na primeira posição da geração com o Playstation 2. Isso sem falar da grande surpresa que foi ver a Microsoft entrar no páreo, trazendo seu Xbox, uma caixa cheia de jogos maneiros, mas nenhum conseguiu se quer arranhar o Playstation 2 e a supremacia da Sony.
Porém com o lançamento do Playstation 3 e seu Chip Cell, problemas com gerenciamento de memória e dificuldade de programação, a Sony viu muito do seu império ruir. O Wii mesmo fraco, deu na cara da Sony e da Microsoft com seus controles de movimento, mas mesmo assim as três empresas conseguiram sucesso em uma geração que pra mim foi a melhor de todas. Ver três empresas tão bem como aconteceu com a Nintendo, Sony e Microsoft, principalmente com a última e seu Xbox 360 que praticamente a consolidou com uma gigante na indústria dos games foi sensacional para reforçar este mercado e deixá-lo no status que está hoje, competindo com o cinema. Depois veio o Wii U, e é melhor eu não dizer muita coisa porque tem muito Nintendista lendo este post.
E depois de tanta coisa boa que essa geração nos trouxe, agora é a vez da Sony e Microsoft darem um passo adiante, e depois de tantos shows, tantas promessas e muitos desenvolvedores falando muito bem do PS4 e a Microsoft escorregando daqui e dali, a hora chegou. Neste mês serão lançados os dois consoles mais poderosos do mundo, o Playstation 4 e o Xbox One, e todo mundo não vê a hora de pegar um dos dois e jogar os novos jogos, que com certeza serão melhores que da geração atual! Oi? Não? Tá de brinks!!
Pois é, ainda não é bem assim. A primeira leva de jogos para PS4, principalmente os exclusivos que além de tudo não são tantos assim, não estão se saindo nada bem com a crítica. Knack, uma grande promessa de um game divertido, voltado para um público mais infantil, está sendo tratado como “um game antiquado” (Computer and Video Games), como um game que “falha em suas ideias e estruturas” (Joystiq) e como “tedioso” (Polygon). Este por si só já um chute no saco da Sony, pois muito do que ela apresentou foi baseado em Knack. Mas pera aí, ainda não acabou.
Não fala muito não malandro, olha o meu tamanho!
Kilzzone Shadow Fall, apesar de lindo – joguei este game na conferência da Sony e gostei bastante, mas era apenas uma demo – não consegue empolgar pelo que a maioria dos canais estão relatando. O site GameSpot, apesar de falar bem em diversos momentos, deu nota 7 para nova entrada da franquia, a mesma nota dada pelo site Eurogamer – que exaltaram o bom desempenho do Dual Shock 4, dizendo que está muito melhor que o 3 – mas o site diz que o jogo “falha em estabelecer a sua identidade”. Pior foi o site Polygone sua nota 5, dizendo que apesar do jogo “parecer o futuro, ele está preso ao passado em suas mecânicas”.
E o que dizer de Contrast? Um game com cara de indie que não passou da nota 4.5 no mesmo Polygon, e mesmo o jogo possuindo versões para PC, PS3 e Xbox360, a versão testada foi a do PS4. Um desperdício de capacidade pelo visto.
O único jogo que se saiu bem com a maioria dos críticos foi Resogun, que ficou na média dos 8.5 por aí. Joguei também na conferência da Sony este jogo exclusivo do console, e voltei diversas vezes nele, muito mais que em Knack e Killzone, pois ele me chamou muito a atenção. Gráficos, partículas, jogabilidade, efeitos. Incrível como um jogo mais simples conseguiu se sobressair sobre as grandes produções. E apesar do PS4 ainda receber diversos jogos multiplataforma neste lançamento, o que interessa mesmo são os exclusivos, e estes não fazem jus ainda para a compra do console.
Portanto pergunto à vocês: a chegada do PS4 traz a nova geração de uma vez por todas para as nossas vidas gamers, ou os jogos não mostraram a que o console veio? Será que os jogos do Xbox One mostrarão mais do que estes dois monstros são capazes, ou tudo ficará na mesma com jogos bem mais ou menos?
Para falar a verdade, acho que apenas Dead Rising e Forza 5 serão além do esperado, o que já será um grande alívio para quem comprar o novo console da Microsoft.
E para o Playstation 4 fica a esperança de que após o lançamento oficial do console, que aconteceu com transmissão ao vivo pela SpikeTV na última sexta, dia 15 (veja aqui) os novos jogos anunciados e que ainda virão no futuro, possam demonstrar que realmente o console veio para fazer a Sony a líder do mercado novamente, ou a Microsoft mesmo com tanta coisa contrária à ela virá pelas rabeiras, ganhando espaços com seus exclusivos.
E aí, no que você aposta e o que achou das notas para os novos jogos do Playstation 4? E em breve (ou talvez não tão breve assim) nós daremos nossas opiniões sobre os games citados. Sobre Knack você pode ler aqui: Jogamos Knack, veja as primeiras impressões.
Já inventaram o PS4, o Xbox One, portáteis com jogos de console e até celular com capacidade de PC. E ainda tem gente me enviando solicitação de jogos no Facebook.