Flintlock: The Siege of Dawn – Review

Flintlock: The Siege of Dawn

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Desenvolvido pela A44 Games e publicado pela Kepler Interactive, Flintlock: The Siege of Dawn chegará ao mercado mundialmente em 18 de julho de 2024, disponível no Game Pass, PS5, Xbox Series e PC.

Após 28 horas de jogatina, posso resumir toda a minha experiência com este novo Souls-lite em uma única frase: boas intenções com uma má execução. A construção da experiência de Flintlock é criativa e bem-intencionada, porém na prática é problemática. É uma pena, pois ideias como habilidades, sets de armaduras e travessia chamaram minha atenção, enquanto seu combate se mostra seu grande calcanhar de Aquiles, além de uma progressão largada e nada cativante.

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Enfim, falarei mais sobre o que achei de Flintlock: The Siege of Dawn ao longo deste review.

Conserte o erro que cometeu

Flintlock

A jornada em Flintlock se inicia durante uma batalha entre o exército da coalizão e criaturas do submundo. Nor Vanek, um membro de elite da coalizão, acidentalmente abre um portal que conecta os humanos aos Deuses. Após esse incidente catastrófico, Nor é encontrada por Enki, uma criatura mística com o mesmo objetivo que ela: derrotar os Deuses e seus exércitos de mortos-vivos que agora dominam o mundo de Kian, onde o jogo se passa.

A partir desse ponto, a aventura realmente começa, mas toda a progressão até sua conclusão foi algo que sinceramente me frustrou. Nos primeiros momentos do jogo, conhecemos quem será nosso adversário final, mas até chegar lá, o jogo não consegue dar a devida importância ao vilão. O vilão principal é visto e mencionado apenas duas vezes: no início e no final do jogo, na batalha decisiva. Todo o caminho até o fim da jornada em Flintlock foi construído com um design de missões pouco envolvente.

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Basicamente, o jogo tenta se afirmar como um RPG digno ao introduzir NPCs para guiar a progressão. No início do jogo, fui enviado para diversos NPCs para completar missões genéricas com diálogos irrelevantes para a trama principal, como, por exemplo, destruir bandeiras em um povoado. Sim, essa é uma das missões principais.

Assim, sua experiência no jogo consistirá em explorar para liberar povoados e encontrar fogueiras para desbloquear acampamentos, onde é possível melhorar armas e equipamentos. Além disso, o mapa apresenta caminhos alternativos que escondem itens que aumentam sua vida e penas que fortalecem Enki, além de colecionáveis como moedas usadas no mini-jogo “Sebo” e peças de armaduras e armamentos.

Infelizmente, as missões principais não conseguem imergir o jogador no universo do jogo nem destacar a principal ameaça que estamos enfrentando, enquanto as missões secundárias carecem ainda mais de carisma. Enquanto isso, a dinâmica entre Nor e Enki tenta criar uma ligação, porém de maneira desajeitada. É evidente o esforço do estúdio em tornar a jornada de Nor e Enki cativante para o público, mas não alcança o objetivo. Parte disso se deve à história de Flintlock, que carece de profundidade. Tudo acontece sem um desenvolvimento prévio e rápido demais, sem contexto.

Nesta aventura fantástica, você estará corrigindo um erro cometido sem momentos épicos e nada que se destaque.

O que poderia se destacar, se destacou da forma errada

Em nossa prévia de Flintlock, comentamos que o combate não tinha o peso característico dos bons jogos do gênero Souls, e infelizmente essa impressão se manteve no jogo final. Descrito como um Souls-lite, o combate de Flintlock apresenta coreografias criativas com o uso de armas brancas como machados e armas de fogo de curto e longo alcance. Apesar de confuso inicialmente, com um sistema complexo de botões para atacar, defender, aparar golpes e atirar com armas de fogo, isso se torna mais natural conforme se avança no jogo.

Flintlock

Além das armas de Nor, Enki é uma extensão importante do seu arsenal durante os combates. Esta criatura mística possui poderes mágicos que podem auxiliar durante os confrontos com ataques extras. Todo esse sistema de combate é fundamentado em uma árvore de habilidades dividida em três categorias: Pólvora, Magia e Aço. Cada uma dessas categorias oferece habilidades que afetam o uso de armas de fogo, os poderes de Enki e as lâminas de Nor, respectivamente. Pessoalmente, prefiro uma árvore de habilidades que dê total autonomia ao jogador para escolher o que deseja evoluir, o que infelizmente não é o caso aqui. À medida que habilidades são desbloqueadas, cada uma das três categorias apresenta habilidades específicas que se complementam.

Para desbloquear todas essas habilidades, o jogo utiliza um sistema de experiência chamado “Reputação”. Essa reputação é adquirida por meio de combos realizados, mas pode ser zerada ao sofrer danos, ao concluir missões ou ao vencer partidas no minijogo.

Na prática, porém, o combate de Flintlock é problemático, pois carece de impacto nos golpes, além de uma câmera que atrapalha bastante durante os confrontos. Durante as batalhas, mesmo com a mira travada no inimigo, o jogo não consegue mantê-la fixa durante esquivas perfeitas ou ataques especiais, o que se revelou um grande obstáculo para mim. Isso não se deve a erros de minha parte, mas sim a problemas na câmera do jogo.

Assim, não posso deixar de destacar este ponto negativo significativo no combate de Flintlock.

Não basta ter boas intenções, precisa executá-las bem

No início deste review, mencionei que Flintlock: The Siege of Dawn é repleto de boas intenções, porém mal executado, e essa percepção persiste ao longo de toda a experiência de jogo. Diante dos pontos negativos já abordados, seria inconsistente da minha parte não reconhecer os atrativos da árvore de habilidades, os sets de armaduras com seus bônus de sinergia, as magias de Enki, o mapa detalhado e o sistema de travessia. Todas essas características mostram o potencial criativo da A44 Games, mas o mesmo nível de criatividade falha na implementação prática.

Por exemplo, as habilidades de Enki nem sempre têm o impacto esperado no combate, apesar das descrições promissoras. Por outro lado, há outras habilidades que funcionam de forma eficaz. O sistema de travessia, onde Nor se agarra em Enki para se teletransportar entre fendas, é impressionante e estiloso, mas a exploração do mapa se torna tediosa devido à movimentação lenta de Nor. Um exemplo adicional é o minijogo “Sebo”, que prometia muito, mas falhou em sua execução.

“Sebo” é um jogo de tabuleiro com duas rodadas onde os jogadores usam moedas para criar um triângulo em um número limitado de jogadas. Embora demande raciocínio do jogador, o mini jogo poderia ser aprimorado com uma trilha sonora envolvente e a possibilidade de trocar moedas, por exemplo. É uma pena, pois o jogo exige raciocínio do jogador e roubou minutos da minha exploração pelo mapa.

Flintlock não é um desastre, só é mal executado

Minha experiência com o jogo ocorreu no PS5, e fiquei impressionado com o visual de alta qualidade que soube aproveitar bem o Dawn Distance. Raramente encontrei serrilhados ou sombras em baixa resolução. O mundo de Kian apresenta paisagens deslumbrantes que contrastam com o caos provocado pela ameaça do jogo. Quanto aos inimigos, o jogo os utiliza de forma eficaz ao longo dos mapas, com alterações sutis em seus visuais. As batalhas contra chefes, inspiradas nos deuses do Egito, destacam-se pelo design, mas não conseguem transmitir um tom épico como esperado.

Durante minha jogatina, enfrentei poucas quedas de desempenho, algo que o estúdio mencionou claramente no guia de revisão. Espera-se que um patch resolva essas questões no Dia 1.

Mas afinal, Flintlock: The Siege of Dawn é tudo isso mesmo?

Flintlock: The Siege of Dawn é repleto de boas ideias, porém mal executadas. Apesar de possuir mecânicas criativas, o combate carece de alma, enquanto a história, guiada por NPCs esquecíveis, falha em cativar o jogador nesta jornada fantasiosa.

A chegada ao Game Pass no Dia 1 de seu lançamento pode ser uma oportunidade para o jogo conquistar os assinantes do serviço, além dos jogadores que consideram adquiri-lo pelo preço completo.

Flintlock é um claro exemplo de que não basta ter boas ideias; a execução competente é fundamental.

VEREDITO: Flintlock: The Siege of Dawn é repleto de boas ideias, porém mal executadas. Apesar de possuir mecânicas criativas, o combate carece de alma, enquanto a história, guiada por NPCs esquecíveis, falha em cativar o jogador nesta jornada fantasiosa. A chegada ao Game Pass no Dia 1 de seu lançamento pode ser uma oportunidade para o jogo conquistar os assinantes do serviço, além dos jogadores que consideram adquiri-lo pelo preço completo. Flintlock é um claro exemplo de que não basta ter boas ideias; a execução competente é fundamental. João Antônio

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2024-07-17T09:00:44-0300

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