Fatal Fury: City of the Wolves marca o retorno triunfal de uma das franquias mais icônicas da SNK. Embora esteja há mais de duas décadas longe, desde o lançamento de Mark of the Wolves, a série ressurge com um jogo que, mesmo com tropeços pontuais, entrega uma das experiências mais sólidas e divertidas no gênero de luta em 2024.
Joguei antecipadamente a versão de PC, que se mostrou bastante estável e completa. O lançamento acontece no dia 24 de abril para PC, PlayStation 5 e Xbox Series X|S.
Sinopse


City of the Wolves se passa anos após os eventos de Garou: Mark of the Wolves. A história segue o universo estabelecido e adiciona novos elementos à mitologia da franquia. Mesmo sem um modo história tradicional cinematográfico, o jogo apresenta arcos individuais para os personagens por meio dos modos Arcade e EOS (Histórias de South Town), que ajudam a aprofundar o contexto de cada lutador.
A narrativa mantém o estilo SNK: direta, mas cheia de personalidade. Os finais dos personagens funcionam como peças de um quebra-cabeça, dando aos fãs mais atentos detalhes sobre o que aconteceu entre os jogos. Para quem acompanha a série desde os tempos do Neo Geo, há muito o que absorver e valorizar.
Visual e apresentação


City of the Wolves representa um salto considerável em relação à apresentação de KOF XV. Os personagens exibem mais detalhes, com animações mais fluídas e efeitos de impacto impressionantes durante os combates. As cores vibrantes e bem aplicadas valorizam cada cenário, conferindo identidade visual a todos os lutadores.
No entanto, o jogo ainda apresenta um ponto fraco. Os menus e as telas de seleção parecem estáticas e sem vida. Em comparação com outros jogos modernos do gênero, como Guilty Gear Strive ou Street Fighter 6, a interface parece menos inspirada. Essa limitação pode afastar os jogadores casuais que esperam mais dinamismo em todos os aspectos visuais.
Trilha sonora e som geral


A trilha sonora é um dos maiores destaques de City of the Wolves. A SNK oferece uma seleção musical envolvente, com colaborações marcantes, como a do DJ Salvatori Ganacci, que contribui com faixas originais. Além disso, a presença da Jukebox permite o acesso a músicas de jogos antigos, ampliando a personalização sonora.
Os efeitos sonoros foram bem planejados e executados. As dublagens impressionam tanto em japonês quanto em inglês. Cada golpe tem peso, e os diálogos entre personagens constroem suas personalidades com firmeza.
Elenco de personagens


O elenco de personagens é diverso e bem construído. Veteranos como Terry Bogard, Rock Howard e B. Jenet se juntam a lutadores clássicos de Garou, como Marco, Gato e Kim. A grande surpresa está nos novatos Vox Reaper e Preecha, que apresentam estilos únicos e conquistam pela originalidade.
Apesar das adições positivas, a ausência de nomes como Andy Bogard e Joe Higashi ainda pesa. Felizmente, o elenco atual permanece bem balanceado, e quase todos os personagens são viáveis em combate. Provavelmente, os ausentes devem chegar em futuras atualizações ou pacotes de DLC.
DJ Salvatori Ganacci e Cristiano Ronaldo – opinião


A inclusão de Salvatori Ganacci surpreende e diverte. A personalidade excêntrica do DJ se traduz de forma criativa para o jogo, com movimentos inspirados em seus clipes e expressões marcantes. Ele se destaca como um dos personagens mais inusitados e divertidos do elenco.
Cristiano Ronaldo, por outro lado, apresenta um estilo mais tradicional. Embora sua presença possa parecer aleatória à primeira vista, ele surpreende pela eficácia em combate. A SNK apostou em parcerias ousadas, e isso ajuda a gerar curiosidade e engajamento.
Gameplay e sistema de combate


O sistema de combate de City of the Wolves demonstra refinamento e equilíbrio. A mecânica utiliza quatro botões principais, com comandos acessíveis e boa variedade de possibilidades. Além disso, a nova barra de Overheat exige gerenciamento tático e adiciona profundidade à jogabilidade.
Os combos fluem naturalmente, com cancelamentos entre ataques normais e especiais. Os Heavy Arts aumentam o impacto visual e estratégico das batalhas. Como resultado, o sistema agrada tanto a iniciantes quanto a jogadores veteranos, oferecendo uma curva de aprendizado justa.
Modos de jogo


Os modos disponíveis não impressionam, mas cumprem bem seu papel. O modo Arcade traz uma experiência direta e clássica, com uma sequência de lutas e finais para cada personagem. No entanto, eu achei que o Arcade traz poucos combates. Já o modo EOS tenta algo diferente ao simular um RPG leve baseado em menus.
Apesar da proposta interessante, o EOS se torna repetitivo com o tempo. Ainda assim, ele oferece uma alternativa à jogabilidade tradicional, enriquecendo o conteúdo. Modos de treino, versus local e enfrentamento de clones completam o pacote.
Desempenho online


Durante os testes iniciais, o desempenho online se mostrou estável. Partidas com jogadores brasileiros e até mesmo com conexões distantes, como contra oponentes americanos, fluíram bem graças ao rollback netcode. Porém eu consegui fazer poucas partidas por enquanto. Afinal, o servidor abriu para valer hoje.
Ainda não foi possível avaliar o matchmaking em grande escala, mas as impressões deixadas pelas betas foram bastante positivas. Caso o desempenho se mantenha após o lançamento, o modo online pode se tornar um dos pontos altos do jogo.
Progressão e desbloqueáveis


O sistema de progressão está centrado no modo EOS. Nele, o jogador sobe de nível, desbloqueia artworks, vozes e até personagens secretos, ainda que não sejam muitos (talvez apenas um). A experiência é simples, mas eficaz em manter o jogador engajado.
Áreas misteriosas com interrogações indicam que ainda há surpresas a serem descobertas. Esses elementos aumentam a longevidade do jogo e incentivam a exploração contínua, mesmo após a conclusão dos modos principais.
Conclusão


Fatal Fury: City of the Wolves representa um retorno à altura da franquia. Assim, com jogabilidade refinada, direção de arte expressiva, trilha sonora marcante e personagens carismáticos, o título consolida seu espaço entre os grandes jogos de luta da geração.
Apesar de pequenos deslizes nos menus e no modo EOST, a SNK demonstra competência e ousadia ao modernizar a série. City of the Wolves agrada fãs antigos e novos jogadores, entregando uma experiência sólida e divertida.
Fatal Fury: City of the Wolves: Fatal Fury: City of the Wolves marca um retorno impactante da franquia, com jogabilidade refinada, arte estilizada, trilha sonora envolvente e personagens carismáticos. Apesar de falhas pontuais nos menus e no modo EOST, o jogo se destaca como uma experiência sólida e divertida, agradando tanto veteranos quanto novatos. – M@xpay
Nós recebemos Fatal Fury: City of the Wolves gratuitamente para review e agradecemos à SNK pela confiança.