Visions of Mana – Preview

Visions of Mana

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Depois de 17 anos, a franquia Mana está finalmente recebendo um novo jogo pertencente à linha principal. Embora spin-offs como Legend of Mana (1999), que recebeu uma versão remaster em 2021, e remakes dos títulos clássicos tenham mantido a série viva, finalmente veremos um novo jogo da franquia. Visions of Mana marca a retomada da série ao 3D desde seu último título para PS2, Dawn of Mana.

Anunciado no The Game Awards 2023, o anúncio pegou todos de surpresa, dado o tempo que a Square Enix passou sem lançar um novo jogo da franquia. Nosso último contato com a série foi com a versão remasterizada de Legend of Mana, em 2021.

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A convite da Square Enix, tive a oportunidade de jogar Visions of Mana de forma antecipada, através de um preview com bastante conteúdo, onde tive contato com o primeiro capítulo do jogo. Nele, fui apresentado ao personagem Val, um guardião da aldeia do Fogo, juntamente com a recém-nomeada “Alm of Fire” (Alma do Fogo), Hinna, onde ambos partem para uma peregrinação até a Árvore de Mana. O preview termina em uma batalha contra um caranguejo gigante chamado Full Metal Hugger nas Ruínas de Luka.

Ao iniciar minha jogatina, ficou claro que Visions of Mana é o título de maior escala da franquia. Contudo, a mais nova entrada da franquia trouxe mais estigmas do passado do que evoluções, de fato.

Mecânicas, combate e personagens

No início da peregrinação, em um cenário repleto de vegetação e com a presença de um enorme vulcão, fui apresentado ao sistema de combate do jogo. Quem jogou o título de PS2 e os recentes remakes vai se sentir familiarizado. Para os que não conhecem a franquia, a série Mana nasceu de um spin-off de Final Fantasy chamado Final Fantasy: Adventures of Mana. Diferente de Final Fantasy, Adventures of Mana trazia um combate em tempo real, em vez de ação por turnos. Além disso, seu estilo de progressão por masmorras era fortemente inspirado em The Legend of Zelda.

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Ao longo dos anos, essa particularidade se tornou marca registrada da franquia em sua era 2D e na transição para o 3D, e com Visions of Mana não foi diferente. Para iniciar o combate, é preciso atacar os inimigos e não apenas ser avistado. Quando o combate começa, uma área limite de confronto é criada; se o jogador sair dessa área, automaticamente estará fugindo dos inimigos. Para quem jogou Tales of Arise, Granblue Fantasy: Relink ou outros jogos com grupos, o combate de Visions of Mana será bastante familiar.

Durante o preview, pude recrutar membros para o meu grupo, além da minha companheira Hinna, que também auxilia nos combates. Visions of Mana possui um sistema de combate onde os membros do grupo são jogáveis — algo que o Remake de Trials of Mana trouxe. Durante as batalhas, é possível alternar entre os membros e executar seus respectivos golpes, especiais e magias. Além disso, esses membros também são controlados por IA, onde o jogador pode predeterminar as ações ao longo dos confrontos, como agir de forma equilibrada, não usar itens de cura e de mana, entre outros.

Entendendo as “Relíquias”

Além do combate dinâmico e gostoso, durante o preview fui apresentado às relíquias elementais. A franquia Mana usa os elementos naturais para dar contexto à sua narrativa e ao seu gameplay. Em Visions of Mana, temos as relíquias elementais, que terão um grande impacto no combate. Em determinado momento do preview, consegui adquirir a relíquia do vento. As relíquias elementais, por sua vez, desbloqueiam novas classes, novas habilidades e alteram os atributos dos personagens. Ademais, há uma árvore de habilidades para cada uma dessas relíquias, baseada na classe que ela desbloqueia quando usada pelos membros do grupo.

Por exemplo, meu personagem, que é um guardião, ao usar a relíquia do vento, passou a adotar uma nova classe, que lhe atribui um novo tipo de armamento. Essa dinâmica de criação de novas classes traz uma versatilidade na hora de criar estratégias para o grupo. Ao longo do preview, mais relíquias foram desbloqueadas e mais classes foram criadas. Esse senso de liberdade na criação de builds para o grupo traz uma nuance adicional ao combate, que por si só já se destaca.

Além do impacto no combate, as relíquias elementais expandem as mecânicas de gameplay com a presença de um level design pensado para essas relíquias. Um bom exemplo disso é que há cenários onde você pode usar a relíquia para realizar ações específicas no mapa, como ser levado pelo vento para alcançar áreas altas ou manipular o tempo para atravessar um trecho usando a relíquia da lua. Enfim, os elementos em Visions of Mana terão uma participação mais relevante no gameplay, além de seu contexto narrativo.

Artisticamente impressionante

Visions of Mana parece ser o maior jogo da franquia em termos de escopo e escala. Os cenários que explorei trouxeram um senso de exploração inigualável em relação aos jogos anteriores. Os mapas, além de trazerem uma temática que representa o elemento daquela região, são compostos por baús secretos, desafios em arenas e pela presença de inimigos. Estes, por sua vez, reaparecem caso você retorne à área anterior, mas nada é cansativo ou repetitivo devido ao combate satisfatório e intuitivo, que envolve o uso de magias, combos e a interação dos membros do grupo.

De tudo que vi, Visions of Mana traz uma grande variedade de cenários. Embora vastos, não estamos diante de um mundo aberto. O jogo é dividido em áreas separadas por telas de loading, algo nada comum na atual indústria, mas que eu preferiria ver com transições mais dinâmicas. Os desenvolvedores japoneses, no entanto, tendem a ser mais tradicionalistas.

Apesar disso, não foi algo que ofuscasse a escala dos cenários. Embora com toda essa extensão de área, não há muito o que explorar a não ser alguns desafios de arena, baús com recompensas e missões secundárias fracas.

Ademais, para tornar a exploração dessas áreas vastas mais dinâmica, há uma excelente locomoção do personagem, que tem uma corrida rápida, o dash, além de uma montaria que já vimos em trailers do jogo.

Por fim, Visions of Mana é artisticamente bonito. Adotando um visual colorido e o tradicional tom mais infantil. O que vi na construção de seus ambientes e cenários refletem no impacto de sua narrativa. Cada uma das cidades, das aldeias e dos povoados tem em seu design algo que remeta e mostre que aquele elemento pertence a aquela civilização. Um exemplo é a aldeia do vento que possui cata-ventos como grandes destaques do cenário. A aldeia do fogo tem um vulcão enorme como cartão postal. Enfim, esses detalhes mostram quão detalhada foi a construção deste mundo que tem forte impacto em sua narrativa.

Considerações finais

Com um combate satisfatório e intuitivo, este aspecto é o grande destaque da nova entrada da franquia, que ganha ainda mais força com a influência do sistema de relíquias elementais, trazendo mais nuances à forma de combater. Ademais, o mundo de Visions of Mana é criativo e extenso com ótima locomoção, mas que carece de preenchimento.

Saio desta prévia com um sentimento misto. Gostei do que eu pude experimentar, mas não presenciei algo inédito. Ademais, algo que também me decepcionou foi a ausência de uma localização em português do Brasil, e que acredito persistirá até a versão final. Com o lançamento em 29 de agosto, não acho que isso será revertido.

Visions of Mana poderia ser um grande sucesso entre os jogadores brasileiros, mas novamente será uma franquia da Square Enix que deixará de ter o devido impacto no Brasil. Ainda mais com concorrentes como Black Myth: Wukong (20 de agosto) e Star Wars Outlaws (30 de agosto), ambos localizados em nosso idioma.

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