Sony recusa proposta de investidor para a venda da divisão de entretenimento

O CEO da Sony Kaz Hirai, disse que a companhia não vai vender ou dividir uma parcela do negócio focado em entretenimento, mais precisamente a Sony Computer Entertainment (alguém lembrou da inicialização do PSone aí? Oi? só eu?), em resposta ao investidor Daniel Loeb da Third Point LLC’s, que propôs um plano para acelerar o crescimento e performance no mercado da gigante dos eletrônicos japonesa, que há alguns anos vem sofrendo com quedas e prejuízos.

Hirai enviou uma singela carta de 4 páginas para  Loeb, dizendo que “depois de uma análise cuidadosa, a Alta Diretoria da Sony concluiu de forma unânime que vai continuar com 100% de nosso negócio de entretenimento, pois este é o melhor caminho para seguir e faz totalmente parte da estratégia da Sony.”

Loeb, com a Third Point LLC, detém uma participação de 6% na Sony, no valor de US $ 1,1 bilhões, e é o maior investidor da empresa. Hirai, na época, disse que a Sony estava propensa a aceitar o acordo, mas que ainda não havia uma decisão concreta (confira). Hirai continuou dizendo em sua carta:

“A Sony Pictures e a Sony Musical são elementos críticos de nossa estratégia e vão direcionar a Sony para um bom crescimento no futuro. Estou pessoalmente envolvido na supervisão destas empresas e totalmente empenhado em garantir seu crescimento, melhorar a rentabilidade e alavancar agressivamente a colaboração destes setores com nossa divisão de eletrônicos.” – Kaz Hirai, CEO da Sony

Na divisão de eletrônicos Hirai garante a Sony está comprometida em revitalizar a divisão: “Enquanto o ambiente da indústria mundial para nosso negócio de eletrônicos continua sendo um desafio, fizemos um progresso significativo em relação ao ano passado, e estamos confiantes que seguimos no caminho certo”. Hirai diz que a linha de smartphones Xperia e a câmera RX1 da linha Cybershot são parte fundamentais deste crescimento, e “estão progredindo como o planejado.”

“Nós também estamos encorajados pelo feedback positivo do anúncio do PS4, que é altamente integrado com nossos principais serviços de rede e negócios para mobile. Estamos investindo no setor de mobiles, imagem e games, e estas unidades de negócios estão estritamente ligadas em nossa principal estratégia dentro da Sony”.

Aconteceu mais ou menos o que todos esperavam, já que a Sony que é formada por grandes investidores japoneses não deixaria um ocidental tomar conta de parte dos negócios mais importantes para a empresa. Loeb deve ter ficado chateado, principalmente após ver a grande aceitação do PS4 durante a E3, mas ele continuará com seus 6% da empresa, o que já deve render bastante no bolso do garoto.

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