Oxenfree 2: Lost Signals traz uma narrativa complexa com personagens triviais – Review

Oxenfree 2

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Após o sucesso do primeiro jogo, a Night School Studio decidiu expandir o universo com uma aguardada continuação, Oxenfree 2: Lost Signals, que foi lançado em 12 de julho de 2023 para as plataformas do PS5/PS4, Nintendo Switch, Android, iOS e PC.

No entanto, apesar de apresentar uma história original envolvendo viagens no tempo com elementos misteriosos e complexos, a narrativa sofre com uma progressão lenta e cansativa. Além disso, a presença de personagens pouco acompanhados e triviais contribuem para a decepção geral do jogo.

As ondas eletromagnéticas retornaram

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Em Oxenfree 2, o jogador assume o controle de Riley, que retorna à pacata cidade de Camena com a missão de investigar as misteriosas ondas eletromagnéticas que estão ocorrendo na região. Ela conta com a ajuda de um ex-colega de escola, Jacob, e de um walkie-talkie para suas pesquisas.

No entanto, as estranhas interferências eletromagnéticas trazem à cidade uma experiência sobrenatural que afeta a vida de Riley e de todos os envolvidos. As escolhas feitas durante o jogo têm um papel fundamental no futuro de Camena, de Riley e dos personagens relacionados a esse evento sobrenatural.

Oxenfree 2 é um jogo complexo e intrigante desde o início até o fim. Se você já assistiu à série Dark, da Netflix, vai perceber o nível de complexidade presente no jogo. O fato de ficarmos intrigados e sem entender completamente o que está controlado não é uma crítica, pois essa sensação instigante faz parte do apelo do jogo. No entanto, o grande problema surge quando o mistério se acumula tanto a ponto de deixar o jogador sem informações claras sobre os eventos e a importância de certos personagens na história.

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Essa falta de clareza é o principal ponto negativo de Oxenfree 2. A narrativa injeta uma quantidade significativa de mistério, mas acaba falhando em fornecer respostas satisfatórias aos jogadores sobre o desenvolvimento dos personagens e a verdadeira natureza dos eventos. Não se trata de reclamar da narrativa interpretativa, mas sim de desejar uma consistência e fidelidade para com o público, onde os personagens sejam inseridos e, ao mesmo tempo, devem ser incluídos.

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Além disso, o ritmo lento do desenvolvimento narrativo torna a experiência ainda mais arrastada. O game design parece focar em objetivos que, ao invés de enriquecer a história, acabam aumentando desnecessariamente o tempo de jogatina e a sensação de cansaço do jogador.

As missões secundárias salvam a experiência

O walkie-talkie é uma das grandes válvulas de escape dentro do jogo, que é carregada de diálogos tediosos e um Jacob que não sabe ficar calado. Ele se torna essencial para a experiência de jogo, pois possui frequências que representam alguns personagens dentro do universo do jogo. Em ocasiões especiais, novos personagens se envolvem em contato através do walkie-talkie para pedir favores, além do objetivo principal de Riley.

É nessa hora que o tédio acaba e exploramos novos locais do mapa e o jogo consegue preencher o vazio que a missão principal deixa no jogo. Entre os objetivos secundários, temos o exemplo de um pecador que não quer se perder no mar e solicita a ajuda de Riley para localizar uma mochila azul em um local específico. A forma como o jogo desenvolve esses personagens é algo que não presenciamos com os envolvidos na trama principal, trazendo maior diversidade e profundidade à experiência.

Além disso, o jogo oferece locais alternativos que contêm colecionáveis ​​como arquivos, os quais explicam para a compreensão dos eventos do jogo e enriquecem a história como um todo.

O silêncio em Camena é lindo aos olhos

Camena está abandonada. O silêncio da pacata cidade é o que há de mais belo e artístico, vindo de uma direção de arte inquietante. Ao optar por uma abordagem em 2.5D, tudo em Camena é colocado em seu devido lugar, contando com uma cultura rica por trás.

O jogo não precisa de palavras, pois a arte e o ambiente já explicam que a cidade chegou a esse estado por algum motivo, e as marcas do passado estão tatuadas em cada canto do cenário. Seja em uma mina antiga ou em uma loja que o proprietário costumava fechar cedo, esses detalhes secundários concluídos Camena um local especial e cativante.

Afinal, Oxenfree 2: Lost Signals é tudo isso mesmo?

Oxenfree 2: Lost Signals certamente mereceria um lugar em uma série da Netflix, não apenas por sua qualidade, mas também pela presença de um elenco trivial e uma narrativa tão complexa quanto a de Dark. No entanto, é inegável que, apesar do mistério envolvente, a falta de resolução e profundidade na trama pode ser uma decepção para alguns jogadores. Apesar disso, o elemento mais cativante da experiência com o jogo é, sem dúvida, a pacata cidade de Camena.

Nota: 7

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