Star Wars: O futuro da saga está nas mãos do Baby Yoda?

Se você está assistindo Star Wars: The Mandalorian, ou apenas tem um conhecimento passageiro, sem dúvida está consciente da presença inevitável da “criança”, que a internet chamou de Baby Yoda. Certamente devemos esperar por diversos produtos do carinha verde estocando prateleiras nesta temporada de férias. Entretanto, o personagem é mais do que uma jogada de marketing. Ele é uma peça integral no enredo de The Mandalorian, cuja imagem copiada nas mídias sociais e nas lojas de departamento pode ironicamente ser uma resposta para o que é agora o maior mistério da série do Disney+.

No terceiro episódio de The Mandalorian, “The Sin”, o Mandaloriano recebe sua recompensa, entregando Baby Yoda ao Cliente (Werner Herzog) e Dr. Pershing (Omid Abtahi) com um consciente culpado. Neste ponto, ainda estamos descobrindo o que o cliente, que tem conexões imperiais e usa as insígnias do império caído em volta do pescoço, quer com o Baby Yoda. Mas há uma frase no último episódio em que O Cliente diz ao Dr. Pershing “extraia o material necessário e pronto” com relação à criança. Talvez o showrunner Jon Favreau, em um esforço para recorrer ao trabalho de Lucas, pretenda que esse material seja midi-chlorians, formas de vida microscópicas ligadas ao potencial da Força. Mas o que parece ainda mais provável é que o Cliente esteja falando sobre DNA.

Qual a importância da clonagem na saga?

A clonagem é parte integrante do cânone de Star Wars. Entretanto, não teve um papel de destaque fora dos filmes anteriores e da série animada The Clone Wars. Não é apenas plausível que o Cliente espere clonar Baby Yoda, em um esforço para que os remanescentes do Império tenham sua própria arma que detém a Força, mas seria tematicamente adequado.

O Mandaloriano mais conhecido no universo da franquia é Boba Fett, um clone de Jango Fett (Temuera Morrison), cujo material genético foi usado para criar os Clone Troopers que finalmente se tornaram a primeira iteração dos Stormtroopers antes que o Império começasse a aceitar aplicações civis para preencher suas fileiras. Dada a natureza cíclica e paralela da narrativa no universo de Star Wars, faria sentido que um Mandaloriano, cuja existência estará sempre associada a um clone de caçador de recompensas entre os fãs, seja encarregado de cuidar de uma criança que o Império procura.

O bebê nasceu junto com o Anakin?

Outra coisa a se notar quando se trata do Baby Yoda é que ele tem 50 anos, conforme revelado no episódio piloto. É possível que Baby Yoda tenha um significado mais literal do que o que estamos interpretando? Dada a sua idade, Baby Yoda nasceu ou foi criado 41 anos antes da Batalha de Yavin, ou seja, a Destruição da Estrela da Morte em Uma Nova Esperança (1977). Isso significa que ele nasceu no mesmo ano que Anakin Skywalker.

Agora, se formos com a ideia de que Baby Yoda é um clone de Yoda, há a questão de quem o criou e por quê. E se ele nasceu um nascimento natural, então talvez o Qui-Gon Jinn (Liam Neeson) estivesse errado sobre a criança que traria equilíbrio à força quando ele assumisse Anakin como seu aprendiz antes de sua morte prematura. E se toda a linhagem Skywalker fosse o resultado do erro de um Jedi? Certamente geraria muito reboliço nas noções de um “escolhido” que guiou muito dos mitos de Star Wars. Mas também se ajustaria tematicamente à consideração de Rian Johnson sobre a herança em Os últimos Jedi, na medida em que o poder e a grandeza da Força, passado e futuro, pertencem a mais de uma família.

Onde Baby Yoda esteve esse tempo todo?

Para voltar à possibilidade de que a criança seja um clone do Mestre Yoda, talvez o Mestre Jedi Zaifo-Vias seja a chave. Os misteriosos Jedi que previram que a República precisaria de um exército e usaram Jango Fett para criar um em Kamino, poderiam ter previsto a necessidade de outro Jedi poderoso como Yoda também.

Mas onde Baby Yoda esteve nos últimos cinquenta anos permanece um mistério. Há muitas perguntas sobre o processo de clonagem neste universo que ainda precisam ser exploradas. E fora de uma breve discussão entre Kylo Ren (Adam Driver) e o General Hux (Domhnall Gleeson) em O Despertar da Força (2015) sobre a confiabilidade dos soldados clones, eles ainda não participaram da atual trilogia. No entanto, a existência dessa tecnologia e a possibilidade de que ela não apenas replique o corpo, mas também tenha destreza na força, podem ter grandes implicações, caso Baby Yoda seja um clone.

E o futuro?

Até agora, vimos The Mandalorian como sua própria história, uma parte do cânone, porém, separada dos Jedi, Sith e da história dos Skywalkers. No entanto, talvez seja mais do que isso. Todas as mídias de Star Wars existentes no cânone, de quadrinhos a videogames, tiveram um impacto maior na história em geral. E a ideia de que a primeira série em live-action da franquia não estivesse conversando com os filmes atuais parece suspeita. A fofura inerente ao bebê Yoda pode nos distrair do fato de que sua existência abre o caminho para o futuro de Star Wars e, potencialmente, sua maior ameaça.

Sinopse da série

Em The Mandalorian, temos como protagonista o ator Pedro Pascal, que é conhecido principalmente por seus papéis nas séries: Game of Thrones e Narcos. De acordo com o diretor Jon Favreau, a obra está prevista para ter duas temporadas, e que esta primeira será formada por 8 episódios. Os episódios contaram com a direção de diversos diretores conhecidos – entre eles Taika Waititi, Bryce Dallas Howard, Dave Filoni, Rick Famuyiwa e Deborah Chow.

Após as histórias de Jango e Boba Fett, outro guerreiro surge no universo de Star Wars. The Mandalorian (O Mandaloriano) se passa após a queda do Império e antes do surgimento da Primeira Ordem. Seguimos os trabalhos de um pistoleiro solitário nos confins da galáxia, longe da autoridade da Nova República.

O Disney+ já está disponível em alguns países como Estados Unidos. Enquanto no Brasil será lançado eventualmente em novembro de 2020.

Mas e vocês, já estão acompanhando a série? Não esqueçam de comentar.