[ALERTA DE SPOILERS] – A primeira temporada de Westworld chega ao seu penúltimo capítulo e muitas verdades e segredos vão sendo descobertos aos pouquinhos, principalmente se tratando de como tudo foi criado.
Confira aqui as críticas do Episódio 1, Episódio 2, Episódio 3, Episódio 4, Episódio 5, Episódio 6, Episódio 7 e Episódio 8
A Conquistadora


Em longos anos de história sabemos que um regime, uma ideia, um conceito não se mantém por muito tempo. As revoluções, reformas e quaisquer outro tipo de manifestação que acarrete uma mudança, sempre começam por uma mente inconformada, a qual questiona a situação atual em busca de uma diferença no status quo. Maeve (Thandie Newton), até o momento, levanta essa bandeira e se caminhar como a cafetina planeja, o pau vai quebrar.
A cafetina demonstrou para Bernard (Jeffrey Wright) que tem total controle sobre si mesma e sobre os anfitriões, mostrando que o seu comando de voz funciona com todos os tipos de robôs (se pensar que Bernard está numa categoria acima dos que estão no parque). Assim como vimos em alguns episódios anteriores, Maeve está empenhada em reunir um exército para poder lutar contra os deuses (Humanos) e seu primeiro soldado alistado é, como havíamos calculado, Hector (Rodrigo Santoro).
A busca está chegando ao fim


Dolores (Evan Rachel Wood) e William (Jimmi Simpson) foram capturados por Logan (Ben Barnes) e os capangas no capítulo anterior e nesse acabamos conhecendo o verdadeiro lado obscuro que despertou em William. A cada momento, cresce a ideia de que William é o homem de preto que aparece nos tempos atuais. Tudo o que acontece enquanto jovem, serve para mostrar como que o rapaz tornou-se o homem obcecado pelo labirinto, por Arnold e pelas respostas para o seu suposto jogo final.
Acredito que as atitudes de William em relação a Dolores, o transformaram no homem frio e capaz de qualquer coisa para desvendar esse mistério que tanto o assombra. A morte de sua esposa e filha, o qual o homem de preto revelou no episódio anterior, encaixam perfeitamente na descrição de um cara que deixou de viver no mundo real e mergulhou de vez na vida criada por Robert.
Sabemos também, tanto por algumas citações em vários episódios, quanto pelo encontro do homem de preto com Charlotte, que na vida real ele é um homem poderoso e tem uma influência na direção do parque. Se você for pensar, Logan comandava uma grande companhia, sua irmã se casaria com William. Logo, se Logan morresse, grandes chances de que o rapaz comandasse a empresa e futuramente investindo no parque.
Óbvio que ainda teremos que esperar para ver, mas pensar dessa maneira faz grande sentido pelo que encontramos até agora.
A verdade estava aqui o tempo todo, só você não viu


Uma grande revelação foi o ponto alto desse episódio. Descobrimos que Robert desenvolveu um androide a imagem e semelhança de seu ex sócio, um dos criadores do parque, Arnold. Bernard é Arnold! O estranho dessa revelação é ninguém ter a noção da semelhança visual entre os dois, porém, podemos concluir que nos primórdios, os dois trabalhavam sós, ou com uma equipe reduzida e que foi dizimada pelo acidente na visão de dolores.
O robô, seguido pela breve ajuda de Maeve a questionar sua origem, Bernard encurrala Ford (Anthony Hopkins) e o faz desbloquear as memórias de seu início de vida.
Segundo o próprio androide, algumas linhas de código foram escritas pelo próprio Arnold, o que poderia, de uma certa maneira, explicar os lapsos de autoconsciência. No fim de todo o papo, quando achamos que Bernard estava no comando, vimos que Robert não dá ponto sem nó e que conhece suas crias como ninguém. Fato é que o criador obrigou Bernard a se suicidar, mas como todos nós sabemos, enquanto não vemos o corpo, não dá para termos certeza de sua morte.
Estamos no penúltimo capítulo e ficamos conhecendo um pouco mais da história e dos segredos que a série tem proposto. Muitos mistérios serão deixados para a segunda temporada, mas temos certeza de que muita coisa boa vem por aí.