Onimusha está de volta com um novo capítulo, após anos em hiato. Deste modo, a Capcom decidiu pavimentar o caminho até o novo lançamento da franquia com uma versão remasterizada do segundo game da série, Onimusha: Samurai’s Destiny.
Com lançamento previsto para maio deste ano exclusivamente pra PS4, Xbox One, Switch e PC, o Combo Infinito, a convite da Capcom, teve a oportunidade de jogar uma fração deste clássico do PS2. Agora, podemos externar tudo o que achamos desse contato inicial com a versão de atual geração de Onimusha: Samurai’s Destiny.
Uma abertura icônica e personagens carismáticos
Embora Onimusha 3 seja considerado por muitos o melhor da franquia, eu vejo Samurai’s Destiny como um excelente jogo e é pouco reconhecido. Sua cena de abertura é uma excelente apresentação para seus personagens e estabelece perfeitamente o tom tenso e dramático da jornada. A história se passa anos após os eventos do primeiro jogo e apresenta um novo protagonista.
No controle de Jubei Yagyu, o jogador retorna à vila natal do herói. No entanto, ele encontra apenas destruição causada pelas forças de uma versão demoníaca de Oda Nobunaga, que deixou um rastro de morte. Movido por sede de vingança e justiça, Jubei embarca em uma jornada onde encontrará companheiros que o ajudarão a alcançar seu objetivo.
Se tem algo que Onimusha 2 soube fazer bem foi apresentar seu elenco. Desde a cinemática de introdução, cada personagem exala carisma, e isso só melhora ao longo do jogo. Parte dessa interação se desenvolve por meio de mecânicas onde é possível presentear aliados com itens encontrados nos cenários e combates. Neles, ocasionalmente, contamos com o auxílio dos companheiros.
Esse cuidado em criar personagens tão carismáticos e memoráveis — a ponto de alguns superarem o próprio protagonista — é um dos grandes destaques deste capítulo. Portanto, quem não viveu essa experiência terá agora a oportunidade com esta nova versão.
Experiência atualizada, mas que poderia ter ido além
Para um título lançado originalmente em 2002, este remaster entrega basicamente melhorias na resolução e na fluidez dos movimentos. Ainda assim, jogar Onimusha 2 depois de 23 anos se revelou surpreendentemente agradável. Isso é ainda mais impressionante considerando o atual cenário da indústria, onde jogos com câmera fixa se tornaram raros.
O combate continua excelente, oferecendo finalizações que proporcionam grande satisfação. Além disso, detalhes sutis como a água escorrendo nas pedras durante cenas de chuva demonstram o esmero presente nesta nova versão.
Porém, Onimusha: Samurai’s Destiny merecia um tratamento mais caprichado em termos de remasterização. Embora esta nova versão seja bem-vinda e mostre o esforço da Capcom em reacender o interesse dos fãs para o futuro da série, a franquia merecia mais.
É curioso ver que a Capcom dedicou um tratamento de luxo a Dead Rising — uma franquia de menor relevância histórica — e não fez o mesmo por Onimusha. Considerando que Dead Rising 2 recebeu um remaster de alta qualidade, é difícil entender por que Samurai’s Destiny não teve um investimento semelhante. Ver Onimusha reimaginado na RE Engine seria o cartão de visita perfeito para o novo jogo da série, que também está sendo desenvolvido nessa poderosa tecnologia gráfica. E os donos de PS5 e Xbox Series teriam a oportunidade de jogar.
De todo modo, o remaster de Onimusha: Samurai’s Destiny é como um vinho envelhecido: mesmo após mais de duas décadas, seu sabor e elegância permanecem intactos. No entanto, fica o sentimento de que o remaster merecia mais, considerando tudo o que os fãs suportaram até este aguardado retorno.
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