Mandragora Review | Análise: Souls e Metroidvania unidos mais uma vez e com qualidade

Mandragora

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Mandragora: Whispers of the Witch Tree é um jogo que carrega o charme sombrio dos Metroidvanias e o peso metódico dos Souls-like, mas não se limita a essas definições. Jogado antecipadamente em sua versão de PC (com lançamento também para PlayStation 5, Xbox Series e Nintendo Switch), o jogo se destaca pela atmosfera, ritmo e mecânicas bem pensadas. Mas afinal, ele é tudo isso mesmo?

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Ao menos em todos os eventos que vimos Mandragora sempre ficamos impressionados. Ao jogar a sensação mudou? Vamos ao review!

Sinopse

Mandragora

Em Mandragora, você controla um inquisidor que serve a um líder enigmático, possivelmente um rei. A narrativa começa com uma cena impactante envolvendo uma bruxa sendo punida publicamente, onde um acontecimento inesperado conecta espiritualmente o inquisidor àquela bruxa. A partir disso, você é enviado em uma missão para encontrar uma nova bruxa, dando início a uma jornada repleta de surpresas, eventos misteriosos e grandes reviravoltas.

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Metroidvania ou Souls?

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A mistura entre os dois gêneros é clara, mas o peso do gameplay e o ritmo puxam muito mais para o estilo Souls-like. O combate exige posicionamento preciso, leitura de padrões e controle de espaço. Mesmo com mapas interconectados e evolução de habilidades típicos de Metroidvania, o estilo é brutal, metódico e com influências diretas de títulos como Blasphemous e Salt and Sanctuary, claro, Souls. Se você busca um jogo de plataforma leve, talvez se surpreenda com a dificuldade crescente.

Hoje em dia é muito fácil encontrar jogos do gênero, mas sinto que Mandragora tem um tempero diferente. Mesmo não fazendo nada absolutamente nova, ele orna em todos os sentidos.

Narrativa e história de Mandragora

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Diferente de muitos Souls-like, Mandragora sabe contar sua história. Não há documentações extensas ou textos escondidos: tudo acontece por meio de diálogos com vozes, com atuações muito boas. Desde NPCs recorrentes com comentários engraçados até personagens centrais com voz marcante (como o líder que você serve), a narrativa se apresenta de forma orgânica, sem quebrar o ritmo do jogo. Mesmo sem cutscenes elaboradas, a imersão é constante e eficaz.

Claramente o time de desenvolvimento quebrou barreiras das limitações que possuíam para entregar algo gostoso de acompanhar, mesmo que, por exemplo, os personagens nem mesmo tenham movimento de mexer a boca enquanto falam. Tudo é gerado de uma forma semelhante aos clássicos RPGs, mas com vozes marcantes e uma atmosfera memorável.

Level design de Mandragora

Mandragora

O level design de Mandragora é funcional e bem feito, mas não revoluciona o gênero. O jogo apresenta boa verticalidade, segredos bem escondidos e áreas acessíveis apenas com habilidades específicas. Contudo, há momentos onde o jogo ousa mais, especialmente em sequências narrativas ambientadas em outro mundo, onde o tempo é limitado e a pressão aumenta. Esses momentos trazem variedade e um ritmo diferente que valorizam a experiência geral, mesmo sendo pontuais.

Existem diversas paredes quebráveis, no melhor estilo From Software. Mas imagine isso em uma movimentação lateral e terá uma adaptação muito bem-vinda.

A Árvore da Bruxa

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A Árvore da Bruxa funciona como o “nexus” do jogo. É lá que os NPCs importantes vão parar, com seus próprios arcos narrativos e funções. O ferreiro, a alquimista, a NPC de skins e o cartógrafo são alguns exemplos. Cada um possui uma pequena história que se liga à construção daquele mundo, tornando esse espaço um ponto central não apenas de evolução, mas também de conexão com a narrativa. O lugar é grande, vivo, e é onde o jogador sente que está construindo algo duradouro.

É aqui também onde parte da narrativa se desenvolve e que algumas reviravoltas acontecem. Então, além de ser uma referência fácil para qualquer jogador que já tenha jogado um souls, ainda tem uma pegada própria dentro do game.

Gameplay e combate de Mandragora

O gameplay mistura movimentação fluida com combate denso. É possível escolher entre seis classes iniciais, mas nenhuma delas limita sua evolução a longo prazo. O combate, porém, é centrado em golpes normais, com habilidades e técnicas especiais sendo desbloqueadas ao longo do tempo. Após ajustar os comandos para algo mais próximo de Dark Souls (como atacar com R1 e esquivar com bolinha), o jogo ganha um ritmo ainda melhor. O sistema de colisão, o peso das animações e os efeitos visuais tornam cada encontro um momento tático e recompensador.

Não pense em atacar de qualquer jeito e não imagine que os inimigos vão morrer com apenas um golpe. É aqui que Mandragora se destaca como um Souls Like real e não como um Metroidvania. Assim, quem realmente gosta deste gênero de jogo vai se sentir em casa. Já que curte um gameplay mais leve pode ter dificuldades.

Inimigos e chefes

A variedade de inimigos é um dos grandes trunfos do jogo. Desde lobos simples que evoluem para grupos agressivos até goblins kamikazes e vampiros velozes, todos possuem comportamentos distintos. O posicionamento dos inimigos no mapa é inteligente, e o desafio vem tanto da quantidade quanto da mistura de padrões.

Os chefes, por sua vez, têm momentos de brilho, embora alguns se repitam. Ainda assim, a execução e a ambientação compensam pela falta de variedade absoluta. Espere, por exemplo, encontrar uma ratazana enorme azulada por diversas vezes. Ao menos o loot é bem importante.

Evolução

A progressão em Mandragora não é feita por atributos simples como vida ou força. Em vez disso, o jogador sobe de nível e desbloqueia habilidades dentro de uma árvore inspirada em Path of Exile. É possível misturar classes e combinar habilidades de diferentes naturezas, como um guerreiro usando poderes de caos para potencializar efeitos de sangramento em uma arma especial.

Esse sistema vicia, empolga e faz com que cada ponto investido tenha peso real.

Particularidades

O que torna Mandragora especial é justamente sua soma de pequenas excelências. O visual é belíssimo, com uma direção de arte impecável e animações bem trabalhadas. O voice acting é surpreendente para um indie. A narrativa envolvente, combinada ao combate profundo e ao sistema de evolução viciante, mostra que mesmo com poucos recursos, a equipe sabia exatamente o que queria fazer. Tudo lembra outros jogos, mas nada parece genérico. Isso, por si só, já é um feito.

Conclusão

Mandragora: Whispers of the Witch Tree é um jogo que mistura com precisão o melhor dos Metroidvanias e dos Souls-like. Com narrativa bem contada, combate intenso, ambientação poderosa e um sistema de evolução cheio de possibilidades, ele entrega uma experiência que vai muito além das expectativas. Apesar de não revolucionar o level design, o restante da jornada compensa com sobras. Uma obra para ser lembrada.

Mandragora: Whispers of the Witch Tree: Mandragora: Whispers of the Witch Tree combina elementos de Metroidvania e Souls-like com maestria. Destaque para a narrativa envolvente, combate desafiador e sistema de evolução profundo. Embora o level design não inove, a experiência geral surpreende positivamente. Uma jornada memorável. M@xpay

9
von 10
2025-04-16T11:00:38-0300

Nós recebemos Mandragora: Whispers of the Witch Tree gratuitamente para review e agradecemos à Primal Game Studio pela confiança.

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