A espera foi longa, mas finalmente tivemos tempo suficiente para mergulhar em Monster Hunter Wilds, a mais nova aposta da Capcom para a franquia. O jogo chega no dia 28 de fevereiro para PlayStation 5, Xbox Series X|S e PC, mas já tivemos acesso antecipado para conferir o que há de novo e, principalmente, se esse é realmente o Monster Hunter mais ambicioso até agora.
Após muitas horas de gameplay e incontáveis caçadas, é hora de responder à grande pergunta: o jogo faz jus às expectativas? Testamos a versão de PS5 e o review abaixo traz tudo que você precisa saber!
Uma história mais densa – Mas será que funcionou?


Se você jogou Monster Hunter World, já sabe que a franquia nunca foi tão focada em narrativa. A história, guardadas as devidas proporções, sempre serviu como uma desculpa para as caçadas, e o charme estava mais na ambientação do que no enredo em si. Mas Monster Hunter Wilds busca trazer mais elementos pra esse quesito, apostando em uma trama mais densa e dramática.
O jogo começa com um jovem garoto que tem sua vila atacada e consegue escapar por pouco. Ele é encontrado pela Guilda de Caçadores e logo se vê envolvido em uma trama cheia de mistérios. A história segue investigando quem ele é, de onde veio e o que pode estar acontecendo com o mundo, trazendo alguns plot twists interessantes, mas sem fugir muito da estrutura básica da série.
A Capcom tenta criar mais emoção com cenas cinematográficas e momentos intensos, mas nem sempre isso funciona bem. Algumas cutscenes acabam soando exageradas ou fora de tom, principalmente por conta da animação e da dublagem, que, em alguns momentos, parece deslocada da emoção da cena. Isso ocorre porque os dubladores não tem acesso às imagens finais durante a gravação, e a mixagem de áudio às vezes podia ser melhor. Ainda assim, a história é honesta e coerente dentro da proposta do jogo. Não chega a revolucionar a franquia, mas é um esforço interessante para expandir a experiência narrativa.
Gráficos e Som – Beleza na medida certa?


Visualmente, Monster Hunter Wilds não decepciona, mas também não impressiona tanto quanto poderia. Os modelos dos personagens e monstros são bem detalhados, mas poderiam ser ainda melhores para um jogo dessa geração. Os cenários são vastos e cheios de vida, mas algumas texturas deixam a desejar e o famoso “pop-in” (carregamento tardio de elementos do cenário) acontece com frequência. As texturas dos cenários também mostram problemas em alguns detalhes, especialmente no chão e nas pedras, que muitas vezes não combinam com a beleza do resto do ambiente.
Se por um lado os gráficos não são perfeitos, o som é impecável. A trilha sonora é simplesmente fantástica, trazendo momentos épicos durante as batalhas contra os monstros e músicas que valem a pena ser ouvidas mesmo fora do jogo. A ambientação sonora também é excelente, desde os rugidos dos monstros até os sons sutis do ambiente.
Gameplay e Monstros – O Coração do Jogo


Aqui está o grande trunfo do jogo. Se você veio para Monster Hunter Wilds esperando novidades no combate e na caça, pode ficar tranquilo: a Capcom acertou em cheio nessa parte.
A Capcom sempre foi mestre em criar monstros com designs incríveis, e aqui não foi diferente. Mas o que realmente impressiona é o comportamento dos monstros no mundo. Eles reagem uns aos outros, podendo se ajudar ou se atacar dependendo da espécie. Além disso, interagem com o cenário, aproveitando rochas, árvores e outros elementos para atacar ou se esconder. Durante algumas caçadas, podem ser surpreendidos por inimigos mais fortes, o que leva a batalhas caóticas que alteram completamente o rumo da caçada. Isso deixa o jogo muito mais dinâmico e imprevisível, elevando o nível de imersão a um novo patamar.
O combate continua afiado, com uma grande variedade de armas para os jogadores escolherem. Insect Glaive, Great Sword, e armas de longo alcance retornam, cada uma com suas peculiaridades e estratégias próprias, garantindo que nenhuma caçada seja igual dependendo da escolha do jogador. Algumas armas antigas foram refinadas e novas opções foram adicionadas, trazendo ainda mais possibilidades para o combate.
Além disso, a nova mecânica de foco também adiciona um toque estratégico. Agora, é possível identificar feridas nos monstros para atacar pontos fracos e coletar materiais específicos dependendo de onde você acerta. Isso incentiva os jogadores a pensar antes de atacar, tornando a caçada ainda mais profunda.
A Experiência de Caça – Mais do mesmo ou evolução?


A caça continua sendo o grande atrativo do jogo e segue a fórmula já consagrada da franquia. O ciclo se mantém intacto: caçar monstros gigantes em batalhas épicas, coletar partes desses monstros para criar armas e armaduras melhores e voltar para caçar ainda mais monstros para melhorar o equipamento. Essa repetição pode parecer cansativa para quem nunca jogou a franquia, mas para os fãs, é exatamente o que torna Monster Hunter viciante.
Vale destacar que a mecânica de captura, na qual você não pode matar o monstro, mas sim utilizar uma série de dispositivos para completar a missão, podia ser muito menos chata, complexa e bem mais divertida.
Exploração e Mundo Aberto – O que há de novo?


Se Monster Hunter Wilds quer ser um jogo verdadeiramente de nova geração, a exploração precisava ser um dos seus destaques. O mundo do jogo está mais vivo e reativo, com ecossistemas dinâmicos que criam situações únicas a cada caçada. O clima pode afetar a jogabilidade, tornando algumas batalhas mais desafiadoras ao modificar a agressividade dos monstros ou dificultar a movimentação do jogador. A exploração é mais orgânica, com muitos recursos e materiais espalhados pelo ambiente, incentivando os jogadores a observar cada detalhe do cenário.
Nem tudo, porém, funciona perfeitamente. O sistema de menus ainda é um problema, sendo complexo e pouco intuitivo para iniciantes. A Capcom poderia ter facilitado um pouco mais a navegação, especialmente para novos jogadores que podem se sentir sobrecarregados com tantas informações logo no início.
Endgame e Cooperativo – Onde o jogo brilha de verdade


A campanha principal não é muito longa, levando cerca de 12 a 20 horas para ser concluída. Mas, como todo fã de Monster Hunter sabe, o jogo realmente começa no endgame.
Após os créditos, novos monstros mais difíceis aparecem, novas armas e equipamentos são desbloqueados e a experiência cooperativa se torna essencial, já que algumas caçadas são absurdamente desafiadoras. Jogar com amigos eleva a experiência a outro nível, permitindo criar estratégias de grupo e enfrentar os monstros mais poderosos do jogo. E acredite: você vai precisar de ajuda nas missões mais avançadas.
Conclusão – Monster Hunter Wilds vale a pena?


Monster Hunter Wilds é um excelente jogo, que mantém a fórmula clássica da série e adiciona melhorias bem-vindas. No entanto, não revoluciona completamente a franquia e ainda apresenta algumas falhas, principalmente nos menus e no polimento gráfico. Ainda assim, é obrigatório para os fãs da série e um ótimo ponto de entrada para novos jogadores.
Monster Hunter Wilds: Monster Hunter Wilds é um excelente jogo. A caça continua sendo o grande atrativo, mas há melhorias bem-vindas. O mundo vasto, a trilha sonora épica e o gameplay dinâmico são os grandes destaques dessa nova entrada da franquia. No entanto, não revoluciona completamente e ainda apresenta algumas falhas. Ainda assim, é obrigatório para os fãs da série e um ótimo ponto de entrada para novos jogadores. – Alepitekus
Comente suas expectativas para Monster Hunter Wilds, compartilhe com os amigos e não deixe de acompanhar nossas últimas notícias e análises de séries e jogos.
Nós recebemos Monster Hunter Wilds gratuitamente para review e agradecemos à Capcom pela confiança.