The Outer Worlds 2 finalmente deu as caras em um novo preview¨da IGN, e a impressão que fica é clara: a Obsidian quer ir além do que fez no primeiro jogo. A sequência não está apenas mais ambiciosa em termos de escopo, mas principalmente em profundidade. A sensação é de que eles ouviram o feedback, analisaram o que funcionava e o que não, e resolveram mergulhar de cabeça no que torna um RPG realmente especial.
Enquanto o primeiro jogo apostava em uma progressão mais enxuta e acessível, o novo capítulo abandona a ideia de personagens “bons em tudo”. Agora, o foco é encorajar escolhas ousadas, especializações extremas e construções pouco convencionais. O jogador não será mais apenas incentivado a experimentar — ele será recompensado por isso. E, principalmente, precisará lidar com as consequências dessas escolhas.
Segundo os desenvolvedores, cada investimento em Skills, Perks ou Traits impacta diretamente na sua experiência. A nova estrutura abandona o agrupamento de habilidades do primeiro game. Em vez disso, cada Skill agora se destaca de forma independente, permitindo combinações muito mais específicas — e também limitadoras. É o tipo de decisão que pode definir toda a forma como você vai interagir com o mundo, desde diálogos até combates e exploração.
Mais liberdade — e menos espaço para arrependimento
Um dos aspectos mais polêmicos da sequência é a ausência da função de respec após a introdução. A Obsidian quer que você viva com as suas escolhas. Cada Perk e Trait será parte permanente do seu personagem. Isso muda a dinâmica de forma radical. Você não poderá simplesmente testar uma build e resetar depois. Aqui, a decisão é sua — e definitiva.
Essa proposta valoriza builds criativas. Desde o jogador que foca em armas de plasma para absorver cura com queimaduras até quem monta um personagem psicopata que elimina qualquer NPC pela frente. O jogo vai reagir a isso. Vai aceitar seu caos. Vai permitir que você termine a campanha mesmo depois de dizimar vilas inteiras. E vai oferecer recompensas por esses comportamentos, como Perks específicos que só se desbloqueiam com esse tipo de conduta.
Perks, Traits e Flaws
O número de Perks praticamente dobrou, ultrapassando os 90. E mais do que variedade, eles agora exigem requisitos específicos. Um Perk como “Run and Gun”, por exemplo, só funciona bem com builds voltadas para SMGs e rifles. Já o “Space Ranger” combina boost de dano com interações de diálogo, mesclando combate e narrativa. Há também Perks passivos que funcionam com base em comportamento, como “Psychopath” e “Serial Killer”.
Além disso, o sistema de Flaws e Traits foi ampliado. Agora, você pode selecionar características negativas como “Dumb” ou “Sickly”, que bloqueiam Skills ou reduzem atributos em troca de bônus impactantes. E, o mais interessante, algumas dessas Flaws surgem com base no seu comportamento in-game — criando uma camada dinâmica que responde às suas ações.
Com isso, The Outer Worlds 2 se posiciona como um dos RPGs mais ousados e personalizáveis dos últimos tempos. Não é só sobre liberdade de escolha, mas sobre responsabilidade. É sobre viver com as consequências e transformar limitações em pontos fortes. E é exatamente esse tipo de filosofia que vem fazendo falta em muitos títulos do gênero.
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